Segundo o estudo, medida geraria economia aos cofres públicos e reduziria o sucateamento das viaturas. Secretaria diz que avalia a medida
Segundo o TCE, aluguel de viaturas poderia resolver também os problemas com carros parados na oficina aguardando conserto(Foto: Mariana Furlan / Arquivo NSC)
Um estudo apresentado pelo Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE-SC) sugeriu à Secretaria de Segurança Pública de SC (SSP) a troca das viaturas policiais e dos bombeiros por carros alugados, através de contratos com empresas de locação. A recomendação faz parte de uma auditoria feita pelo TCE com o objetivo de sugerir o melhor uso dos recursos na área da segurança. O Diário Catarinense teve acesso à integra do documento.
A sugestão se baseia em cálculos sobre o custo de manutenção e depreciação dos carros comprados pela SSP, além da média de quilômetros rodados por cada viatura. A auditoria chegou à conclusão de que para os veículos de uso mais intenso — acima de 28 mil quilômetros rodados por ano — a locação se torna mais vantajosa do que a compra.
Além do fator econômico, o estudo traz exemplos de outros estados em que a Polícia Militar adotou a locação de viaturas (Minas Gerais, Goiás e Ceará). Uma das vantagens apontadas é a troca mais frequente dos veículos, com contratos que preveem a renovação da frota a cada 24 meses, e também o fim dos problemas com falta de peças e viaturas paradas na oficina esperando conserto. Nos casos de veículos quebrados, as empresas locadoras podem substituir o carro em manutenção.
A maior economia apontada pelo TCE seria na Polícia Militar, que tem os carros com maior quilometragem. Assim, o modelo proposto não seria de uma substituição completa, mas apenas das viaturas de uso intenso. A compra ainda é mais vantajosa financeiramente para os carros que rodam menos de 28 mil quilômetros por ano, por isso o TCE também recomenda à SSP uma análise mais clara sobre o uso completo da frota da pasta — que é a maior do governo de Santa Catarina.
Modelo com táxis corporativos também é sugerido
O estudo do TCE sugere mudanças também para os carros de uso administrativo da SSP. Nesses casos, como são utilizados para deslocamentos curtos e têm quilometragem anual baixa, a indicação do órgão é a contratação de uma empresa de táxi corporativo ao invés do uso de carros próprios ou alugados.
“É importante destacar que a administrador público não necessariamente deve escolher um modelo único de gestão da frota, mas sim realizar uma combinação destas, de acordo com a utilização dos veículos. O governo de SP recentemente passou a combinar a utilização de táxi corporativo com veículos adquiridos, obtendo uma economia de cerca de R$ 57 milhões”, aponta o estudo.
Estimativa feita pelo TCE na auditoria(Foto: Reprodução)
Somando a mudança para táxis corporativos no uso administrativo e o aluguel de viaturas para o uso intenso nas ruas, a auditoria do Tribunal de Contas destaca que a SSP teria uma economia de R$ 607 mil por ano. O valor, no entanto, não conta o gasto com servidores como motoristas, que não seriam necessários no modelo de táxi corporativo.
A mesma simulação de valores é ampliada pelo TCE para a frota completa do governo de Santa Catarina. Nesse caso, a economia anual com o modelo de gestão com carros próprios, táxis corporativos e viaturas alugadas seria de R$ 3,1 milhões.
Através de nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que está avaliando as medidas sugeridas pelo TCE para poder desenvolver os projetos dentro do setor administrativo da pasta.
Fonte: Diário Catarinense
Segundo o TCE, aluguel de viaturas poderia resolver também os problemas com carros parados na oficina aguardando conserto(Foto: Mariana Furlan / Arquivo NSC)
Um estudo apresentado pelo Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE-SC) sugeriu à Secretaria de Segurança Pública de SC (SSP) a troca das viaturas policiais e dos bombeiros por carros alugados, através de contratos com empresas de locação. A recomendação faz parte de uma auditoria feita pelo TCE com o objetivo de sugerir o melhor uso dos recursos na área da segurança. O Diário Catarinense teve acesso à integra do documento.
A sugestão se baseia em cálculos sobre o custo de manutenção e depreciação dos carros comprados pela SSP, além da média de quilômetros rodados por cada viatura. A auditoria chegou à conclusão de que para os veículos de uso mais intenso — acima de 28 mil quilômetros rodados por ano — a locação se torna mais vantajosa do que a compra.
Além do fator econômico, o estudo traz exemplos de outros estados em que a Polícia Militar adotou a locação de viaturas (Minas Gerais, Goiás e Ceará). Uma das vantagens apontadas é a troca mais frequente dos veículos, com contratos que preveem a renovação da frota a cada 24 meses, e também o fim dos problemas com falta de peças e viaturas paradas na oficina esperando conserto. Nos casos de veículos quebrados, as empresas locadoras podem substituir o carro em manutenção.
A maior economia apontada pelo TCE seria na Polícia Militar, que tem os carros com maior quilometragem. Assim, o modelo proposto não seria de uma substituição completa, mas apenas das viaturas de uso intenso. A compra ainda é mais vantajosa financeiramente para os carros que rodam menos de 28 mil quilômetros por ano, por isso o TCE também recomenda à SSP uma análise mais clara sobre o uso completo da frota da pasta — que é a maior do governo de Santa Catarina.
Modelo com táxis corporativos também é sugerido
O estudo do TCE sugere mudanças também para os carros de uso administrativo da SSP. Nesses casos, como são utilizados para deslocamentos curtos e têm quilometragem anual baixa, a indicação do órgão é a contratação de uma empresa de táxi corporativo ao invés do uso de carros próprios ou alugados.
“É importante destacar que a administrador público não necessariamente deve escolher um modelo único de gestão da frota, mas sim realizar uma combinação destas, de acordo com a utilização dos veículos. O governo de SP recentemente passou a combinar a utilização de táxi corporativo com veículos adquiridos, obtendo uma economia de cerca de R$ 57 milhões”, aponta o estudo.
Estimativa feita pelo TCE na auditoria(Foto: Reprodução)
Somando a mudança para táxis corporativos no uso administrativo e o aluguel de viaturas para o uso intenso nas ruas, a auditoria do Tribunal de Contas destaca que a SSP teria uma economia de R$ 607 mil por ano. O valor, no entanto, não conta o gasto com servidores como motoristas, que não seriam necessários no modelo de táxi corporativo.
A mesma simulação de valores é ampliada pelo TCE para a frota completa do governo de Santa Catarina. Nesse caso, a economia anual com o modelo de gestão com carros próprios, táxis corporativos e viaturas alugadas seria de R$ 3,1 milhões.
Através de nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que está avaliando as medidas sugeridas pelo TCE para poder desenvolver os projetos dentro do setor administrativo da pasta.
Fonte: Diário Catarinense