Luana chegando de caminhão na igreja - Foto: Leandro Lima
Nem rolls royce, nem charrete, nem carrão alugado. Uma noiva de Aracajú chegou na igreja de caminhão e por um bom motivo.
Luana Cardoso, de 22 anos, quis fazer uma homenagem ao pai dela, José Fernandes, que é caminhoneiro. Além dele, todos os convidados se emocionaram.
“Foi uma forma de agradecer por tudo que ele fez e faz até hoje. Meu pai é um homem excepcional, atencioso demais. Ele faz qualquer coisa para ver nossa família bem. E ir de caminhão para o casamento era uma forma de dizer ao meu pai o quanto eu tenho orgulho dele e da profissão que ele tem, o quanto eu sou grata por tudo que ele faz”, afirmou Luana em entrevista ao SóNotíciaBoa.
“A gente queria que as pessoas olhassem para o nosso casamento e dissessem ‘cada detalhe é a cara deles’ e não teria símbolo melhor do que chegar de caminhão porque foi ele [o pai] que me manteve a vida toda e inclusive pagou meu casamento com o que ele conseguiu juntar trabalhando como caminheiro”, contou.
A chegada
Foi um choque quando Luana chegou. Os 400 convidados da recepção simples, feita no estacionamento da igreja, nem imaginavam.
“Ninguém sabia que eu ia chegar de caminhão. Quando eu estava chegando eu pedi, “painho, buzine’. Aí saiu todo mundo da igreja correndo pra ver a gente chegando. Olhar para o meu pai e ver o sorriso dele no rosto, não teve sensação melhor que essa, ver a felicidade dele”, lembra.
O casamento foi na Paróquia Sagrada Família, Aracaju, Sergipe, em junho 2019, As fotos mostram que seu José Fernandes, 49 anos, pai de Luana, deu um belo trato no caminhão antes da cerimônia.
“Meu pai passou a semana toda, antes do casamento, polindo o caminhão para deixar todo lindo, brilhoso, arrumado, pra poder me levar, com um carinho imenso”.
A ideia
A ideia de ir de caminhão veio da mãe de Luana, Veralucia Cardoso, de 45 anos, porque a família não tinha dinheiro para alugar um carro e não queria gastar mais do que podia.
“A gente planejou ter um casamento que fosse de acordo com a nossa realidade. Nunca quis fazer uma festa muito grande porque a gente sabia que não tinha condições financeiras pra isso. A gente sempre teve os pés muito no chão… Foi bem simples, uma recepção ao lado da igreja no estacionamento da paróquia, muito rápida, para tirar fotos e agradecer aos convidados”, contou a noiva.
“Meu pai a vida toda foi caminhoneiro e minha mãe costureira. Eles sempre me ensinaram a dar valor àquilo que a gente tem e principalmente à família”, afirmou.
Orgulho dos pais
Além do pai, Luana também homenageou na cerimônia a mãe, que é costureira.
“O meu vestido de casamento todo foi minha mãe que fez. A minha mãe é uma costureira excepcional. Apesar de trabalhar em casa, ela tem um talento imenso. A vida toda ela costurou minhas roupas então, não achei nada mais justo, no dia mais importante da minha vida ela fazer a minha roupa, o meu vestido, pra mostrar a ela o quanto eu tenho orgulho da mulher que ela é, da profissional que ela é”, afirmou a noiva.
Os convidados também se emocionaram quando marido dela, David Menezes, de 28 anos, entrou na igreja cantando, o que ele adora fazer.
Na época do casamento ele trabalha em um posto de gasolina e ela estava desempregada.
Hoje a situação se inverter. Ele está sem emprego e ela, que é bacharela em Química, trabalha como operadora de caixa em uma farmácia da cidade.
Mas a dificuldade financeira momentânea não tira a esperança da noiva.
“Nosso casamento todo foi baseado no que a gente realmente é. A gente é amigo, a gente é família e a gente não precisa de muita coisa pra ser feliz, só dessas pessoas importantes, de carinho e de amor”, concluiu.
Entrando na igreja com o pai – Foto: Leandro Lima
Noivo entra cantando – Foto: Leandro Lima
A hora do pedido – Foto: Leandro Lima
Noivos e as famílias – Foto: Leandro Lima
Por Rinaldo de Oliveira
Fonte: Só Notícia Boa
Nem rolls royce, nem charrete, nem carrão alugado. Uma noiva de Aracajú chegou na igreja de caminhão e por um bom motivo.
Luana Cardoso, de 22 anos, quis fazer uma homenagem ao pai dela, José Fernandes, que é caminhoneiro. Além dele, todos os convidados se emocionaram.
“Foi uma forma de agradecer por tudo que ele fez e faz até hoje. Meu pai é um homem excepcional, atencioso demais. Ele faz qualquer coisa para ver nossa família bem. E ir de caminhão para o casamento era uma forma de dizer ao meu pai o quanto eu tenho orgulho dele e da profissão que ele tem, o quanto eu sou grata por tudo que ele faz”, afirmou Luana em entrevista ao SóNotíciaBoa.
“A gente queria que as pessoas olhassem para o nosso casamento e dissessem ‘cada detalhe é a cara deles’ e não teria símbolo melhor do que chegar de caminhão porque foi ele [o pai] que me manteve a vida toda e inclusive pagou meu casamento com o que ele conseguiu juntar trabalhando como caminheiro”, contou.
A chegada
Foi um choque quando Luana chegou. Os 400 convidados da recepção simples, feita no estacionamento da igreja, nem imaginavam.
“Ninguém sabia que eu ia chegar de caminhão. Quando eu estava chegando eu pedi, “painho, buzine’. Aí saiu todo mundo da igreja correndo pra ver a gente chegando. Olhar para o meu pai e ver o sorriso dele no rosto, não teve sensação melhor que essa, ver a felicidade dele”, lembra.
O casamento foi na Paróquia Sagrada Família, Aracaju, Sergipe, em junho 2019, As fotos mostram que seu José Fernandes, 49 anos, pai de Luana, deu um belo trato no caminhão antes da cerimônia.
“Meu pai passou a semana toda, antes do casamento, polindo o caminhão para deixar todo lindo, brilhoso, arrumado, pra poder me levar, com um carinho imenso”.
A ideia
A ideia de ir de caminhão veio da mãe de Luana, Veralucia Cardoso, de 45 anos, porque a família não tinha dinheiro para alugar um carro e não queria gastar mais do que podia.
“A gente planejou ter um casamento que fosse de acordo com a nossa realidade. Nunca quis fazer uma festa muito grande porque a gente sabia que não tinha condições financeiras pra isso. A gente sempre teve os pés muito no chão… Foi bem simples, uma recepção ao lado da igreja no estacionamento da paróquia, muito rápida, para tirar fotos e agradecer aos convidados”, contou a noiva.
“Meu pai a vida toda foi caminhoneiro e minha mãe costureira. Eles sempre me ensinaram a dar valor àquilo que a gente tem e principalmente à família”, afirmou.
Orgulho dos pais
Além do pai, Luana também homenageou na cerimônia a mãe, que é costureira.
“O meu vestido de casamento todo foi minha mãe que fez. A minha mãe é uma costureira excepcional. Apesar de trabalhar em casa, ela tem um talento imenso. A vida toda ela costurou minhas roupas então, não achei nada mais justo, no dia mais importante da minha vida ela fazer a minha roupa, o meu vestido, pra mostrar a ela o quanto eu tenho orgulho da mulher que ela é, da profissional que ela é”, afirmou a noiva.
Os convidados também se emocionaram quando marido dela, David Menezes, de 28 anos, entrou na igreja cantando, o que ele adora fazer.
Na época do casamento ele trabalha em um posto de gasolina e ela estava desempregada.
Hoje a situação se inverter. Ele está sem emprego e ela, que é bacharela em Química, trabalha como operadora de caixa em uma farmácia da cidade.
Mas a dificuldade financeira momentânea não tira a esperança da noiva.
“Nosso casamento todo foi baseado no que a gente realmente é. A gente é amigo, a gente é família e a gente não precisa de muita coisa pra ser feliz, só dessas pessoas importantes, de carinho e de amor”, concluiu.
Luana e o pai – Foto: arquivo pessoal
Entrando na igreja com o pai – Foto: Leandro Lima
Noivo entra cantando – Foto: Leandro Lima
A hora do pedido – Foto: Leandro Lima
Noivos e as famílias – Foto: Leandro Lima
Por Rinaldo de Oliveira
Fonte: Só Notícia Boa