A Caçadorense de 21 anos, Mayara Peretti, descobriu sua paixão pelos cavalos desde de cedo, aos 15 já se dedicava aos animais. Mais que amor, um dom e talento ela transformou isso em profissão.
Hoje Mayara trabalha como domadora de equinos e muares. É uma pioneira na região.
Em primeiro momento o trabalho de domar cavalos parece ser voltado a força e pouco remete ao feminino. No entanto, a doma racional, que é com o que Mayara atua, deixa claro que a doma vai muito além de força.
“Sempre priorizei o bem-estar do animal e a segurança das pessoas. Por isso o uso da doma racional. Exige paciência, dedicação e respeito mútuo. Trabalho com pressão e alívio. Estabeleço uma posição de respeito sem usar a violência ou o uso de petiscos”, destaca Mayara.
Ao entender o processo de respeito, carinho e paciência fica claro que não é a força que vai educar um cavalo.
“Eles me veem como líder, em uma posição de respeito. Quanto menos violenta abordagem mais confiança eles terão”, complementa.
Mayra se formou na Universidade do cavalo, em Sorocaba, São Paulo. Atuou também em Canelinha e hoje atende em Caçador. Com apenas um toque o cavalo se deita, respeita os comandos e obedece a presença de Mayara.
“Uma das coisas que mais escuto é quanto ao meu tamanho. As pessoas ficam impressionadas por eu ser pequena e mesmo assim ter o domínio sobre o animal. Mas, tudo é questão de imponência. O cavalo obedece não obedece pela minha força ou por ter medo, mas pelo respeito mútuo’’, destaca.
De acordo com Mayara, o trabalho exige principalmente paciência, pois os animais possuem seus próprios gênios e personalidades.
“Cada um tem um modo de agir e de se portar conforme é estabelecido o contato. Alguns são mais violentos outros teimosos, mas é preciso entender o animal. Eu costumo pedir, em média, o mínimo de seis meses para que esteja domado. O ideal seria um ano e meio, mas é comum as pessoas não gostarem de esperar tanto. Então em seis meses já é possível ver uma mudança significativa no comportamento e gênio do animal”, comenta.
Mayara, que já domou diversos cavalos, destaca sobre a realização de trabalhar com o que gosta.
“Antes de atuar com a doma já trabalhei com manejo e cuidado dos animais. Cavalos de raça e de salto o que me ensinou muito. Hoje eu trabalho com a doma. Eu costumo dizer que eles me ensinam mais do eu ensino eles. É uma troca. Uma terapia. Fazendo o que gosto acabo me acalmando”, finaliza.
Mayara trabalha no Centro de Treinamento Rio Bugre.Mayara busca sempre aprimorar seu trabalho. Realizou dezenas de cursos na área que atua. Hoje trabalha no Centro de Treinamento Rio Bugre. Além do atendimento no CT, ela pode ir até a propriedade do cliente e avaliar "problema" do cavalo.
Uma das metodologias utilizadas pela profissional é chamada de "Scrum".
“Eu fico um mês com o cavalo. Depois deste período, o proprietário monta e vê se aprova. Com a aprovação, o cavalo fica mais um mês, se não ele pode retirar o cavalo e levar pra outro domador/treinador de sua preferência”, explica.
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Fonte: Caçador Online