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Barriga solidária: professora vai ter gêmeos para irmã

Natana, Sheyla e o cunhado - Foto: Nindy Barros/divulgação

A professora Sheyla Rodrigues, de 41 anos, cumpriu uma promessa que fez há 20 anos para a irmã, Natana, hoje com 35 anos.

Natana descobriu na adolescência que não poderia gestar seus filhos por um problema de saúde. Na época, quando soube, Sheyla se comprometeu a carregar os futuros sobrinhos dentro da barriga dela, a chamada barriga solidária.

Hoje Sheyla está grávida de gêmeos. Alice e Isadora devem nascer em março e Natana aproveitou o Carnaval para viajar de Brasília, onde mora, para Minas Gerais, onde vive a irmã, pra esperar a chegada das filhas.


A história

No ano passado, após o casamento, Natana conversou com a irmã sobre o assunto, e Sheyla reiterou que estava disponível para engravidar pela irmã.

Mesmo tendo três filhos e passado por uma cirurgia bariátrica em 2012, ela continuava disposta a ser a “barriga solidária” da irmã mais nova, que é servidora pública.

A professora conta que, a princípio, o marido não foi muito a favor: ficou preocupado com a saúde da mulher pós-bariátrica.

“A palavra final foi dele. Depois que os exames comprovaram que estava tudo bem comigo, ele não teve coragem de impedir a minha irmã de ser mãe”, lembra Sheyla.

Os três filhos de Sheyla também entenderam a decisão da mãe.

“Acho que essa geração mais nova entende muito mais que a gente. Quando meu pai soube, se assustou muito”, contou a grávida.


A gravidez

Depois de se consultar com uma médica na cidade onde mora, Santa Bárbara, no interior de Minas Gerais, Sheyla recebeu a garantia de que estava saudável para engravidar.

Em julho de 2019, a professora viajou para Brasília pra assistir ao show da dupla Sandy e Júnior e passou pela fertilização in vitro.

Em seguida ela voltou para Minas, grávida das gêmeas.


Amamentação

Natana explica que vê o pé inchado da irmã, a barriga crescendo, acompanha as consultas por chamada de vídeo e foi três vezes para Santa Bárbara acompanhar a gestação de suas filhas.

Agora, ela e Sheyla terão licença maternidade e a servidora pública está fazendo tratamento com um mastologista para tentar amamentar os bebês.

“Sempre fomos muito unidas, somos só nós duas de filhas. Minha mãe faleceu em 2016 e o maior sonho dela era que eu tivesse filhos. O laço está mais forte agora”, garante.

Sobre entregar as gêmeas para a irmã, Sheyla diz:

“Não sei explicar o que sinto. Sinto amor pelas meninas, mas sei que não são minhas. Quero minha irmã na sala de parto e que os médicos entreguem elas direto para a mãe. Se eu precisar amamentar, não me importo, mas estou superconsciente de que não sou a mãe mesmo tendo sentido as duas se mexendo dentro da minha barriga. Não vou sofrer, tenho um sentimento de alegria pela Natana ser mãe”, conta Sheyla.


Ajuda

Enquanto aguarda a chegada das filhas, a servidora pública ajuda outras mulheres que pensam em fazer barriga solidária.

“Depois que eu postei nas minhas redes sociais, muita gente começou a me procurar para saber informações. Descobri alguns grupos de WhatsApp para trocar experiências e venho aprendendo bastante. Por isso, resolvi criar o Instagram @instamaedegemeas”, diz Natana.


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Com informações do Metrópoles