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Arquitetos apresentam projeto de revitalização da Praça da Catedral em Joaçaba


Um grupo de arquitetos, que fazem parte do Movimento Oficina Urbana, desenvolveu e apresentou a prefeitura de Joaçaba uma proposta audaciosa de revitalização da Praça da Catedral e a criação do eixo da cidadania.

Na manhã desta sexta-feira (28) a Central de Jornalismo da Rádio Catarinense teve acesso ao projeto de autoria dos arquitetos: Jaisson Strapassola, Jonas Antonio Molin e Marco Aurelio Bissani com a colaboração de os arquitetos Ismael Savaris, Lara Rodrigues dos Santos e Wilton Zukowski.

A iniciativa apresenta uma proposta de revitalização do espaço e sua interligação com a Praça Adolfo Konder, a praça da prefeitura, por meio de espaços públicos que conectam usos e atividades diversas, qualificam os lugares e priorizam a circulação de pedestres. Até 2003 a praça era apenas um pátio com brita, utilizado para estacionamento e para circulação de pessoas. Após sua reformulação, naquele ano, com a colocação de lajotas, passou a se denominar Praça da Catedral e abrigou uma série de usos e funções, como circulação, eventos festivos, feiras e outros.

Ao longo dos últimos anos, com a intensificação do uso da mesma para estacionamento, a degradação do seu espaço e, notadamente, a degradação do seu pavimento, contribuiu para o seu quase abandono como praça, dando lugar ao rotineiro uso para estacionamento, o qual se tornou preponderante e motivo para o afastamento da população que tinha ali uma opção de espaço público de qualidade. Sensibilizados com as atuais condições de deterioração da praça, o grupo de arquitetos, se propôs a desenvolver a proposta de revitalização da mesma, observando-de a necessidade de lançar um olhar mais amplo sobre o local, incorporando uma área maior, que extrapola os limites da praça. Tal área compreenderia a ligação da Praça da Catedral com a Praça Adolfo.


O projeto

Como forma de preservar seu uso única e exclusivamente para as pessoas, com segurança, conforto e opções de circulação, lazer e entretenimento, de imediato se descartou a possibilidade de  uso/circulação/estacionamento de veículos sobre a mesma. Está organizada em três setores. O primeiro, onde se localiza o atual palco, dispõe de um pequeno palco para eventos, que pode ser utilizado também pelos alunos do colégio CERT. Neste setor também estão localizados dois quiosques com espaço para mesas e sanitários acessíveis. O segundo setor, central, caracteriza-se pela cobertura que une dois pórticos. O pórtico de acesso ao colégio e o pórtico de acesso às vagas de estacionamento das vans escolares. Esta cobertura permitirá a realização de eventos em qualquer tempo, como feiras, apresentações, exposições, etc. além de proteger os alunos e demais usuários em dias de chuva. O terceiro setor, na esquina, caracteriza-se pelos espaços lúdicos e introspectivos. Abriga o espaço cívico, espaços de estar e jogos, além de jatos d’água (gêiseres) para as crianças. A via compartilhada (Rua Roberto Trompowski) inicia na faixa de pedestres em frente aos correios e termina adiante do Teatro, em outra faixa de pedestres. Tem como objetivo tornar o trânsito de veículos mais lento neste local, além de permitir maior fluidez na circulação de pedestres. O nível da rua terá o mesmo nível das calçadas, sendo segregada por balizadores. Pelo projeto propõe-se o alargamento da calçada em frente à AMMOC, dos atuais 2m para 3m, proporcionando maior segurança e conforto aos pedestres. O edifício cultural a ser implantado ao lado do teatro é uma edificação de propriedade do município, e poderá abrigar usos como biblioteca pública, museu e salas de exposições, além de serviços de apoio. O pavimento térreo é parcialmente livre, proporcionando acesso à passarela por meio de espaços livres, com rampas, escadas, floreiras e espaços de estar. O segundo pavimento terá uma ligação, por meio de passarela, com o teatro, permitindo que o mesmo possa fazer uso deste pavimento para abrigar usos e atividades de seu interesse. O edifício conta ainda com um terraço na parte frontal, destinado a espaços de estar e leitura ao ar livre.





Arquiteto Marco Bissani, um dos autores


Por Marcelo Santos
Colaboração: Julnei Bruno
Modelagem e Renderização: Angelo Rosanelli Neto
Fonte: Rádio Catarinense