A economia do Brasil é o destaque do Fórum Econômico de Davos (Alpes suíços). O ministro Paulo Guedes tornou-se o protagonista do evento mundial ao enunciar a recuperação brasileira, fato comprovado pelo FMI e por pesquisas internacionais. (70% da população brasileira mostra-se otimista com a situação econômicas das famílias pelo menos para os próximos 5 anos, dizem as pesquisas econômicas – veja abaixo).
O correspondente de O Globo, Merval Pereira, relata que Paulo Guedes, em encontro paralelo com os principais economistas liberais do mundo em Davos, foi ovacionado por diversas vezes em seu discurso ao mostrar os resultados da atual politica econômica do Governo Bolsonaro. Ao final, Paulo Guedes foi aplaudido de pé.
A recuperação da nossa economia foi tema de entrevista do Notícias Agrícolas com o economista-chefe da Farsul, Antonio da Luz, que antecipou outras evidencias sobre a melhoria já trazida para os brasileiros.
Antonio da Luz ressalta, contudo, a necessidade de o País continuar realizando as reformas para recuperarmos a condição de Grau de Investimento junto às entidades financeiras mundiais.
— “Somente assim, de fato, consolidaremos a possibilidade de o Brasil manter-se como Nação próspera e desenvolvida”, diz da Luz.
‘O grande inimigo do meio ambiente é a pobreza’, afirma Guedes em Davos
Davos – O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, na manhã desta terça-feira, 21, durante o painel “Shaping the Future of Advanced Manufacturing”, realizado durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), que o grande inimigo do meio ambiente é a pobreza. “Destroem porque estão com fome”, justificou o brasileiro.
Em outro momento do mesmo evento, ele disse que o mundo precisa de mais comida e salientou que é preciso usar defensivos para que seja possível produzir mais. “Isso é uma decisão política, que não é simples, é complexa”, afirmou. Ainda sobre o tema, Guedes disse que a busca dos humanos é sempre pela criação de vidas melhores. Ele ressaltou, porém, que “somos animais que escapamos da natureza”.
O ministro disse que o Brasil está criando um ambiente melhor para os negócios e que é preciso agora qualificar as pessoas para terem um emprego no sistema, que está mais tecnológico. “Num país como o Brasil, que está um pouco atrás (em relação às inovações), temos um pouco de preocupação”, afirmou, acrescentando que a primeira ação a ser feita é acabar com os “obstáculos”.
Ele também falou sobre os centros que o Brasil está criando para se aproximar das atividades do Fórum Econômico Mundial. Um é ligado à promoção da educação, da pesquisa acadêmica e a ligação com as pessoas de negócios. O outro é um acelerador de qualificações. “Há habilidades para ampliar como as coisas estão se colocando no mundo. Estamos aderindo ao comitê do Fórum e basicamente trazendo pessoas que estão na fronteira”, comentou.
Para Guedes, a inovação vem ocorrendo no mundo por meio de um processo descentralizado, mas a busca é fazer com que o País se integre a esse sistema. “Para um País como o Brasil é ainda mais crucial, pois precisamos ter a certeza de que teremos um ambiente de negócios, acadêmico, que permita conhecimento”, salientou.
Durante o evento que falava sobre as inovações tecnológicas da última geração, Guedes citou que, ao contrário do que os americanos dizem, foi o Brasil que criou o avião, pelas mãos do inventor Santos Dumont. Ainda sobre descentralização, ele citou que Israel se desenvolveu em tecnologia, mas que o país não conta com escala. “Nós temos escala, agora precisamos investir em educação”, afirmou. “Podemos atingir isso se tivermos educação e mais conexões.”
Globalização
O Brasil ficou para trás em relação ao acompanhamento das modernidades do mundo, na avaliação do ministro, expressa no painel. “Perdemos a grande onda da globalização e da inovação, então essa mudança vai levar um tempo (para ocorrer no Brasil), mas estamos a caminho”, afirmou.
O ministro fez um trocadilho com um neologismo em inglês sobre o futuro da indústria no mundo. “O futuro da manufacture (indústria, que tem origem na palavra mão em Latim) será a mindfacture (uma expressão que funde as palavras mente e indústria)”, afirmou. O principal, de acordo com ele, será instruir os trabalhadores para que estejam preparados para um novo mundo no mercado de trabalho.
Antes de seu discurso, o ministro ressaltou que teve uma reunião “muito positiva” com o engenheiro alemão fundador e CEO do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab. “Dissemos a ele que queremos estreitar o relacionamento do Brasil com o Fórum Econômico Mundial. Queremos lançar pelo menos umas três iniciativas”, disse ao Estadão/Broadcast rapidamente, sem entrar em detalhes.
Célia Froufe, enviada especial – Estadão Conteúdo