Mandatário francês não permitiu entrada de agentes dentro de igreja da França em Israel
O presidente da França, Emmanuel Macron Foto: EFE/Charles Platiau
O presidente francês, Emmanuel Macron, levantou a voz com policiais israelenses nesta quarta-feira (22). Os oficiais que faziam a segurança de Macron durante sua visita à Cidade Velha de Jerusalém quiseram acompanhá-lo na igreja de Santa Ana de Jerusalém, uma propriedade francesa em território israelense.
Macron começou a gritar, dizendo que a igreja pertence à França e que os seguranças israelenses não entrariam.
– Não gosto do que você fez na minha frente. Por favor, vá para fora, ninguém tem que provocar ninguém, entendido? – gritou em inglês a um policial que estava à sua frente na entrada da basílica e que havia pedido que Macron deixasse o local.
O chefe de estado francês disse ainda que o local era da França e que os policiais deveriam “respeitar as regras”.
– Ficamos calmos, tivemos um ótimo passeio, vocês fizeram um ótimo trabalho na cidade e eu aprecio isso, mas, por favor, respeitem as regras estabelecidas há séculos, elas não vão mudar comigo, eu posso dizer isso. Aqui é a França e todos sabem as regras – finalizou, ainda em inglês.
Antes de chegar à basílica, Macron atravessou a Cidade Velha, conversando com lojistas e fazendo uma parada na Igreja do Santo Sepulcro. A igreja de Santa Ana, construída no século 12, foi um presente dos otomanos para o imperador Napoleão 3º em 1856 como forma de agradecimento ao apoio francês na Guerra da Crimeia. Graças a tratados internacionais, o templo religioso segue como propriedade francesa até hoje. O país é dono de outros três territórios em Jerusalém.
Emmanuel Macron está em uma viagem de dois dias a Israel e aos territórios palestinos, que coincide com o aniversário de 75 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz. Ele é uma das dezenas de líderes mundiais que vão participar na quinta (23) do Fórum Mundial do Holocausto, no centro de memória Yad Vasehm, em Jerusalém.
Macron se encontrou com o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, nesta quarta, e tem ainda na agenda do dia uma reunião com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na Cisjordânia, território majoritariamente palestino ocupado por assentamentos israelenses.
A França acredita que uma solução de dois Estados é a única opção viável para acabar com o conflito entre entre os dois lados, mas Macron descartou o reconhecimento de um Estado palestino independente, dizendo que não serviria aos esforços de paz.
*Folhapress
O presidente da França, Emmanuel Macron Foto: EFE/Charles Platiau
O presidente francês, Emmanuel Macron, levantou a voz com policiais israelenses nesta quarta-feira (22). Os oficiais que faziam a segurança de Macron durante sua visita à Cidade Velha de Jerusalém quiseram acompanhá-lo na igreja de Santa Ana de Jerusalém, uma propriedade francesa em território israelense.
Macron começou a gritar, dizendo que a igreja pertence à França e que os seguranças israelenses não entrariam.
– Não gosto do que você fez na minha frente. Por favor, vá para fora, ninguém tem que provocar ninguém, entendido? – gritou em inglês a um policial que estava à sua frente na entrada da basílica e que havia pedido que Macron deixasse o local.
O chefe de estado francês disse ainda que o local era da França e que os policiais deveriam “respeitar as regras”.
– Ficamos calmos, tivemos um ótimo passeio, vocês fizeram um ótimo trabalho na cidade e eu aprecio isso, mas, por favor, respeitem as regras estabelecidas há séculos, elas não vão mudar comigo, eu posso dizer isso. Aqui é a França e todos sabem as regras – finalizou, ainda em inglês.
Coup de colère de #Macron contre la police israélienne à Jérusalem. Dans les pas de Chirac en 1996 pic.twitter.com/DKP5ICThTK— Ava Djamshidi (@AvaDjamshidi) January 22, 2020
Antes de chegar à basílica, Macron atravessou a Cidade Velha, conversando com lojistas e fazendo uma parada na Igreja do Santo Sepulcro. A igreja de Santa Ana, construída no século 12, foi um presente dos otomanos para o imperador Napoleão 3º em 1856 como forma de agradecimento ao apoio francês na Guerra da Crimeia. Graças a tratados internacionais, o templo religioso segue como propriedade francesa até hoje. O país é dono de outros três territórios em Jerusalém.
Emmanuel Macron está em uma viagem de dois dias a Israel e aos territórios palestinos, que coincide com o aniversário de 75 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz. Ele é uma das dezenas de líderes mundiais que vão participar na quinta (23) do Fórum Mundial do Holocausto, no centro de memória Yad Vasehm, em Jerusalém.
Macron se encontrou com o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, nesta quarta, e tem ainda na agenda do dia uma reunião com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na Cisjordânia, território majoritariamente palestino ocupado por assentamentos israelenses.
A França acredita que uma solução de dois Estados é a única opção viável para acabar com o conflito entre entre os dois lados, mas Macron descartou o reconhecimento de um Estado palestino independente, dizendo que não serviria aos esforços de paz.
*Folhapress