Maior parte dos atendimentos realizados pelos profissionais não é de urgência
Enquanto usuários reclamam da demora para atendimento na Emergência do Hospital Hélio Anjos Ortiz, em Curitibanos, direção e profissionais da instituição tentam encontrar solução para um problema crescente na sala de espera do hospital. De acordo com levantamento realizado pelo HHAO, em 2019, menos de 16% do total de 38.301 atendimentos era caso de urgência e emergência; os outros 84% deveriam ter sido tratados em ambulatórios.
Segundo o diretor do HHAO Marcelo Pasolini, o hospital não nega atendimento a nenhum usuário, no entanto, é preciso que as pessoas entendam as prioridades. Há quase quatro anos, o HHAO implantou a classificação de risco para atendimentos, caracterizada por cores que indicam a gravidade do caso. Esse tipo de classificação é uma exigência da Rede de Urgência e Emergência da qual a unidade de saúde faz parte. “Se a pessoa está com dor de ouvido, por exemplo, o atendimento não é de urgência e, mesmo que já esteja esperando há algum tempo, se chegar um paciente infartado ou acidentado, a prioridade é para esse caso”, explica Marcelo.
O diretor também esclarece que mais um médico na Emergência não resolveria o problema, pois a agilização do atendimento vai além da consulta. De acordo com Marcelo, atualmente, a Emergência do HHAO conta com 17 técnicos em Enfermagem, três enfermeiros e um médico plantonista. Uma parceria com a Prefeitura permite o reforço de mais um médico, por quatro horas, em horários de maior fluxo de pacientes. “Mesmo quando há dois médicos atuando, o atendimento afunila na Enfermagem, pois o número de profissionais para aplicação de medicamentos, por exemplo, é pequeno para a demanda. Não adianta o paciente ser atendido rapidamente pelo médico e ter de ficar esperando pela medicação”, analisa.
Além disso, no setor de observação da Emergência, há cinco leitos masculinos, cinco femininos e três infantis pelo SUS e dois destinados a convênios, então, segundo Marcelo, mesmo que o paciente seja atendido mais rapidamente pela equipe, há o gargalo de espaço físico caso necessite de um leito para receber a medicação. Ele avalia que se trata de uma questão de espaço físico e de profissionais, pois, com mais de cem atendimentos por dia, fica difícil atender à demanda. A solução, para o diretor, é uma conscientização das pessoas sobre os casos que devem, realmente, ser atendidos na Emergência, já que mais de 60% dos usuários, após a triagem, é classificado com a cor Verde, que não representa urgência e poderia ser atendido em um posto de saúde.
Dificuldade
Marcelo explica que, no Brasil, o atendimento de saúde é dividido em três setores. O primário representa a prevenção, através de salas de vacinação e equipes de Saúde da Família,
por exemplo. De acordo com o diretor, esse setor funciona muito bem em Curitibanos com os serviços de postos de saúde. No setor terciário, está o hospital, voltado a atendimentos de urgência, cirurgias, partos, etc. Também nessa etapa, o atendimento é bastante adequado. O problema, segundo Marcelo, está no setor secundário, que se refere ao pronto atendimento, uma vez que a cidade não conta com um ambulatório para receber pacientes além do horário dos postos de saúde. “Percebemos que os horários de maior pico são os fins de tarde, noite e fins de semana, quando não há atendimento médico nos postos”, revela.
Convênio
O convênio do HHAO com o governo do Estado, que garante o repasse de recursos para o hospital, ainda não foi assinado este ano. Atualmente, o governo destina ao HHAO R$ 998 mil por ano, em parcelas mensais, mas o valor está há quatro anos sem reajuste. No fim de 2019, uma comitiva de autoridades da região reuniu-se com o secretário de Saúde Helton Zeferino para solicitar uma revisão do convênio para o valor de R$ 1,370 milhão a partir deste ano. Ainda não houve resposta.
Fonte: A Semana
Enquanto usuários reclamam da demora para atendimento na Emergência do Hospital Hélio Anjos Ortiz, em Curitibanos, direção e profissionais da instituição tentam encontrar solução para um problema crescente na sala de espera do hospital. De acordo com levantamento realizado pelo HHAO, em 2019, menos de 16% do total de 38.301 atendimentos era caso de urgência e emergência; os outros 84% deveriam ter sido tratados em ambulatórios.
Segundo o diretor do HHAO Marcelo Pasolini, o hospital não nega atendimento a nenhum usuário, no entanto, é preciso que as pessoas entendam as prioridades. Há quase quatro anos, o HHAO implantou a classificação de risco para atendimentos, caracterizada por cores que indicam a gravidade do caso. Esse tipo de classificação é uma exigência da Rede de Urgência e Emergência da qual a unidade de saúde faz parte. “Se a pessoa está com dor de ouvido, por exemplo, o atendimento não é de urgência e, mesmo que já esteja esperando há algum tempo, se chegar um paciente infartado ou acidentado, a prioridade é para esse caso”, explica Marcelo.
O diretor também esclarece que mais um médico na Emergência não resolveria o problema, pois a agilização do atendimento vai além da consulta. De acordo com Marcelo, atualmente, a Emergência do HHAO conta com 17 técnicos em Enfermagem, três enfermeiros e um médico plantonista. Uma parceria com a Prefeitura permite o reforço de mais um médico, por quatro horas, em horários de maior fluxo de pacientes. “Mesmo quando há dois médicos atuando, o atendimento afunila na Enfermagem, pois o número de profissionais para aplicação de medicamentos, por exemplo, é pequeno para a demanda. Não adianta o paciente ser atendido rapidamente pelo médico e ter de ficar esperando pela medicação”, analisa.
Além disso, no setor de observação da Emergência, há cinco leitos masculinos, cinco femininos e três infantis pelo SUS e dois destinados a convênios, então, segundo Marcelo, mesmo que o paciente seja atendido mais rapidamente pela equipe, há o gargalo de espaço físico caso necessite de um leito para receber a medicação. Ele avalia que se trata de uma questão de espaço físico e de profissionais, pois, com mais de cem atendimentos por dia, fica difícil atender à demanda. A solução, para o diretor, é uma conscientização das pessoas sobre os casos que devem, realmente, ser atendidos na Emergência, já que mais de 60% dos usuários, após a triagem, é classificado com a cor Verde, que não representa urgência e poderia ser atendido em um posto de saúde.
Dificuldade
Marcelo explica que, no Brasil, o atendimento de saúde é dividido em três setores. O primário representa a prevenção, através de salas de vacinação e equipes de Saúde da Família,
por exemplo. De acordo com o diretor, esse setor funciona muito bem em Curitibanos com os serviços de postos de saúde. No setor terciário, está o hospital, voltado a atendimentos de urgência, cirurgias, partos, etc. Também nessa etapa, o atendimento é bastante adequado. O problema, segundo Marcelo, está no setor secundário, que se refere ao pronto atendimento, uma vez que a cidade não conta com um ambulatório para receber pacientes além do horário dos postos de saúde. “Percebemos que os horários de maior pico são os fins de tarde, noite e fins de semana, quando não há atendimento médico nos postos”, revela.
Convênio
O convênio do HHAO com o governo do Estado, que garante o repasse de recursos para o hospital, ainda não foi assinado este ano. Atualmente, o governo destina ao HHAO R$ 998 mil por ano, em parcelas mensais, mas o valor está há quatro anos sem reajuste. No fim de 2019, uma comitiva de autoridades da região reuniu-se com o secretário de Saúde Helton Zeferino para solicitar uma revisão do convênio para o valor de R$ 1,370 milhão a partir deste ano. Ainda não houve resposta.
Fonte: A Semana