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Cientistas descobrem como eliminar HIV das células de infectados

Como tirar HIV do esconderijo - Foto: Thinkstock

Duas cientistas dos EUA descobriram como tirar o vírus HIV do esconderijo, nas células de infectados, o maior obstáculo para sua eliminação completa dos organismos até agora.

A boa notícia foi divulgada nesta quarta, 22, pela revista científica Nature.

As pesquisadoras das Universidades de Emory e da Carolina do Norte, EUA, conseguiram reativar o vírus latente, tornando-o vulnerável para sair e ser combatido pelo sistema imunológico.

“Esta é uma conquista científica emocionante, e esperamos que seja um passo importante para um dia erradicar o vírus em pessoas que vivem com HIV”, disse Ann Chahroudi, da Universidade de Emory.

Um dos maiores problemas do vírus HIV é que ele consegue “fugir” do sistema imunológico e se esconde de forma inativa nas células infectadas, a chamada latência viral.

Atualmente, o tratamento para portadores de HIV se baseia na chamada terapia antirretroviral, que limita a infecção e deixa o vírus “escondido” nas células T CD4 +, não podendo ser detectado pelo sistema imunológico.

Os testes

As novas pesquisas divulgadas esta semana usam medicamentos que invertem essa latência e podem aumentar a expressão do gene viral, fazendo as células virais vulneráveis eliminarem o vírus pelo sistema imunológico.

Os testes foram feitos em camundongos e macacos que recebiam terapia antirretroviral.

No primeiro estudo, foi usado um medicamento chamado AZD5582 – inicialmente criado para tratar o câncer – que é capaz de ativar o vírus HIV latente.

No segundo estudo, foram combinadas duas intervenções imunológicas. Os cientistas injetaram um anticorpo para limpar as células T CD8 +, mais uma versão alterada da citocina IL-15. Essa combinação fez com que o RNA viral aparecesse no sangue e nos tecidos onde anteriormente não havia sido detectado.

Ainda não se sabe se os resultados podem ser replicados em humanos, mas as pesquisas representam um importante avanço no conhecimento sobre o HIV e as formas como o vírus pode ser manipulado.

Com informações da Nature e R7