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Bispo Diocesano de Caçador – “Viu, sentiu compaixão e cuido dele” (Lc 10,33-34)

O ano de 2020 é um tempo favorável para refletir sobre a beleza e importância da vida


O ano de 2020 é um tempo favorável para refletir sobre a beleza e importância da vida. A vida tem o valor que dela soubermos extrair e descobrir. Jesus Cristo nos apresenta o valor irreversível da vida. É infinito e eterno a vida humana.

A Igreja no Brasil oferecerá oportunas reflexões sobre a vida. Vale a pena seguir, ater-se e se envolver para viver melhor e sem sofrimentos, ou saber superar sofrimentos.

Em breve iniciaremos as reflexões sobre a Campanha da Fraternidade desse ano. Em vista de muitas pessoas perderem o sentido da vida e excluem o dom precioso, oferecemos reflexões, debates e dicas para que a vida seja respeitada e cuidada.

A fonte inspiradora é o bom samaritano (Lc 10,25-37). O texto base da Campanha da Fraternidade desse ano nos diz nos primeiros três números:  “Essa parábola, proposta por Jesus em seu caminho de subida a Jerusalém, é parte da explicação do que seria necessário fazer para entrar na vida eterna. Esse tipo de questionamento era muito comum naquele tempo já que existiam mais de 613 leis e outras prescrições pontuais a serem cumpridas para se chegar a esse fim. Por essa razão, vendo a impossibilidade de cumprir fielmente todos os mandamentos, o doutor da lei questiona Jesus sobre o que realmente não poderia deixar de ser feito para herdar a vida eterna.

“Que devo fazer? ”. A busca pelo cumprimento exato das recriações da lei deveria ser seguida do esforço pessoal para coloca-las em prática. Diante da questão, Jesus responde com uma nova pergunta com a qual indaga sobre o conteúdo das Escrituras. O que elas dizem sobre o que fazer para herdar a vida eterna? A resposta oferecida pelo doutor da lei a Jesus conecta Dt 6,5 a Lv 19,18 criando um mandamento único composto de duas partes: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua força e com todo o teu entendimento; e a teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10,27) ”.

A observância fria e distante da lei não ajuda na relação fraterna entre as pessoas. O que une e fortalece é a proximidade, a ternura, a leveza como se observa a lei. Ela deve ser de orientação e não punição. O coração de Jesus se abre para aquecer os corações humanos onde brota toda a boa relação e força da fraternidade.

Nesse ano propomos maior proximidade, mais entendimento, entusiasmo na busca de soluções harmoniosas em nossa convivência familiar, social e eclesial. Estar próximo oportuniza sentir as qualidades, as fragilidades, as potencialidades e as carências humanas. O coração bom se abre para aquecer de amor, acolher e ajudar a erguer os caídos. Essa é a atitude de Jesus e como cristão, deve ser a nossa postura na vida cotidiana.

Como é bonito ver uma pessoa amável, cheia de ternura e que está sempre sorrindo, alma aberta para transmitir uma palavra de ânimo, de entusiasmo e de esperança. Conhecer Jesus, experimentar sua firmeza na condução da vida ganharemos muito e superaremos a onda de ódio que se instalou no mundo e evitaremos comentar contra outros aquilo que não gostaríamos de ouvir contra nós.

A ternura da Mãe de Jesus nos acompanha na missão de transmitir a fé autêntica e propor para as pessoas que estão ao nosso redor um modelo de vida mais acertada, madura e comprometida com os princípios do Evangelho.

Maria Santíssima, mãe da humanidade redimida, nos ensina a amar como cuidou do seu filho nos momentos mais tristes e decepcionantes da vida.

O amor fraterno, carisma de São Francisco de Assis, é a âncora para todos os cristãos leigos e leigas que tem ele como o seu padroeiro.

Amar sem medidas, insistência na busca da verdade, respeito incondicional por toda a vida e todas as criaturas humanas nos oportunizarão um ano de graças, de bênçãos e de realizações.

Que o Espirito Santo nos ilumine nessa grande missão.


Dom Frei Severino Clasen, ofm


Bispo Diocesano de Caçador





Fonte: Diário Rio do Peixe