Notícias do Novo Tílias News

Bebê nasce em pátio de casa e sobrevive com a ajuda de policiais militares em Imbituba

Criança apresentava baixos sinais vitais, quando a família chegou ao posto da polícia
Foto: Polícia Militar/Divulgação

Uma história linda, que teve um final feliz graças a dois policiais militares. Foi assim que Tamiris de Oliveira Silva, de 25 anos, definiu o nascimento da filha Laura Cecília em Imbituba, no Litoral Sul de Santa Catarina. A menina nasceu no pátio de casa, quando a mãe embarcava no carro para se dirigir à maternidade, e foi salva pela intervenção dos policiais que estavam de serviço.

Era por volta das 23h do último domingo (12), quando a moradora da Praia do Rosa, no Litoral Sul de Santa Catarina, saiu de casa com a filha nos braços. Apesar de já ter nascido, a criança, ainda estava ligada à mãe pelo cordão umbilical, e não reagia como esperado. Para concluir os procedimentos do parto, Tamiris e seu marido partiram em direção ao estabelecimento hospitalar de Imbituba, distante 20 quilômetros do local onde moram.

Em meio ao trânsito intenso no Litoral catarinense, que dificultava o rápido deslocamento do veículo, a família lembrou de pedir ajuda em um posto policial que havia no caminho. Lá, encontraram o soldado Job Pinheiro da Rocha, de 35 anos, e o cabo Cristiano Ramos, de 43 anos.

"É um choque saber que tem uma criança viva por tua causa Cristiano Ramos, policial militar"

Os dois levaram um susto ao ver do que se tratava o pedido de ajuda. O primeiro impulso dos militares, segundo relato do cabo, foi acionar uma ambulância, com a estrutura capacitada para o atendimento:

— Acionamos o Samu, porque a placenta ainda estava dentro do útero da mãe, e o cordão umbilical também. Nós não tínhamos condições de realizar qualquer procedimento com segurança, como cortar o cordão.

A equipe de socorro, no entanto, realizava outro atendimento e orientou que levassem a mãe e a bebê recém-nascida ao hospital o quanto antes.

Ao calcular a distância e o tempo que demorariam para chegar ao hospital, o cabo Cristiano lembrou-se de conhecimentos obtidos há 17 anos, época em que entrou para a corporação: usou um lacre plástico que tinha no colete balístico para “amarrar” o cordão umbilical, interrompendo a ligação com a placenta e fazendo com que o bebê passasse a usar as vias aéreas para respirar.

— A criança estava apática. Parecia que estava perdendo os sinais vitais, então nem pensei muito. Peguei o que tinha em mãos e amarrei o cordão. Depois disso, a criança começou a chorar. É um choque saber que tem uma criança viva por tua causa — conta Cristiano.

Escolta até o hospital

Com a bebê já respirando, os policiais iniciaram o deslocamento até Imbituba. O soldado Job foi na frente, conduzindo a viatura.

— Tinha muito movimento, então fui abrindo passagem. Ela (a mãe) foi levada no próprio carro, porque preferimos não arriscar fazer a troca dos veículos — conta o soldado.

No hospital, uma equipe já aguardava a chegada da mãe e da recém-nascida, que rapidamente foram atendidas. Foi ainda no hospital que os policiais souberam, através do médico que recebeu a família, que o procedimento realizado por eles foi crucial na vida da pequena Laurinha.


— Quando vimos a criança bem, foi um alívio. É uma emoção fora do comum — conclui o soldado Job.


Fonte: NSC