Nesse verão que arde, com praias superlotadas, os guarda-vidas estão trabalhando sem descanso. O desconhecimento do mar, a falta de atenção e muitas vezes a negligência têm feito os casos de afogamento dispararem. O Fantástico visitou praias em todo o país, acompanhou resgates e vai explicar o que você deve fazer pra não ser vítima de águas traiçoeiras.
Um tipo muito comum de correnteza é responsável por 80% dos afogamentos nas praias do país: a corrente de retorno. “A corrente de retorno ela funciona da seguinte forma. A água que vem do oceano através das ondas, ela chega na praia em um grande volume e necessita voltar para o oceano. Então, a água vai retornar pelo caminho mais fácil. E esse caminho, justamente, é onde se encontram as correntes de retorno”, explica o Major Túlio Zanin, comandante do batalhão de operações aéreas do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina.
Nesse corredor, a velocidade da água pode chegar a 10 km/h. Em Santa Catarina, a quantidade de resgastes já dobrou desde o começo do verão, segundo os bombeiros. No litoral de São Paulo, já foram 248 afogamentos só em 2020: três vezes mais que a média de todo o ano de 2019.
E no estado do Rio de Janeiro, só nos primeiros cinco dias do ano, uma média de 150 afogamentos por dia — quase 4 vezes mais que a média de todo ano passado.
(Informações Fantástico)