Esquema era realizado em laboratório no município de Cunha Porã, segundo a Polícia Civil
A Polícia Civil de Cunha Porã concluiu a primeira fase de uma investigação sobre fraudes em exames toxicológicos e indiciou 14 pessoas pelo crime de falsidade ideológica. A informação foi divulgada pela Polícia Civil no início da manhã desta segunda-feira, dia 20.
De acordo com as autoridades, a “Operação Falso Negativo” deflagrou um esquema criminoso de venda de exames toxicológicos fraudados que eram feitos por um laboratório de Cunha Porã. O local tinha como principais clientes caminhoneiros que, com base na Lei 13.103/2015, conhecida como “Lei do Motorista”, precisam fazer exame toxicológico com ampla “janela” (lapso temporal) de detecção.
Exames falsos eram produzidos por laboratório em Cunha Porã
(Foto: Polícia Civil)
A investigação identificou dezenas de motoristas que tiveram o resultado dos exames aprovado pelo laboratório investigado. Conforme a polícia, a empresa encaminhava o material biológico de terceiros para análise e falsificava a assinatura do interessado, que sequer comparecia ao laboratório.
Também foram identificadas duas pessoas que cederam material biológico para a realização de exames e pessoas que captavam clientes para o laboratório recebendo uma parte do valor pago pelos interessados, que variava de R$ 500 a R$ 1 mil.
Entre as pessoas que conseguiram exames toxicológicos falsos para renovar a CNH está um motorista que conseguiu a habilitação para conduzir veículo de transporte escolar. Também há um caso de outro motorista preso por uso de crack. “Ambos continuam a trafegar pelas estradas brasileiras sob efeito de drogas e medicamentos proibidos (rebite), colocando em risco a vida de outros usuários da via pública”, desta a Polícia Civil, por meio de nota.
Consequências
As autoridades já representaram pela cassação da habilitação dos caminhoneiros que conseguiram a Carteira Nacional de Habilitação com uso de documento ideologicamente falso. Eles deverão passar por um novo processo de habilitação, além de responder pelo crime de falsidade ideológica.
Ao todo, 14 pessoas foram indiciadas pelo crime de falsidade ideológica. Muitos envolvidos confessaram o crime diante do amplo material de provas, inclusive o farmacêutico responsável pela coleta fraudulenta teve o registro profissional suspenso junto ao Conselho Regional de Farmácia de Santa Catarina.
O laboratório onde as coletas fraudulentas eram realizadas também foi fechado por determinação judicial e a investigação foi dividida em outro inquérito policial para responsabilizar as outras pessoas que adquiriram exames toxicológicos fraudados.
A Polícia Civil acredita que existam inúmeros laboratórios no Brasil que pratiquem o mesmo esquema, pois como a fraude é cometida no momento da coleta do material biológico e não há um controle do laboratório que realiza a análise, a simples substituição do material no momento do envio é suficiente para a manipulação do resultado.
“Portanto, caso não haja um cruzamento genético dos materiais enviados para análise, a legislação continuará a ser burlada com exames falsos que permitem que motoristas conduzam veículos sob efeito de drogas e façam das estradas brasileiras uma das mais violentas do mundo”, conclui a nota da Polícia Civil.
Fonte: Oeste Mais
A Polícia Civil de Cunha Porã concluiu a primeira fase de uma investigação sobre fraudes em exames toxicológicos e indiciou 14 pessoas pelo crime de falsidade ideológica. A informação foi divulgada pela Polícia Civil no início da manhã desta segunda-feira, dia 20.
De acordo com as autoridades, a “Operação Falso Negativo” deflagrou um esquema criminoso de venda de exames toxicológicos fraudados que eram feitos por um laboratório de Cunha Porã. O local tinha como principais clientes caminhoneiros que, com base na Lei 13.103/2015, conhecida como “Lei do Motorista”, precisam fazer exame toxicológico com ampla “janela” (lapso temporal) de detecção.
Exames falsos eram produzidos por laboratório em Cunha Porã
(Foto: Polícia Civil)
A investigação identificou dezenas de motoristas que tiveram o resultado dos exames aprovado pelo laboratório investigado. Conforme a polícia, a empresa encaminhava o material biológico de terceiros para análise e falsificava a assinatura do interessado, que sequer comparecia ao laboratório.
Também foram identificadas duas pessoas que cederam material biológico para a realização de exames e pessoas que captavam clientes para o laboratório recebendo uma parte do valor pago pelos interessados, que variava de R$ 500 a R$ 1 mil.
Entre as pessoas que conseguiram exames toxicológicos falsos para renovar a CNH está um motorista que conseguiu a habilitação para conduzir veículo de transporte escolar. Também há um caso de outro motorista preso por uso de crack. “Ambos continuam a trafegar pelas estradas brasileiras sob efeito de drogas e medicamentos proibidos (rebite), colocando em risco a vida de outros usuários da via pública”, desta a Polícia Civil, por meio de nota.
Consequências
As autoridades já representaram pela cassação da habilitação dos caminhoneiros que conseguiram a Carteira Nacional de Habilitação com uso de documento ideologicamente falso. Eles deverão passar por um novo processo de habilitação, além de responder pelo crime de falsidade ideológica.
Ao todo, 14 pessoas foram indiciadas pelo crime de falsidade ideológica. Muitos envolvidos confessaram o crime diante do amplo material de provas, inclusive o farmacêutico responsável pela coleta fraudulenta teve o registro profissional suspenso junto ao Conselho Regional de Farmácia de Santa Catarina.
O laboratório onde as coletas fraudulentas eram realizadas também foi fechado por determinação judicial e a investigação foi dividida em outro inquérito policial para responsabilizar as outras pessoas que adquiriram exames toxicológicos fraudados.
A Polícia Civil acredita que existam inúmeros laboratórios no Brasil que pratiquem o mesmo esquema, pois como a fraude é cometida no momento da coleta do material biológico e não há um controle do laboratório que realiza a análise, a simples substituição do material no momento do envio é suficiente para a manipulação do resultado.
“Portanto, caso não haja um cruzamento genético dos materiais enviados para análise, a legislação continuará a ser burlada com exames falsos que permitem que motoristas conduzam veículos sob efeito de drogas e façam das estradas brasileiras uma das mais violentas do mundo”, conclui a nota da Polícia Civil.
Fonte: Oeste Mais