‘Invadiram meu carro, pensei até em me jogar no rio’, diz mulher que foi atacada por abelhas
Foto: Divulgação
A corretora de imóveis Aretusa Caetano dirigia a caminho do trabalho quando foi atacada por um enxame de abelhas em Camboriú, no Vale do Itajaí. Ela é a mulher que aparece nas imagens de uma câmera de monitoramento sendo acudida por um policial militar enquanto é picada. O caso aconteceu na última sexta-feira (13).
Os insetos invadiram o carro, que estava com as janelas abertas, quando ela passava por um cruzamento. Aretusa recorda que, momentos antes, encontrou vários veículos parados e viu motoristas desesperados. Pelo menos sete pessoas foram atacadas pelo enxame.
“Eu me deparei com uma moto caída no chão, um rapaz se debatendo muito. Eu estava com os meus vidros abertos olhando pra ele, as abelhas invadiram meu carro. Pensei até em me jogar no rio, mas, como eu não sei nadar, eu ia morrer afogada”, diz.
Durante o ataque, ela lembra que chegou a pedir ajuda às pessoas que passavam pelo local. Mas, como estava rodeada pelos insetos, reconhece que qualquer um que tentasse ajudar poderia colocar a vida em risco também.
Foi o que aconteceu com o soldado Júlio Cesar Evangelista. O policial militar fazia rondas na região quando avistou a mulher sendo atacada.
“[Ajudei] Sem pensar, talvez, na consequência que teria pra mim. O instinto foi esse, desembarcar [da viatura]. Usei o meu boné, a cobertura, pra tentar tirar as abelhas assim que estavam grudadas no corpo dela, já picando ela”, explicou.
As imagens registradas pela câmera de um posto de combustível mostram o momento em que os dois são atacados. Enquanto era picado, o policial tentou afastar as abelhas da mulher com uma toalha molhada, mas as picadas só pararam quando ele usou um extintor de incêndio com dióxido de carbono (CO2).
O PM e a mulher foram encaminhados ao hospital, onde receberam antialérgico e remédio para dor. Júlio levou cerca de 30 picadas. Aretusa, aproximadamente 150. “Eu sei que ele foi um anjo, o anjo que me ajudou e me salvou”, agradeceu Aretusa.
O enxame foi contido por bombeiros e por um apicultor, chamado para ajudar no controle dos insetos. Homens que faziam a limpeza de um terreno próximo teriam atingido sem querer uma colmeia de abelhas africanas.
O bombeiro Jucélio Ademir Vieira Júnio explica que a principal característica dessa espécie é a forma como defendem a colmeia. Elas reagem rapidamente a qualquer perturbação, atacando em grandes grupos, o que torna mais difícil dispersar o enxame.
O tipo de extintor usado pelo policial tem gás pressurizado, que liberado em uma temperatura muito baixa fez com que as abelhas não resistissem ao frio. Entretanto, o bombeiro salienta que essa não é a orientação padrão.
“Se a pessoa souber nadar, a orientação é mergulhar na água mais próxima. Só usar extintor de incêndio, como nesse caso, se souber manipular bem o equipamento e, ainda assim, com muito cuidado”, orienta.
Assim como é danoso para as abelhas, o gás também é prejudicial para as pessoas. De acordo com ele, pode cegar se entrar em contato com os olhos, por causa da temperatura.
É o terceiro caso de ataque de abelhas em um intervalo de 10 dias. No início de dezembro, outro policial militar levou mais de 100 picadas enquanto tentava salvar um homem em Florianópolis.
A vítima levou mais de 300 picadas e precisou ficar 24 horas no hospital recebendo medicamento e fazendo exames. Apesar do susto, ele passa bem.
Em novembro, um jovem de 21 anos foi atacado por um enxame enquanto cortava grama no quintal de casa em Concórdia, região Oeste do estado. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros Voluntários e encaminhado ao Pronto Socorro do Hospital São Francisco, onde foi atendido e liberado em seguida.
Três cachorros da família, que estavam no quintal, também foram atacados e acabaram morrendo por causa da picadas.
Fonte: Michel Teixeira
Foto: Divulgação
A corretora de imóveis Aretusa Caetano dirigia a caminho do trabalho quando foi atacada por um enxame de abelhas em Camboriú, no Vale do Itajaí. Ela é a mulher que aparece nas imagens de uma câmera de monitoramento sendo acudida por um policial militar enquanto é picada. O caso aconteceu na última sexta-feira (13).
Os insetos invadiram o carro, que estava com as janelas abertas, quando ela passava por um cruzamento. Aretusa recorda que, momentos antes, encontrou vários veículos parados e viu motoristas desesperados. Pelo menos sete pessoas foram atacadas pelo enxame.
“Eu me deparei com uma moto caída no chão, um rapaz se debatendo muito. Eu estava com os meus vidros abertos olhando pra ele, as abelhas invadiram meu carro. Pensei até em me jogar no rio, mas, como eu não sei nadar, eu ia morrer afogada”, diz.
Durante o ataque, ela lembra que chegou a pedir ajuda às pessoas que passavam pelo local. Mas, como estava rodeada pelos insetos, reconhece que qualquer um que tentasse ajudar poderia colocar a vida em risco também.
Foi o que aconteceu com o soldado Júlio Cesar Evangelista. O policial militar fazia rondas na região quando avistou a mulher sendo atacada.
“[Ajudei] Sem pensar, talvez, na consequência que teria pra mim. O instinto foi esse, desembarcar [da viatura]. Usei o meu boné, a cobertura, pra tentar tirar as abelhas assim que estavam grudadas no corpo dela, já picando ela”, explicou.
As imagens registradas pela câmera de um posto de combustível mostram o momento em que os dois são atacados. Enquanto era picado, o policial tentou afastar as abelhas da mulher com uma toalha molhada, mas as picadas só pararam quando ele usou um extintor de incêndio com dióxido de carbono (CO2).
O PM e a mulher foram encaminhados ao hospital, onde receberam antialérgico e remédio para dor. Júlio levou cerca de 30 picadas. Aretusa, aproximadamente 150. “Eu sei que ele foi um anjo, o anjo que me ajudou e me salvou”, agradeceu Aretusa.
O enxame foi contido por bombeiros e por um apicultor, chamado para ajudar no controle dos insetos. Homens que faziam a limpeza de um terreno próximo teriam atingido sem querer uma colmeia de abelhas africanas.
O bombeiro Jucélio Ademir Vieira Júnio explica que a principal característica dessa espécie é a forma como defendem a colmeia. Elas reagem rapidamente a qualquer perturbação, atacando em grandes grupos, o que torna mais difícil dispersar o enxame.
O tipo de extintor usado pelo policial tem gás pressurizado, que liberado em uma temperatura muito baixa fez com que as abelhas não resistissem ao frio. Entretanto, o bombeiro salienta que essa não é a orientação padrão.
“Se a pessoa souber nadar, a orientação é mergulhar na água mais próxima. Só usar extintor de incêndio, como nesse caso, se souber manipular bem o equipamento e, ainda assim, com muito cuidado”, orienta.
Assim como é danoso para as abelhas, o gás também é prejudicial para as pessoas. De acordo com ele, pode cegar se entrar em contato com os olhos, por causa da temperatura.
É o terceiro caso de ataque de abelhas em um intervalo de 10 dias. No início de dezembro, outro policial militar levou mais de 100 picadas enquanto tentava salvar um homem em Florianópolis.
A vítima levou mais de 300 picadas e precisou ficar 24 horas no hospital recebendo medicamento e fazendo exames. Apesar do susto, ele passa bem.
Em novembro, um jovem de 21 anos foi atacado por um enxame enquanto cortava grama no quintal de casa em Concórdia, região Oeste do estado. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros Voluntários e encaminhado ao Pronto Socorro do Hospital São Francisco, onde foi atendido e liberado em seguida.
Três cachorros da família, que estavam no quintal, também foram atacados e acabaram morrendo por causa da picadas.
Fonte: Michel Teixeira