O soldado Cristiano Manoel dos Santos, da Polícia Militar (PM), sofreu mais de 100 picadas ao salvar uma vítima de ataque de enxame de abelhas na manhã desta quarta-feira (04), nos Ingleses, em Florianópolis.
O policial de 30 anos botou o homem nas costas para tirá-lo do meio do enxame. Ao Jornal Conexão, o policial contou que se aproximou do homem e ele estava coberto pelas abelhas.
Cristiano e outro colega tentaram espantar os insetos com um extintor de incêndio, que ao soltar a fumaça cria uma ação similar a de apicultores quando vão extrair mel de colmeias. O rosto de Cristiano ficou completamente inchado e o soldado precisou ser encaminhado à Upa Norte.
“Nós estávamos na base dos Ingleses em ronda,quando os Bombeiros pediram apoio de uma ambulância para um homem que estava sendo atacado. Ele estava no mato lateral, cheio de abelhas. Daí eu e meu companheiro de plantão nos deslocamos. Queríamos um extintor e pegamos no posto. Chegando lá, conversamos com o sargento. Como o Bombeiro demorou um pouco, abotoei bem minha roupa e fui”, contou.
Cristiano nem havia chegado perto da vítima quando as abelhas começaram a atacá-lo, especialmente na parte da cabeça. Mesmo usando uma touca balaclava, não houve como evitar as ferroadas dos insetos a 20 metros de onde estava a vítima. Mesmo assim, ele continuou e se aproximou do homem para tentar removê-lo do local onde estava o foco do enxame.
“Decidi ir até o local. Ele já estava desacordado e mal reagia. Chegou a balançar o braço. Coloquei ele nas minhas costas e carreguei ele 20 metros até perto da rua. Quando cheguei perto da calçada, não tive mais condições. Tive que sair, já que as abelhas me picaram em todo o rosto e até no olho. Depois que eu saí do local, o Bombeiro chegou e atirou água”, comentou.
A vítima do ataque foi levada ao Hospital Celso Ramos em estado grave. Um ataque similar ao sofrido pelo homem e pelo soldado Cristiano pode ser fatal.
“Graças a Deus estou bem! Estou em casa em repouso absoluto para mais tarde voltar ao trabalho”, disse. (Com informações do Jornal Conexão)
Fonte: Michel Teixeira