A Panam Sports, que organiza os Jogos Pan-Americanos, emitiu um comunicado oficial nesta quinta-feira, onde confirmava mudanças no quadro de medalhas do Pan de Lima 2019 por conta dos casos de doping ocorridos no torneio. O Brasil perdeu três ao todo, mas seguiu na segunda colocação geral, com 168 pódios, melhor campanha do país na história.
As medalhas perdidas pelo Brasil foram o ouro de Rafaela Silva, na categoria -57kg do judô; a prata de Andressa de Morais, no lançamento de disco do atletismo (Fernanda Borges era bronze e ficou com prata, portanto o país só perdeu mais um bronze); e o bronze da equipe masculina de velocidade no ciclismo pista. Kacio Freitas testou positivo.
A Comissão Disciplinar da Panam Sports foi quem tomou as decisões. E elas foram aprovadas durante uma reunião do Comitê Executivo realizada em Fort Laurderdale, nos Estados Unidos, na semana passada. A Argentina se beneficiou, subindo para o quinto lugar, e o Peru levou mais duas medalhas de bronze. O país-sede ficou com 41 medalhas no total e é o 9º colocado no quadro geral.
- Fomos muito cuidadosos com a questão do doping nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, respeitando todos os protocolos e processos correspondentes. Após a reunião do Comitê Executivo, aprovamos oficialmente as decisões da Comissão Disciplinar e as desqualificações dos atletas envolvidos, o que gerou as mudanças que estamos relatando hoje. Com isso, fechamos oficialmente o quadro de medalhas dos nossos Jogos - falou o secretário-geral de Esportes da Panam, Ivar Sisniega.
Foram 15 casos positivos de doping em Lima 2019. Ao todo, 1.905 amostras foram colhidas de atletas durante os Jogos Pan-Americanos. Nove pódios e uma vaga olímpica foram realocados. O Brasil não perdeu vagas olímpicas. Quem ficou sem o espaço em Tóquio 2020 foi o Canadá, que terminou em 4º lugar no hipismo saltos e tinha a classificação assegurada. Como um dos conjuntos da equipe foi pego no doping, a Argentina herdou a vaga para os Jogos de 2020.
Fonte: Globo Esporte
Foto: Reuters