“Minha realidade é triste, mas eu não quero esta mesma realidade para os meus filhos”, disse Valéria, moradora da Vila Cachoeirinha em Joaçaba, ao se referir as dificuldades enfrentadas pelos moradores do local, onde muitas casas não possuem energia elétrica e nem água encanada. A falta de um endereço residencial compromete até mesmo a busca por um emprego.
Valéria esteve junto com outros moradores da Vila Cachoeirinha na sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira (17), acompanhando a equipe da Organização Não Governamental (ONG) Dindos do Bem.
A ONG esteve na Câmara a convite da presidente Disnéia De Marco para falar sobre as ações que o grupo está implementando com o objetivo de regularizar a área de terra onde residem 28 famílias, totalizando cerca de 200 pessoas, sendo que desde total, 77 são crianças e adolescentes.
A presidente da ONG, Aline Andres, disse que a comunidade já foi mapeada e que as informações já apuradas sobre a propriedade do terreno onde fica a Vila Cachoeirinha demonstram que a área pertence a Prefeitura. Ainda, segundo ela, uma conversa preliminar já foi mantida com o prefeito Dioclésio Ragnini, que se mostrou disposto a colaborar na busca por uma alternativa que leve a regularização daquela área.
"Regularizar a área é o primeiro passo para que a comunidade possa ter energia elétrica e água e, posteriormente, uma reforma das casas", explicou Aline. “Estamos aqui solicitando o apoio dos vereadores, pois precisamos de uma união de esforços para dar um mínimo de dignidade aquelas pessoas”, acrescentou ela.
A presidente Disnéia De Marco falou de sua ligação com aqueles moradores por já ter trabalhado nas proximidades. Disse que que já esteve presente na primeira reunião com o prefeito e moradores, e que fará questão de acompanhar e colaborar no que for possível. Todos os demais vereadores também demonstraram interesse em serem parceiros da iniciativa.
Como à ONG chegou à Cachoeirinha
A ONG Dindos do Bem existe há cerca de um ano e meio e surgiu com o propósito de ajudar crianças carentes. Inicialmente as ações se resumiam a levar alegria e donativos aos bairros mais necessitados com brinquedos infláveis e atrações lúdicas. Quando chegaram à Vila Cachoeirinha, perceberam que ali era preciso ir além, que a comunidade necessitava muito mais que alguns momentos de alegria para aquelas crianças.
“Foi aí que demos início a este propósito de mudar aquela realidade e sabemos que regularizar a área é o primeiro passo”, frisou Aline. A ONG, que começou com quatro pessoas, hoje conta com aproximadamente 60 voluntários e segue com seu trabalho inicial de levar alegria à comunidades carentes.
Fonte: Caco da Rosa
Fonte: Adriana Panizzi/Assessoria de Imprensa