Porque não dar o Nobel da Paz este ano aos bombeiros de Brumadinho que conquistaram simpatia e admiração dentro e fora do país com seu exemplo de abnegação? O questionamento foi feito pelo colunista espanhol Juan Arias, do jornal El Pais.
Cerca de 280 bombeiros trabalham nas buscas após o rompimento da barragem da Vale. Com os uniformes cobertos de barro, eles estão por todos os lados no mar de lama e detritos que escorreu pelo Córrego do Feijão.
Para quem não sabe, o Prêmio Nobel da Paz é entregue anualmente à pessoa ou pessoas que realizaram “ato ou ação pela paz e fraternidade mundial, lutou pela redução das guerras e se esforçou para manter os tratados de paz entre as nações. Este prêmio é também atribuído aqueles que se envolvem e participam de projetos cuja temática seja a solução de problemas, em determinadas áreas específicas, o que o torna uma premiação com características particulares”.
“Foram eles, anônimos, mal pagos, que não hesitaram em colocar as próprias vidas em perigo para salvar a de outros. Foram eles que nos ofereceram um pouco de oxigênio quando começávamos a desconfiar de tudo e de todos“. Foi assim que o colunista Juan Arias, do jornal El País, sugeriu que o Prêmio Nobel da Paz fosse entregue aos bombeiros que participaram das buscas para resgate e vidas e de corpos em Brumadinho – MG, onde uma barragem de um mar de aproximadamente 12 milhões de metros cúbicos de lama devastou a população e deixou o Brasil em lágrimas.
Bombeiros resgatando pessoas na lama poucas horas após estouro da barragem
Nas redes sociais, internautas de diferentes partes do Brasil elogiam os socorristas, que já foram alçados ao status de “heróis”; como não poderia ser diferente. Apesar disso, a situação não é das melhores para os integrantes da corporação. Eles estão com o 13º salário atrasado e devem receber a gratificação, até segunda ordem, em 11 parcelas.
Fonte: Michel Teixeira