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Mitos e verdades sobre o ovo na sua dieta

Se hoje o glúten e a lactose são os inimigos da vez, de forma equivocada na grande maioria das vezes, o ovo foi por anos e anos banido da dieta de quem tinha problemas de coração e colesterol. Mas hoje o ovo é considerado um superalimento, por ser rico em macro e micronutrientes, ter baixo custo e ser de fácil preparo.

Mas ainda há muita gente que evita ou restringe o consumo no seu dia a dia. Para esclarecer os mitos e verdades sobre esse alimento tão presente no cardápio do brasileiro vamos tratar aqui.


O bonzão

O ovo é rico em macro e micronutrientes. Na clara está presente proteínas de alto valor biológico. Na gema, principalmente gorduras (saturadas e colesterol), vitaminas lipossolúveis A, D, E e K. Possui ainda vitaminas do complexo B (vitamina B12, riboflavina, ácido fólico e colina); e minerais como ferro, selênio, fósforo, iodo, zinco, cobre e cálcio. É excelente fonte de luteína e zeaxantina que estão relacionadas à prevenção da degeneração macular e alterações oftalmológicas.

Estudos já demonstraram que a ingestão de alimentos fontes de colesterol não é responsável pelo aumento do colesterol sanguíneo, e sim o consumo excessivo de gordura saturada. Estima-se que 30% da população responda negativamente à ingestão excessiva de alimentos fontes de colesterol. Em torno de 70 a 80% do colesterol é fabricado pelo corpo e 20 a 30% provém da alimentação. Muitos indivíduos que apresentam hipercolesterolemia estão têm relação familiar, origem genética.

O colesterol, em níveis equilibrados, é fundamental para nosso organismo. É essencial para formação das membranas celulares, produção de hormônios sexuais, formação dos sais biliares, vitamina D e na formação dos tecidos nervosos.

Estudos recentes vêm demonstrando ser seguro consumir um ovo diariamente, no entanto, mais estudos são necessários para avaliar qual o limite seguro. A indicação do consumo deve ser individualizada de acordo com objetivos e história clínica do indivíduo.

Vamos às dicas



Atenção à forma de preparo do ovo (omelete, cozido, mexido): deve-se utilizar utensílios/panelas que dispensem a utilização de gordura ou utilizar pequenas quantidades de gorduras como azeite de oliva virgem ou óleo de coco. Existem “sprays de gordura” (azeite e coco) ou dosadores que liberam quantidade muito reduzida.Cozinhar o ovo é uma das melhores formas de consumi-lo.

O ovo deve ser armazenado dentro da geladeira (e não na porta da geladeira) e não deve ser lavado antes de armazenar. A lavagem dos ovos pode remover a cutícula protetora dos poros da casca, facilitando a entrada de microrganismos, resultando na deterioração e diminuição do período de estocagem. Só lave os ovos em água corrente antes do consumo.

O ovo não deve ser consumido cru ou mal cozido para não ter risco de ingestão de alimento contaminado com salmonela, sendo indicado o cozimento no mínimo por sete minutos. Salmonela é um grupo de bactérias que pode causar gastroenterites (diarreia, vômito, dor na barriga, mal estar), encontrada em alimentos de origem animal.

Por ser excelente fonte de proteína, cerca de 6g por unidade (ovo de galinha) o consumo de ovo no café da manhã promove maior saciedade, e no pós treino também se torna interessante, pois seus nutrientes colaboram para o ganho de massa muscular.


Por Reges Costa

Fonte: Oeste Mais