A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou que a China habilitou sete estabelecimentos para a exportação de miúdos suínos para o país. A confirmação foi feita nesta segunda-feira (4), após negociações do presidente Jair Bolsonaro e da ministra, durante viagem ao país asiático no mês de outubro.
Entre as plantas autorizadas está a da Cooperativa Central Aurora de Chapecó e também a unidade da cooperativa na cidade de Joaçaba. Também foram habilitadas as unidades da BRF de Campos Novos; a Seara Alimentos, com as unidades de Itapiranga e também de São Gabriel do Oeste (MS); também a Pamplona Alimentos, por meio das unidades de Presidente Getúlio e Rio do Sul.
De acordo com o Mapa, as plantas frigoríficas brasileiras foram habilitadas para comercializarem seis tipos de miúdos de suínos: pés, língua, focinho, máscara, orelha e rabo.
US$ 2 bilhões em 2020
Uma estimativa preliminar da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), destaca que a abertura de mercado para esses produtos pode movimentar no próximo ano US$ 2 bilhões, cerca de R$ 8 bilhões.
“As exportações já podem ter início imediato. Medida vai movimentar a economia catarinense e gerar mais renda para os produtores rurais”, disse a ministra ao anunciar a notícia no Twitter na manhã desta segunda-feira (4).
Incrementar vendas para a China
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, também comemorou o anúncio e informou que o setor produtivo recebeu com otimismo a informação. A última visita brasileira (da comitiva do presidente da república e da ministra) também foi acompanhada pelo diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin.
“Foram diversas e bem-sucedidas as investidas realizadas pela Ministra para ampliar a participação brasileira no mercado de proteína animal da China. Há grande otimismo com estas novas habilitações, considerando que o segmento de miúdos poderá ampliar significativamente a receita dos embarques do setor produtivo para este mercado. O Brasil consolidou sua posição em prol da segurança alimentar chinesa, que agora é ampliada”, analisa Turra.
Principal destino
A China é o principal destino da carne suína produzida no Brasil. Entre janeiro e setembro de 2019, foram 156,6 mil toneladas, considerando todos os produtos, o volume 34% maior em relação ao mesmo período de 2018. Neste ano, o Brasil exportou 524,2 mil toneladas de carne suína entre janeiro e setembro de 2018. Deste total, 50,2 mil toneladas são miúdos de suínos.
Fonte: Michel Teixeira