“O ponto de chegada do humano é o próprio Deus: a prática de Jesus espelha o que Deus entende por humano”
Compartilhamos a seguir um texto divulgado por Carlos Signorelli, coordenador da Comissão de Assessoria Permanente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), a respeito da solenidade de Cristo Rei, que é celebrada no último domingo do ano litúrgico – em 2019, é este dia 24 de novembro.
Que Reino queremos?
A solenidade de Cristo Rei, neste último dia do ano litúrgico, sempre coloca, frente a frente, dois reinos. Tanto Pilatos, que pergunta pelo reino de Jesus, quanto o ladrão crucificado ao lado do Mestre fazem pouco do Seu reino. Para o primeiro, ser rei significa governar com força, com tirania, com violência, por meio de exércitos bem armados. Para o outro, ser rei significa comandar, executando atos mágicos, controlando os elementos da natureza, tudo em benefício próprio.
É aí que aparece Jesus. Jesus não é apenas um homem bem-intencionado. Ele é Deus! Deus que se faz humano para mostrar às pessoas o que é ser humano. A vida, a prática de Jesus, Suas palavras e gestos explicitam o extremo significado do que é o humano. O ponto de chegada do humano é o próprio Deus. A prática de Jesus espelha o que Deus entende por humano.
Hoje já não há disputa entre os exegetas: o cerne da vida, da mensagem e da morte de Jesus é o Reino. Em outras palavras, Ele é o Reino andando e falando entre nós. Somos levados a entender e assumir esse Reino; para isso, porém, faz-se necessária profunda conversão. Ele só pode ser vivido quando abrimos mão dos valores do reino de Pilatos e do ladrão, dos sistemas econômicos que oprimem, da produção e do consumo de desejos que matam os pequenos e a natureza.
A animação das vivências deste mundo, da ordem temporal, é dever de cada batizado, mas, particularmente, dos fiéis cristãos leigos e leigas (cf. Lumen Gentium 31-38). Eles devem assumir suas responsabilidades na edificação daquele Reino; devem viver à luz do paradoxo de um Reino cujo Rei é um crucificado; devem ser sinal de que o Reino de Deus é não só uma possibilidade, mas uma necessidade. Ele se constrói na humildade daquele que, sendo tudo, de tudo Se desfez por nós, mostrando-nos qual deve ser a nossa prática. Por isso, Ele é o Rei do universo e o paradigma de toda a nossa prática, de toda a nossa vida.
Carlos Signorelli
Membro da Comissão de Assessoria Permanente do CNLB
Fonte: Ateleia
Compartilhamos a seguir um texto divulgado por Carlos Signorelli, coordenador da Comissão de Assessoria Permanente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), a respeito da solenidade de Cristo Rei, que é celebrada no último domingo do ano litúrgico – em 2019, é este dia 24 de novembro.
Que Reino queremos?
A solenidade de Cristo Rei, neste último dia do ano litúrgico, sempre coloca, frente a frente, dois reinos. Tanto Pilatos, que pergunta pelo reino de Jesus, quanto o ladrão crucificado ao lado do Mestre fazem pouco do Seu reino. Para o primeiro, ser rei significa governar com força, com tirania, com violência, por meio de exércitos bem armados. Para o outro, ser rei significa comandar, executando atos mágicos, controlando os elementos da natureza, tudo em benefício próprio.
É aí que aparece Jesus. Jesus não é apenas um homem bem-intencionado. Ele é Deus! Deus que se faz humano para mostrar às pessoas o que é ser humano. A vida, a prática de Jesus, Suas palavras e gestos explicitam o extremo significado do que é o humano. O ponto de chegada do humano é o próprio Deus. A prática de Jesus espelha o que Deus entende por humano.
Hoje já não há disputa entre os exegetas: o cerne da vida, da mensagem e da morte de Jesus é o Reino. Em outras palavras, Ele é o Reino andando e falando entre nós. Somos levados a entender e assumir esse Reino; para isso, porém, faz-se necessária profunda conversão. Ele só pode ser vivido quando abrimos mão dos valores do reino de Pilatos e do ladrão, dos sistemas econômicos que oprimem, da produção e do consumo de desejos que matam os pequenos e a natureza.
A animação das vivências deste mundo, da ordem temporal, é dever de cada batizado, mas, particularmente, dos fiéis cristãos leigos e leigas (cf. Lumen Gentium 31-38). Eles devem assumir suas responsabilidades na edificação daquele Reino; devem viver à luz do paradoxo de um Reino cujo Rei é um crucificado; devem ser sinal de que o Reino de Deus é não só uma possibilidade, mas uma necessidade. Ele se constrói na humildade daquele que, sendo tudo, de tudo Se desfez por nós, mostrando-nos qual deve ser a nossa prática. Por isso, Ele é o Rei do universo e o paradigma de toda a nossa prática, de toda a nossa vida.
Carlos Signorelli
Membro da Comissão de Assessoria Permanente do CNLB
Fonte: Ateleia