Ensinar as nossas crianças a dormir bem não é apenas uma questão de saúde. É também, e talvez em primeiro lugar, uma questão de confiança
Éverdade que a qualidade do sono depende em parte do temperamento, da constituição física, do estado de saúde e das circunstâncias externas, mas o nosso descanso depende também da nossa capacidade de nos abandonarmos por completo, de pararmos realmente. Dormir é “ter a coragem de não fazer nada”. Fácil? Não tenho tanta certeza.
Dormir, uma maneira de dizer a Deus que o amo
Então temos de aprender a parar de jogar, mas também de trabalhar quando é tempo de dormir, mesmo que sintamos que não temos ainda revisto suficientemente bem o nosso teste de matemática ou lição de história. Aprender a dormir também significa descobrir que há um tempo para tudo. Quando chega a hora de dormir, meu dever – ou seja, minha maneira de dizer a Deus que o amo – é dormir. Deus, em cada momento, se entrega completamente a mim e espera que eu responda da mesma maneira, me entregando completamente. Quando Ele me chama para dormir, Ele me pede para meter tudo de volta em Suas mãos para me entregar verdadeiramente ao sono, da mesma forma que uma criança pequenina se rende absolutamente aos braços de sua mãe.
Aceitar parar, colocar tudo nas mãos de outra pessoa, requer muita confiança. E esta confiança é aprendida desde muito cedo. Até os pequenos podem ter preocupações e ansiedades que os mantêm acordados: medo do escuro ou da tempestade, medo de um “monstro” no armário. A estes medos se somam, ao longo dos anos, os problemas relacionados com a escola e todas as dificuldades da vida. Depende de nós, pais, suscitar nos filhos a consciência da presença d’Aquele que nunca nos deixa sozinhos. É essencial que as crianças saibam que, a qualquer hora do dia ou da noite, Deus está ali, Ele as ama, as vigia e as escuta. Deus, mas também a Virgem Maria, os santos e os anjos, que são numerosos amigos aos quais podemos confiar nossas preocupações, medos, perguntas… em vez de ficar sozinhos ruminando por causa de nossas ansiedades.
Acabar com as dificuldades da hora de dormir
Um objeto pode ajudar os pequenos a recordar esta presença de Deus: cruz, medalha, rosário… Alguns pais recusam: “É perigoso reduzir a Fé a objetos, como fetiches de sorte”. Superstição? Não. Para compreender, basta compará-lo com o urso de pelúcia preferido da criança, que ele leva a todos os sítios porque lhe lembra o cheiro da mãe. Se este pelúcia ajuda a criança a adormecer porque evoca a ternura materna, porque é que um rosário ou uma cruz não devem evocar a ternura divina da mesma forma?
A qualidade do sono também depende, em grande parte, das horas que antecedem a hora de dormir. No final do dia, evite jogos barulhentos e brincadeiras. É melhor substituí-los por actividades mais silenciosas. O silêncio (pelo menos relativo) permite aos mais novos dormir sem ser perturbado pela música ou pela televisão.
Não se esqueça da oração da noite
Há outro ponto: o perdão. Uma avó costumava dar este conselho aos seus netos: “Nunca adormeça sem se beijar”. Isso faz que uma de suas netas diga: “Eu acho que a avó nos salvou de muita insónias ao nos convidar a perdoar”. Portanto, as crianças nunca devem ser colocadas na cama si você está furioso com elas, e vice-versa.
Tampouco devemos esquecer a oração da noite. É ela que nos guia ao perdão ou é a ocasião para o pedir, porque é o momento em que nos podemos entregar à Misericórdia de Deus, arrependidos dos nossos pecados. E é Ele que nos oferece o saber perdoar e pedir perdão. A oração da noite é também a oração de Simeão: “Nas tuas mãos, Senhor, entrego a minha vida”. Pode ser dito ou, melhor ainda, cantado porque é mais facilmente memorizado e a música contribui para a calma.
Por fim, nunca esqueçamos que a qualidade do sono dos nossos filhos depende em primeiro lugar e sobretudo da nossa capacidade de os pôr nas mãos de Deus todas as noites.
Por Christine Ponsard
Fonte: Ateleia
Éverdade que a qualidade do sono depende em parte do temperamento, da constituição física, do estado de saúde e das circunstâncias externas, mas o nosso descanso depende também da nossa capacidade de nos abandonarmos por completo, de pararmos realmente. Dormir é “ter a coragem de não fazer nada”. Fácil? Não tenho tanta certeza.
Dormir, uma maneira de dizer a Deus que o amo
Então temos de aprender a parar de jogar, mas também de trabalhar quando é tempo de dormir, mesmo que sintamos que não temos ainda revisto suficientemente bem o nosso teste de matemática ou lição de história. Aprender a dormir também significa descobrir que há um tempo para tudo. Quando chega a hora de dormir, meu dever – ou seja, minha maneira de dizer a Deus que o amo – é dormir. Deus, em cada momento, se entrega completamente a mim e espera que eu responda da mesma maneira, me entregando completamente. Quando Ele me chama para dormir, Ele me pede para meter tudo de volta em Suas mãos para me entregar verdadeiramente ao sono, da mesma forma que uma criança pequenina se rende absolutamente aos braços de sua mãe.
Aceitar parar, colocar tudo nas mãos de outra pessoa, requer muita confiança. E esta confiança é aprendida desde muito cedo. Até os pequenos podem ter preocupações e ansiedades que os mantêm acordados: medo do escuro ou da tempestade, medo de um “monstro” no armário. A estes medos se somam, ao longo dos anos, os problemas relacionados com a escola e todas as dificuldades da vida. Depende de nós, pais, suscitar nos filhos a consciência da presença d’Aquele que nunca nos deixa sozinhos. É essencial que as crianças saibam que, a qualquer hora do dia ou da noite, Deus está ali, Ele as ama, as vigia e as escuta. Deus, mas também a Virgem Maria, os santos e os anjos, que são numerosos amigos aos quais podemos confiar nossas preocupações, medos, perguntas… em vez de ficar sozinhos ruminando por causa de nossas ansiedades.
Acabar com as dificuldades da hora de dormir
Um objeto pode ajudar os pequenos a recordar esta presença de Deus: cruz, medalha, rosário… Alguns pais recusam: “É perigoso reduzir a Fé a objetos, como fetiches de sorte”. Superstição? Não. Para compreender, basta compará-lo com o urso de pelúcia preferido da criança, que ele leva a todos os sítios porque lhe lembra o cheiro da mãe. Se este pelúcia ajuda a criança a adormecer porque evoca a ternura materna, porque é que um rosário ou uma cruz não devem evocar a ternura divina da mesma forma?
A qualidade do sono também depende, em grande parte, das horas que antecedem a hora de dormir. No final do dia, evite jogos barulhentos e brincadeiras. É melhor substituí-los por actividades mais silenciosas. O silêncio (pelo menos relativo) permite aos mais novos dormir sem ser perturbado pela música ou pela televisão.
Não se esqueça da oração da noite
Há outro ponto: o perdão. Uma avó costumava dar este conselho aos seus netos: “Nunca adormeça sem se beijar”. Isso faz que uma de suas netas diga: “Eu acho que a avó nos salvou de muita insónias ao nos convidar a perdoar”. Portanto, as crianças nunca devem ser colocadas na cama si você está furioso com elas, e vice-versa.
Tampouco devemos esquecer a oração da noite. É ela que nos guia ao perdão ou é a ocasião para o pedir, porque é o momento em que nos podemos entregar à Misericórdia de Deus, arrependidos dos nossos pecados. E é Ele que nos oferece o saber perdoar e pedir perdão. A oração da noite é também a oração de Simeão: “Nas tuas mãos, Senhor, entrego a minha vida”. Pode ser dito ou, melhor ainda, cantado porque é mais facilmente memorizado e a música contribui para a calma.
Por fim, nunca esqueçamos que a qualidade do sono dos nossos filhos depende em primeiro lugar e sobretudo da nossa capacidade de os pôr nas mãos de Deus todas as noites.
Por Christine Ponsard
Fonte: Ateleia