Uma tensa negociação mobilizou a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros na noite deste sábado (02) e madrugada de domingo (03) em Capinzal. O fato foi na rua Domingos Omizollo, Loteamento São Luiz. Conforme as informações, por volta das 18h um homem teve um surto psicótico após ter ingerido bebida alcoólica e medicamento e iniciou uma discussão com os vizinhos proferindo xingamentos e teria arremessado um tijolo contra uma mulher e acabou acertando a perna da vítima, provocando ferimento. A Polícia Militar foi acionada e deslocou guarnições de Capinzal, de Piratuba e o Pelotão de Patrulhamento Tático, uma vez que o homem estaria armado com uma foice.
Por volta das 21h as equipes adentraram no imóvel e o homem de iniciais C.I., resistiu à prisão e foi alvejado por pelo menos três vezes com bala de borracha e outras duas vezes pela tazer (arma de choque). Após esta primeira resistência o envolvido se trancou no banheiro do imóvel.
A PM usou de diversas técnicas para convence-lo de se entregar, disparando várias bombas de gás lacrimogênio e verbalizando o tempo todo.
O homem argumentava no diálogo com os policiais que os vizinhos estariam espiando sua rotina e também o filmando, mas acredita-se que as alegações são apenas alucinações.
Às 04h40min ele entregou a foice e se entregou. Os policiais ainda tiveram dificuldades em convencer o homem a receber atendimento do Corpo de Bombeiros. Ele foi conduzido ao Hospital Nossa Senhora das Dores onde recebeu atendimento médico e assinou o boletim de ocorrência.
A senhora Lurdes Salete Rosalen, contou em entrevista que o vizinho iniciou acusações infundadas há algum tempo e que por algumas ocasiões teria ameaçado sua família e que no sábado (02), após proferir xingamentos teria jogado pedras contra sua filha e sua neta que estavam no quintal e uma das pedras atingiu a perna da sua filha. Eles se recolheram para dentro de casa e acionaram a Polícia Militar.
O capitão Cleberson Garcez, comandante da Polícia Militar de Capinzal, afirmou que está foi uma ocorrência atípica a nível de estado. “ Nestes vinte e poucos anos de polícia uma ocorrência de dez horas eu nunca tinha passado”, revelou o comandante.
Fonte: Rádio Barriga Verde
Foto: Rádio Barriga Verde