No pequeno espaço de menos de dez meses à frente do Executivo estadual, adotamos inúmeras posturas com o escopo de dar transparência às ações do Estado. Rediscutimos os incentivos e as isenções fiscais, acabamos com as históricas Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs), modernizamos a gestão pública e os processos de compra, estabelecemos um governo integrado e técnico, referenciamo-nos nacionalmente como um governo digital que facilita a vida das pessoas e permitimos as condições para o aumento de receitas, mesmo em um cenário adverso.
Essas e outras ações já permitiram economias na ordem de um bilhão e trezentos milhões de reais; investimento em obras estruturantes e nos diversos programas sucessivamente divulgados nas mídias. Nossas ações pautam-se pelo respeito aos quase 72% da população catarinense que nos honrou com seu voto e aos compromissos de retidão e moralidade que assumimos publicamente.
Esse bom desempenho não partiu de uma base financeira equilibrada, iniciamos nossa caminhada com dívidas gigantescas na saúde, com perspectiva de não pagamento do décimo terceiro, com déficit nas contas do Estado na ordem de dois bilhões e quinhentos milhões de reais, déficit previdenciário de cerca de quatro bilhões de reais, com a máquina pública inchada e comprometida com ações que começam a emergir pela força motriz das ações anticorrupção. Ignorar esse cenário e deixar-se seduzir pelos números positivos que começam a surgir caracterizaria algo frontalmente oposto ao que temos apregoado, denotaria irresponsabilidade.
Essa breve exposição contextualiza o cenário real, entretanto, algumas pessoas tentam ignorar o respeito que temos mantido com todas as categorias de servidores do Estado e, em particular, com a Segurança Pública.
Foi na Segurança Pública que ousamos com um modelo de gestão diferenciado, que preza pelas peculiaridades das categorias que a compõem. Modelo que divide, de forma inédita, equitativa e alternada, o poder decisório dentro da Secretaria. Vivemos um relacionamento inédito de cooperação entre as forças de segurança, gerando números históricos de efetividade e a atenção de outros Estados para o que aqui está acontecendo.
Nos últimos anos, os comandantes e gestores das instituições da Segurança bem como as entidades representativas de classe pleiteiam reposição salarial, chancelados pela distância cronológica que os separa da última vez em que tiveram demandas atendidas.
Diferentemente do que se quer apregoar, o Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado da Administração, mantem diálogo constante com servidores, como exemplo, registramos reunião havida nos dias 15 e 17 de outubro corrente com entidades representativas dos militares estaduais (APRASC, ABERSSESC, ASSCBMSC, ABVO, ACORS, ALVORADA e ACSPBMSC), entidades que representam os policiais civis catarinenses (ADEPOL e SINPOL) e entidades dos servidores do IGP.
Boas soluções nascem do diálogo, do respeito mútuo, da consciência de que as instituições de segurança são potencializadas pelo trabalho coletivo e integrado. É este o momento em que nosso Estado se encontra, este é o pilar que nos consolida como referência no País.
A história recente de nosso Estado e de outros Estados da Federação exemplificam de forma peremptória que as ações que apregoam a divisão de classes e o confronto de instituições devem habitar nossa memória simplesmente para nos lembrar de que não há vencedores quando se trilha esse caminho.
Pelo exposto, ratificamos que continuaremos juntos, buscando bom desfecho para essa e para outras questões, sem jamais nos afastar da realidade orçamentária e financeira do Estado, tendo como premissa o respeito à representatividade dos gestores e das entidades de classe e o trato igualitário de todas as categorias da Segurança Pública.
GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
Fonte: Caco da Rosa