Notícias do Novo Tílias News

Fim de semana de intensa devoção mariana no Brasil

Festa de Nossa Senhora Aparecida e Círio de Nazaré devem atrair milhões de fiéis pelo país


No dia 12 de outubro, a Igreja celebra o dia de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil. As comemorações começaram no dia 3, com uma novena.

Até domingo, 13, o Santuário Nacional, localizado na cidade de Aparecida, interior de São Paulo, espera receber cerca de 340 mil fiéis. Gente de várias partes do país (e até do exterior), que procura o local para fazer pedidos, manifestar a fé e render graças. Muitos devotos partem em romaria de diversas regiões e vão a pé até o Santuário. 

A programação religiosa da festa começa à meia-noite de sexta, 11, para sábado, 12, com a vigília mariana. Ao longo do dia, estão previstas missas e reza do terço. A tradicional procissão acontece às 18h e sai da Basílica Velha (clique aqui e veja a programação completa). 


História da festa da padroeira 

A Festa da Padroeira do Brasil já foi celebrada em diversas datas: no dia da Imaculada Conceição (08/12), no 5º domingo após a Páscoa, no 1º domingo de maio (mês de Maria) e no 7 de setembro (Dia da Pátria).

Mas foi em 1953 que a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em sua Assembleia, determinou que a Festa dedicada a Nossa Senhora Aparecida fosse celebrada no dia 12 de outubro.

Uma das razões para a escolha dessa data foi a aproximação da época do encontro da Imagem, que ocorreu na segunda quinzena de outubro de 1717.

Pela primeira vez em 12 de outubro de 1954, foi celebrada a primeira festa de Nossa Senhora.

Por ocasião da visita do Papa João Paulo II ao Brasil, o então Presidente da República, General João Batista Figueiredo, promulgou a Lei n. 6.802, de 30 de junho de 1980, “declarando feriado federal o dia 12 de outubro para o culto público e oficial a Nossa Senhora Aparecida”, conforme consta no Diário Oficial da União de 1º de julho de 1980.


Círio de Nazaré 

O Círio de Nazaré – festa que homenageia Nossa Senhora de Nazaré, a padroeira da Amazônia – é considerada a maior procissão católica do mundo. Todos os anos, a devoção mariana arrasta milhões de fiéis por várias partes de Belém, a capital do Pará. 

Este ano, não será diferente. De sexta-feira, 11 de outubro, até o fim do mês estão programadas 13 romarias e procissões pelas ruas, avenidas e rios paraenses.

De moto, carro, a pé ou de barco: os católicos sempre encontram um jeitinho para manifestar a a fé em Nossa Senhora. 

No domingo, 13, ocorre a grande procissão, que deve reunir 2 milhões de devotos. A procissão dura cinco horas e percorre cerca de 3,6 quilômetros entre a Igreja da Sé e a Praça do Santuário. 


Tradição de mais de 200 anos 

O Círio de Nazaré é um conjunto de manifestações religiosas que faz parte da vida dos paraenses há mais de 200 anos.

A origem da Festa está ligada ao achado de uma pequena imagem de Nossa Senhora de Nazaré às margens do igarapé Murutucu, no ano de 1700, por Plácido José de Souza. No local do achado está hoje a suntuosa Basílica Santuário de Nazaré, onde a mesma imagem encontra-se no Glória, no altar mor, local para onde converge a fé e a devoção dos filhos amados de Maria de Nazaré. 

Em 1968, para tentar preservar a chamada Imagem Original, foi elaborada a Imagem Peregrina, para ser utilizada nas romarias e visitas.

O Círio começa oficialmente na terça-feira que antecede o segundo domingo de outubro, com a Santa Missa na Basílica Santuário. A partir de então a programação se intensifica com diversos eventos que envolvem Adoração ao Santíssimo Sacramento, concerto Mariano, Missas, visitas, e as 12 romarias oficiais, dentre elas o Círio propriamente dito. 


Por sua grandiosidade, em 2015, o Círio recebeu da Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade. Em 2004, foi inscrito pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial Brasileiro.

Celso Abreu / Creative Commons - Procissão do Círio de Nazaré

Fonte: Ateleia