Fehosc considera a situação gravíssima e aponta que até 30 hospitais pequenos podem fechar as portas em 2020
(Foto: Marco Favero / BD)
Os hospitais filantrópicos seguem com as contas no vermelho. A Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas de Santa Catarina (FEHOSC) calcula que a soma da dívida das instituições do Estado esteja entre R$ 1,5 e 2 bilhões de reais. O presidente da FEHOSC, Hilário Dalmann, aponta que a situação é gravíssima, com risco de fechamento para algumas unidades em 2020. Ele ressalta também que os serviços prestados não foram afetados graças a mobilização de cada local junto a comunidade e empréstimos bancários.
A esperança para fechar as contas de 2019 são os R$ 190 milhões prometidos pelo governo do Estado em junho deste ano. Na época, foram anunciados repasses as 110 entidades filantrópicas de saúde de todas as regiões de Santa Catarina. O que de acordo com o Hilário, irá possibilitar que todos os hospitais consigam pagar a folha de funcionários sem buscar novos empréstimos bancários.
— Esse dinheiro é fundamental para que possamos pagar os salários e o décimo terceiro dos trabalhadores. O governo ainda não disse se irá pagar em duas ou três parcelas, mas se comprometeram a fazer o repasse até dezembro — comenta Hilário
O governo do Estado promete uma nova política de repasses para 2020, com valor total de R$ 300 milhões. O montante será dividido por 117 unidades hospitalares, sendo 96 filantrópicas ou municipais e outras 21 do próprio governo.
As instituições serão divididas em cinco categorias com base no porte e serviços prestados. O primeiro nível receberá até R$ 30 mil, o segundo R$ 70 mil, já a terceira etapa tem teto de 450 mil reais. Os níveis um e dois ganharão R$ 1 milhão e R$ 2 milhões, respectivamente. O dinheiro será pago em 12 parcelas, podendo ser utilizados para custeio e manutenção das instituições;
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (SES) três unidades foram consideradas como porte V, nove como IV, 14 classificadas como III, 37 se encaixam em II, 15 de porte I, além de 7 Unidades de Interesse da Saúde (UIM)e 11 unidades de Saúde Mental. O órgão ressaltou que o desempenho de todos os hospitais será avaliado mensalmente e, no segundo semestre de 2020, as classificações serão avaliadas para o ano seguinte.
Alívio apenas para alguns
Dalmann explica que a nova política é um grande alívio para as entidades que poderão deixar de depender apenas de empréstimos com altos juros para pagar despesas operacionais. Entretanto, explica que com base nos critérios empregados pela SES alguns hospitais ficaram de fora, especialmente os pequenos, o que pode ameaçar a continuidade dos trabalhos no ano que vem.
O presidente ressalta ainda que o maior impasse financeiro ainda é a defasagem da Tabela SUS, segundo ele a cada R$ 100,00 investidos pela instituição o governo federal paga apenas R$ 60,00.
— Nós estamos estudando como ajudar as instituições menores, nesse momento estamos orientando a eles que busquem o apoio da população. Dou o exemplo do hospital que eu sou responsável, o Bethesda de Joinville, a nossa conta de luz é paga pela comunidade. Se não tivéssemos esse tipo de mobilização, certamente a nossa situação seria muito pior — conclui Hilário .
Fonte: Diário Catarinense
(Foto: Marco Favero / BD)
Os hospitais filantrópicos seguem com as contas no vermelho. A Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas de Santa Catarina (FEHOSC) calcula que a soma da dívida das instituições do Estado esteja entre R$ 1,5 e 2 bilhões de reais. O presidente da FEHOSC, Hilário Dalmann, aponta que a situação é gravíssima, com risco de fechamento para algumas unidades em 2020. Ele ressalta também que os serviços prestados não foram afetados graças a mobilização de cada local junto a comunidade e empréstimos bancários.
A esperança para fechar as contas de 2019 são os R$ 190 milhões prometidos pelo governo do Estado em junho deste ano. Na época, foram anunciados repasses as 110 entidades filantrópicas de saúde de todas as regiões de Santa Catarina. O que de acordo com o Hilário, irá possibilitar que todos os hospitais consigam pagar a folha de funcionários sem buscar novos empréstimos bancários.
— Esse dinheiro é fundamental para que possamos pagar os salários e o décimo terceiro dos trabalhadores. O governo ainda não disse se irá pagar em duas ou três parcelas, mas se comprometeram a fazer o repasse até dezembro — comenta Hilário
O governo do Estado promete uma nova política de repasses para 2020, com valor total de R$ 300 milhões. O montante será dividido por 117 unidades hospitalares, sendo 96 filantrópicas ou municipais e outras 21 do próprio governo.
As instituições serão divididas em cinco categorias com base no porte e serviços prestados. O primeiro nível receberá até R$ 30 mil, o segundo R$ 70 mil, já a terceira etapa tem teto de 450 mil reais. Os níveis um e dois ganharão R$ 1 milhão e R$ 2 milhões, respectivamente. O dinheiro será pago em 12 parcelas, podendo ser utilizados para custeio e manutenção das instituições;
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (SES) três unidades foram consideradas como porte V, nove como IV, 14 classificadas como III, 37 se encaixam em II, 15 de porte I, além de 7 Unidades de Interesse da Saúde (UIM)e 11 unidades de Saúde Mental. O órgão ressaltou que o desempenho de todos os hospitais será avaliado mensalmente e, no segundo semestre de 2020, as classificações serão avaliadas para o ano seguinte.
Alívio apenas para alguns
Dalmann explica que a nova política é um grande alívio para as entidades que poderão deixar de depender apenas de empréstimos com altos juros para pagar despesas operacionais. Entretanto, explica que com base nos critérios empregados pela SES alguns hospitais ficaram de fora, especialmente os pequenos, o que pode ameaçar a continuidade dos trabalhos no ano que vem.
“— Calculo que até 30 hospitais podem fechar as portas no ano que vem em Santa Catarina, especialmente os pequenos de até 30 leitos, com taxas de ocupação de 5% a 10% e que são muitas vezes são os únicos do município — afirma Dalmann
O presidente ressalta ainda que o maior impasse financeiro ainda é a defasagem da Tabela SUS, segundo ele a cada R$ 100,00 investidos pela instituição o governo federal paga apenas R$ 60,00.
— Nós estamos estudando como ajudar as instituições menores, nesse momento estamos orientando a eles que busquem o apoio da população. Dou o exemplo do hospital que eu sou responsável, o Bethesda de Joinville, a nossa conta de luz é paga pela comunidade. Se não tivéssemos esse tipo de mobilização, certamente a nossa situação seria muito pior — conclui Hilário .
Fonte: Diário Catarinense