Três delas já estão funcionando no país. Companhias de baixo custo vêm atraídas por mudanças na regulação.
Novas empresas low cost começaram a atuar no Brasil — Foto: Montagem G1
Atraídas por mudanças na regulação brasileira, companhias aéreas low cost começam a atuar em voos internacionais no país.
Três delas já estão no mercado: a chilena Sky Airline, que voa do Rio e São Paulo para Santiago – e passará a operar também o trecho Salvador-Santiago a partir de dezembro –; a norueguesa Norwegian, que voa do Rio para Londres; e a Air China, que fazia voos ocasionais de São Paulo a Pequim na alta temporada desde 2009 e passou a operar o destino regularmente neste ano.
Na próxima semana, começa a funcionar por aqui a novata argentina FlyBondi, que vai conectar o Rio a Buenos Aires e, em dezembro, lança o trecho Florianópolis-Buenos Aires. A companhia promete preços de 30% a 40% mais baixos do que os da concorrência.
Em dezembro chega a subsidiária chilena da americana JetSmart, com voos de Salvador a Santiago. Em 2020, vai operar mais duas rotas, ligando Foz do Iguaçu e São Paulo à capital chilena. A empresa tem ainda planos que operar no doméstico brasileiro.
No ano que vem, será a vez da Virgin Atlantic, do excêntrico bilionário Richard Branson, desembarcar no país, com voos de Londres a São Paulo e Rio.
Outra low cost que deve vir para o Brasil é a GulfAir, do Bahrein. A empresa já manifestou interesse ao Ministério do Turismo, mas ainda não entrou com pedido para operar junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Já a Avian, aérea de baixo custo do grupo colombiano Avianca, chegou a dar entrada no pedido de autorização para fazer voos regulares no Brasil, mas não deu continuidade ao processo, segundo a Anac.
Além dessas, a espanhola AirEuropa já está em andamento com pedido para voar para cidades dentro do Brasil. A companhia voará por aqui com a marca Globalia. Isso só foi possível graças à derrubada da exigência de que as companhias aéreas tivessem 80% de capital brasileiro para operar no mercado doméstico.
A mudança ocorreu por meio de uma medida provisória editada no fim do ano passado pelo então presidente Michel Temer e validada neste ano pelo Congresso.
Outra alteração importante para as empresas low cost foi a permissão para a cobrança de bagagem despachada pelas empresas. Não incluir esse benefício na passagem é um dos pontos que possibilitam às companhias de baixo custo oferecer passagens mais baratas.
Impacto nos preços
A pedido do G1, o buscador de passagens promocionais Kayak fez um levantamento para ver o comportamento dos preços de bilhetes aéreos depois da chegada das low costs ao Brasil, para os trechos que elas já operam.
Depois que a Sky Airline começou a voar para o país, os valores cobrados para o trecho Rio-Santiago caíram 17%, enquanto para o sentido inverso reduziram 0,78%. Para viagens de São Paulo a Santiago, as quedas foram de 17% e 5%, respectivamente.
Já depois da chegada da Norwegian, os voos do Rio a Londres passaram a custar 23% menos, enquanto os da capital inglesa para o Rio subiram 44%, segundo os dados da Kayak.
O site não pôde realizar a pesquisa para a Air China porque a empresa já operava voos não regulares no Brasil.
Abaixo, veja um raio-x das empresas low cost que estão chegando ao país:
Sky Airline
Fonte: G1
Novas empresas low cost começaram a atuar no Brasil — Foto: Montagem G1
Atraídas por mudanças na regulação brasileira, companhias aéreas low cost começam a atuar em voos internacionais no país.
Três delas já estão no mercado: a chilena Sky Airline, que voa do Rio e São Paulo para Santiago – e passará a operar também o trecho Salvador-Santiago a partir de dezembro –; a norueguesa Norwegian, que voa do Rio para Londres; e a Air China, que fazia voos ocasionais de São Paulo a Pequim na alta temporada desde 2009 e passou a operar o destino regularmente neste ano.
Na próxima semana, começa a funcionar por aqui a novata argentina FlyBondi, que vai conectar o Rio a Buenos Aires e, em dezembro, lança o trecho Florianópolis-Buenos Aires. A companhia promete preços de 30% a 40% mais baixos do que os da concorrência.
Em dezembro chega a subsidiária chilena da americana JetSmart, com voos de Salvador a Santiago. Em 2020, vai operar mais duas rotas, ligando Foz do Iguaçu e São Paulo à capital chilena. A empresa tem ainda planos que operar no doméstico brasileiro.
No ano que vem, será a vez da Virgin Atlantic, do excêntrico bilionário Richard Branson, desembarcar no país, com voos de Londres a São Paulo e Rio.
Outra low cost que deve vir para o Brasil é a GulfAir, do Bahrein. A empresa já manifestou interesse ao Ministério do Turismo, mas ainda não entrou com pedido para operar junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Já a Avian, aérea de baixo custo do grupo colombiano Avianca, chegou a dar entrada no pedido de autorização para fazer voos regulares no Brasil, mas não deu continuidade ao processo, segundo a Anac.
Além dessas, a espanhola AirEuropa já está em andamento com pedido para voar para cidades dentro do Brasil. A companhia voará por aqui com a marca Globalia. Isso só foi possível graças à derrubada da exigência de que as companhias aéreas tivessem 80% de capital brasileiro para operar no mercado doméstico.
A mudança ocorreu por meio de uma medida provisória editada no fim do ano passado pelo então presidente Michel Temer e validada neste ano pelo Congresso.
Outra alteração importante para as empresas low cost foi a permissão para a cobrança de bagagem despachada pelas empresas. Não incluir esse benefício na passagem é um dos pontos que possibilitam às companhias de baixo custo oferecer passagens mais baratas.
"Se me obrigam a não cobrar pela bagagem, tenho que cobrar mais no preço da passagem, porque isso é custo de combustível", disse ao G1 Mauricio Sana, diretor comercial da FlyBondi.Além disso, para conseguir manter preços baixos, as low cost reduzem gastos operacionais colocando mais assentos no avião (geralmente não há diferença de classe entre as passagens e o espaço entre as poltronas é menor), cobram pela alimentação a bordo, aumentam o tempo de uso do avião otimizando processos em solo, e operam em aeroportos menores, alternativos.
Impacto nos preços
A pedido do G1, o buscador de passagens promocionais Kayak fez um levantamento para ver o comportamento dos preços de bilhetes aéreos depois da chegada das low costs ao Brasil, para os trechos que elas já operam.
Depois que a Sky Airline começou a voar para o país, os valores cobrados para o trecho Rio-Santiago caíram 17%, enquanto para o sentido inverso reduziram 0,78%. Para viagens de São Paulo a Santiago, as quedas foram de 17% e 5%, respectivamente.
Já depois da chegada da Norwegian, os voos do Rio a Londres passaram a custar 23% menos, enquanto os da capital inglesa para o Rio subiram 44%, segundo os dados da Kayak.
O site não pôde realizar a pesquisa para a Air China porque a empresa já operava voos não regulares no Brasil.
Abaixo, veja um raio-x das empresas low cost que estão chegando ao país:
Sky Airline
- Origem: Chile
- Chegado ao Brasil: opera desde novembro de 2018
- Para onde voa: Santiago-São Paulo (Guarulhos) e Santiago-Rio de Janeiro
- (Galeão)
- Preços*: a partir de US$ 77,00
- Onde comprar passagem: site da companhia
- Planos: novos voos para Santiago-Florianópolis, a partir de 05 de novembro,
- e Santiago-Salvador, a partir de 30 de dezembro
- Funcionários no mundo: 1,8 mil
- Rotas: 34
- Frota: 20 aviões
- Receita em 2018: não divulgada
- Passageiros transportados em 2018: 4,2 milhões
Norwegian
- Origem: Noruega
- Chegada ao Brasil: opera desde maio de 2019
- Para onde voa: Londres-Rio de Janeiro (Galeão)
- Preços*: a partir de R$ 1.355,39
- Onde comprar passagem: site da companhia
- Funcionários no mundo: 10 mil
- Rotas: 500
- Frota: 164 aviões
- Receita em 2018: 40,26 bilhões de coroas norueguesas
- (cerca de US$ 4,4 bilhões)
- Passageiros transportados em 2018: 37 milhões
Air China
- Origem: China
- Chegada ao Brasil: opera com voos regulares desde março de 2019
- (atua no país desde 2009, mas com voos não regulares, apenas na alta temporada)
- Para onde voa: São Paulo (Guarulhos)-Madri-Pequim, duas vezes por semana
- Planos: anunciou intenção de expandir atuação no Brasil
- Preços*: a partir de US$ 1.399,27
- Onde comprar passagem: site da companhia
- Funcionários no mundo: não divulgado
- Rotas: 754
- Frota: 684 aviões
- Receita em 2018: 136,77 bilhões de renminbis (cerca de US$ 19,3 bilhões)
- Passageiros transportados em 2018: 110 milhões
FlyBondi
- Origem: Argentina
- Chegada ao Brasil: autorizada desde julho, mas ainda não iniciou operação
- Para onde voará: El Palomar-Rio de Janeiro (Galeão), a partir de 11 de outubro;
- El Palomar-Florianópolis, a partir de 20 de dezembro
- Preços*: a partir de R$ 391,00
- Onde comprar passagem: site da companhia
- Funcionários no mundo: 570
- Rotas: 28
- Frota: 5 aviões
- Receita em 2018: não divulgou
- Passageiros transportados em 2018: 850 mil
JetSmart
- Origem: Estados Unidos (vai operar no Brasil a partir de subsidiária chilena)
- Chegada ao Brasil: autorizada desde setembro, mas ainda não entrou em operação
- Para onde voará: Santiago-Salvador, a partir de dezembro de 2019;
- Santiago-Foz do Iguaçu, a partir de janeiro de 2020 e Santiago-São Paulo (Guarulhos),
- a partir de março de 2020
- Preços*: a partir de R$ 569,00
- Onde comprar passagem: site da companhia
- Planos: operar voos domésticos no país
- Funcionários no mundo: não divulgou
- Rotas: 9 na América Latina
- Frota: 10 aviões
- Receita em 2018: não divulgou
- Passageiros transportados em 2018: não divulgou
Virgin Atlantic
- Origem: Reino Unido
- Chegada ao Brasil: autorizada desde março de 2019, mas ainda não iniciou operação
- Para onde voará: Londres-São Paulo (Guarulhos) e Londres-Rio de Janeiro
- (Galeão), a partir de março de 2020, diariamente
- Preços*: a partir de US$ 751,20
- Onde comprar passagem: site da companhia
- Funcionários no mundo: 10 mil
- Rotas: 27
- Frota: 46 aviões
- Receita em 2018: £ 2,78 bilhões (cerca de US$ 3,42 bilhões)
- Passageiros transportados em 2018: 5,4 milhões
GulfAir
- Origem: Bahrein
- Planos: Manifestou interesse de operar no Brasil ao Ministério do Turismo,
- mas não protocolou pedido na Anac
AirEuropa
- Origem: Espanha
- Planos: Está em processo de certificação para operar voos no mercado doméstico
- (100% de capital estrangeiro)
*Preço mais barato encontrado pelo G1 para trecho coberto pela empresa (apenas ida),
sem taxas, voando no mês de outubro, ou no mês de estreia da companhia, partindo
do Brasil. Pesquisa feita entre 1º e 2 de outubro.
Fonte: G1