O smartphone já vicia mais gente do que o cigarro
Smartphone já vicia mais do que o cigarro (Foto: Tomás Arthuzzi/Superinteressante)
De acordo com uma estimativa da empresa sueca Ericsson, quatro bilhões de pessoas, ou 51,9% da população mundial, possuem um smartphone. Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria inglesa Tecmark, esses usuários pegam o celular em média 221 vezes por dia.
O número de toques diários no aparelho impressiona ainda mais, são 2.600 toques, segundo a empresa de pesquisa Dscout Research. O smartphone já vicia mais gente, e de um modo mais profundo, do que o cigarro.
Hoje a grande maioria das pessoas vive conectada aos smartphones por serem úteis e um passatempo agradável. Mas o que os usuários desconhecem é o seguinte: por trás dos aplicativos e nomes engraçados, as multinacionais da tecnologia fazem um grande esforço para nos manipular, usando recursos da psicologia, da neurologia e até dos cassinos.
De acordo com o programador americano Tristan Harris, ex-funcionário do Google, o smartphone é tão viciante quanto uma máquina caça-níqueis. Harris acrescenta ainda que o caça-níquel é um jogo que vicia três a quatro vezes mais que outros jogos de aposta.
Pesquisa realizada no Brasil mostrou que 30% das pessoas entrevistadas afirmaram ter algum problema com o uso do smartphone (Foto: Istock)
Harris trabalhou quase cinco anos no Google, primeiro como programador e depois como especialista em ética de design, o cargo era para garantir que os aplicativos e serviços do Google não fossem manipulativos ou viciantes. Em 2016, saiu da empresa para criar uma ONG (Organização Não-Governamental), que se chama Center for Humane Technology (Centro de Tecnologia Humana) e reúne programadores alarmados com o impacto da indústria da tecnologia. Ainda segundo Harris, a humanidade foi colocada no maior experimento psicológico já feito, sem nenhum controle.
Aza Raskin, criador da rolagem infinita, afirma que a internet é a maior máquina de persuasão e vício já construída. A rolagem criada por ele facilita o uso dos aparelhos, mas também é altamente viciante para o cérebro.
A princípio, a certo exagero nos estudos. Mas, segundo uma pesquisa realizada com dois mil brasileiros pela consultoria Deloitte, 30% das pessoas entrevistadas disseram que têm problemas com o uso excessivo do smartphone, como dificuldade de concentração ou insônia, e 32% já tentaram maneirar o uso, sem sucesso.
Uma pesquisa do Hospital Samaritano de São Paulo revelou que oito em cada dez motoristas usam celular enquanto dirigem, embora 93% deles reconheçam que isso é perigoso.
Fonte: Super Interessante
Smartphone já vicia mais do que o cigarro (Foto: Tomás Arthuzzi/Superinteressante)
De acordo com uma estimativa da empresa sueca Ericsson, quatro bilhões de pessoas, ou 51,9% da população mundial, possuem um smartphone. Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria inglesa Tecmark, esses usuários pegam o celular em média 221 vezes por dia.
O número de toques diários no aparelho impressiona ainda mais, são 2.600 toques, segundo a empresa de pesquisa Dscout Research. O smartphone já vicia mais gente, e de um modo mais profundo, do que o cigarro.
Hoje a grande maioria das pessoas vive conectada aos smartphones por serem úteis e um passatempo agradável. Mas o que os usuários desconhecem é o seguinte: por trás dos aplicativos e nomes engraçados, as multinacionais da tecnologia fazem um grande esforço para nos manipular, usando recursos da psicologia, da neurologia e até dos cassinos.
De acordo com o programador americano Tristan Harris, ex-funcionário do Google, o smartphone é tão viciante quanto uma máquina caça-níqueis. Harris acrescenta ainda que o caça-níquel é um jogo que vicia três a quatro vezes mais que outros jogos de aposta.
Pesquisa realizada no Brasil mostrou que 30% das pessoas entrevistadas afirmaram ter algum problema com o uso do smartphone (Foto: Istock)
Harris trabalhou quase cinco anos no Google, primeiro como programador e depois como especialista em ética de design, o cargo era para garantir que os aplicativos e serviços do Google não fossem manipulativos ou viciantes. Em 2016, saiu da empresa para criar uma ONG (Organização Não-Governamental), que se chama Center for Humane Technology (Centro de Tecnologia Humana) e reúne programadores alarmados com o impacto da indústria da tecnologia. Ainda segundo Harris, a humanidade foi colocada no maior experimento psicológico já feito, sem nenhum controle.
Aza Raskin, criador da rolagem infinita, afirma que a internet é a maior máquina de persuasão e vício já construída. A rolagem criada por ele facilita o uso dos aparelhos, mas também é altamente viciante para o cérebro.
A princípio, a certo exagero nos estudos. Mas, segundo uma pesquisa realizada com dois mil brasileiros pela consultoria Deloitte, 30% das pessoas entrevistadas disseram que têm problemas com o uso excessivo do smartphone, como dificuldade de concentração ou insônia, e 32% já tentaram maneirar o uso, sem sucesso.
Uma pesquisa do Hospital Samaritano de São Paulo revelou que oito em cada dez motoristas usam celular enquanto dirigem, embora 93% deles reconheçam que isso é perigoso.
Fonte: Super Interessante