O custo alto da energia elétrica no Brasil e os preços cada vez mais competitivos dos equipamentos solares explicam a multiplicação de novos projetos pelo país. Um exemplo em Santa Catarina é o investimento feito por uma agroindústria em Itá, no Oeste do estado.
A empresa apostou em um sistema solar fotovoltaico na produção de frutas finas. A propriedade produz mirtilo, amora e framboesa, frutas conhecidas como antioxidantes, desde 2012.
O investimento feito em janeiro já gera de maneira sustentável praticamente toda a energia elétrica consumida na propriedade. A conta de energia elétrica, que ficava entre R$ 4 mil e R$ 4,5 mil mensais, foi reduzida em 90%.
Ao final do primeiro ano de operação, a expectativa é que a economia seja de aproximadamente R$ 50 mil. Na empresa foram colocados 140 painéis com um sistema que dura 25 anos.
O investimento foi de quase R$ 300 mil e deve ser recuperado em menos de cinco anos, disse o sócio administrador, Gleison Minella.
Além de economia na conta de energia elétrica, o investimento ajuda a atrair turistas e o local coberto pelos painéis também serve para receber a mercadoria do agronegócio.
Energia solar
A energia solar no Brasil avançou mais de dez vezes em dois anos. Segundo o levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), ligado ao Ministério da Economia, o país está cumprindo a meta da ONU de se investir mais em fontes limpas e renováveis até 2030.
O número de instalações de painéis solares deu um salto de pouco mais 7.400 para 49 mil unidades em todo o Brasil. Um aumento de mais de 560%.
Em 2019, os projetos de geração distribuída vão um crescimento de 125% em relação a 2018. A estimativa é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Entre os principais usuários da tecnologia está o setor do agronegócio, que começa a perceber suas vantagens competitivas, principalmente por causa do custo de energia elétrica.
Propriedade da Itaberry em Itá, no Oeste catarinense — Foto: Mauro Versaro/Divulgação Engie
Fonte: G1