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Mutirão de reconstrução de mamas realizará 70 cirurgias em Santa Catarina

Operações serão realizadas em quatro cidades do Estado a partir desta semana


Procedimentos são realizados em pacientes que aguardam por cirurgias no SUS
(Foto: Marco Favero / BD)


Após uma seleção entre mais de 180 pacientes o mutirão de reconstrução de mamas irá realizar 70 cirurgias em Santa Catarina. As operações serão feitas a partir deste mês e continuarão ao longo de outubro. Os procedimento estão previstos em quatro cidades: Florianópolis, Criciúma, Joinville e Jaraguá do Sul. Será necessária uma equipe de trinta cirurgiões plásticos voluntários e um total de 100 profissionais entre médicos, enfermeiros, técnicos, entre outros. O serviço é promovido pela regional catarinense da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. 

O coordenador da ação, o cirurgião plástico Raidel Deucher Ribeiro explica que o cronograma de procedimentos começou nesta segunda-feira (23) no Hospital Universitário em Florianópolis e seguirá ao longo do mês de outubro, pois é onde haverá o maior de procedimentos, só no local serão 30. 

— Na Capital estaremos nesta sexta-feira (27)  no Hospital da Plástica, onde temos previsão de seis pacientes. No Hospital de Caridade, faremos as 15 cirurgias na semana que vem. Iremos operar de segunda a sexta-feira. Há também a previsão de seis procedimentos na Casa de Saude Sao Sebastiao, iremos fazer trabalhos lá no sábado (05)  — diz Ribeiro 

Além de Florianópolis estão agendadas para outubro 10 operações em Criciúma , seis em Joinville e quatro em Jaraguá do Sul. Os gastos hospitalares e com materiais serão custeados com doações de empresas, pessoas físicas, além da doações de materiais médicos por fornecedores parceiros. Este é o quarto ano consecutivo da ação.


A operação para reconstrução de mamas é prevista em lei desde 2013 e prevê que Quando existirem condições técnicas, a reconstrução deve ser realizada junto da cirurgia de retirada. Se não houver possibilidade o texto ainda afirma que terá garantida a realização da cirurgia imediatamente após alcançar as condições necessárias. 

Entretanto, o cirurgião explica que as fases da reconstrução dependem do tipo de mastectomia e também a linha de tratamento do câncer (Radio e Quimioterapia). Sendo geralmente feitas em duas ou três etapas, o que acaba gerando um longo de tempo de espera, pois as pacientes acabam dividindo a espera nas filas com casos urgentes como as próprias cirurgias do câncer.

—  O nosso intuito é ajudar pacientes que aguardam por cirurgias em ambulatórios de Mastologia e Cirurgia Plástica do SUS, que não possuam convênio, plano ou seguro saúde e, que não tenham condições financeiras para realizar o procedimento. — afirma Deucher

O médico ressalta  que a operação é realizada para dar o máximo de naturalidade possível a mulher, para isso buscam a recuperação do volume,  forma e da semelhança entre os seios. As pacientes são acompanhadas deste a triagem até a o pós-operatório por uma equipe interdisciplinar.


— A gente costuma ver a reconstrução como um ponto final no câncer. Não há mais aquela lembrança da doença toda vez que a mulher se olha no espelho. A partir da operação a paciente volta a se sentir inteira — conclui Ribeiro.


Fonte: Diário Catarinense