Juiz Luciano Fernandes da Silva decidiu que soldado deve ficar longe das atividades ostensivas da PM
O juiz da comarca de Ponte Serrada, Luciano Fernandes da Silva, determinou o afastamento cautelar do policial militar Carlos Alberto Flores de “quaisquer funções que dependam do porte ou posse, ostensivos ou não, de qualquer arma de fogo, facultando ao comando da PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina) e eventual aproveitamento da atuação do miliciano na corporação (atividade de cunho administrativo ou similar)”.
Com base na manifestação do Ministério Público, o policial, que mora em frente ao Fórum, supostamente efetuou um disparo de arma de fogo em direção à rua, atingindo a janela da sala da Promotoria de Justiça. “O disparo percorreu a via pública e poderia ter encontrado como alvo algum transeunte ou servidor lotado neste juízo, por exemplo, causando prejuízos irreparáveis, o que felizmente não ocorreu”, acrescenta o juiz.
Disparo de arma de fogo atingiu prédio do Fórum no final de semana (Foto: Arquivo/Oeste Mais)
Luciano destaca ainda que na casa do policial foram encontradas e recolhidas para perícia três armas de fogo — a pistola da corporação, um revólver de calibre 38 e um rifle de calibre 22. “Ademais, apurou-se que na casa do representado haviam vidros quebrados da janela da cozinha e da porta de entrada”, completa o magistrado.
A Justiça também já condenou o PM pelo crime de disparo de arma de fogo em outra ocasião, em outubro de 2018, à pena privativa de liberdade de dois anos e quatro meses de reclusão, cumprida inicialmente em regime semiaberto, além de dez dias-multa no valor equivalente a um trigésimo do salário mínimo. Um recurso sobre a sentença já foi apresentado ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Correção: o texto inicial apontava que o policial já havia sido condenado pelo tiro que atingiu o Fórum, mas a condenação é referente a outro caso de disparo de arma de fogo, com sentença proferida no dia 23 de outubro de 2018. A informação foi corrigida às 10h55.
Comando da PM já foi notificado
O capitão Vilte dos Santos, comandante da 4ª Companhia da Polícia Militar de Xanxerê, responsável pela PM de Ponte Serrada, disse já ter sido notificado da decisão de afastamento do soldado. “O policial militar ainda está de férias, retorna no final de semana. Assim que ele retornar, a gente vai cumprir a determinação judicial”.
Sobre eventuais sanções internas adotadas pela própria Polícia Militar, o comandante regional disse que é precoce falar de possibilidades. “Certamente, se ele cometeu alguma irregularidade, vai ser responsabilizado por isso. O que eu posso adiantar é que está sendo apurado e no final vai ter uma decisão da instituição com relação à situação”, completou Vilte.
Policial diz não ter feito disparo
O Oeste Mais entrou em contato com o policial militar Carlos Alberto, que disse já ter tomado ciência da decisão de afastamento e vai “acatar a ordem sem problema algum”. Ele alegou não ter sido o autor do tiro que atingiu o prédio do Fórum. “Eu não fiz disparo. Vamos esperar a perícia dar o resultado dela”, afirmou.
A reportagem também buscou ouvir o comando da Polícia Militar de Ponte Serrada, mas não obteve retorno até a publicação desta notícia.
Fonte: Oeste Mais
O juiz da comarca de Ponte Serrada, Luciano Fernandes da Silva, determinou o afastamento cautelar do policial militar Carlos Alberto Flores de “quaisquer funções que dependam do porte ou posse, ostensivos ou não, de qualquer arma de fogo, facultando ao comando da PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina) e eventual aproveitamento da atuação do miliciano na corporação (atividade de cunho administrativo ou similar)”.
Com base na manifestação do Ministério Público, o policial, que mora em frente ao Fórum, supostamente efetuou um disparo de arma de fogo em direção à rua, atingindo a janela da sala da Promotoria de Justiça. “O disparo percorreu a via pública e poderia ter encontrado como alvo algum transeunte ou servidor lotado neste juízo, por exemplo, causando prejuízos irreparáveis, o que felizmente não ocorreu”, acrescenta o juiz.
Disparo de arma de fogo atingiu prédio do Fórum no final de semana (Foto: Arquivo/Oeste Mais)
Luciano destaca ainda que na casa do policial foram encontradas e recolhidas para perícia três armas de fogo — a pistola da corporação, um revólver de calibre 38 e um rifle de calibre 22. “Ademais, apurou-se que na casa do representado haviam vidros quebrados da janela da cozinha e da porta de entrada”, completa o magistrado.
A Justiça também já condenou o PM pelo crime de disparo de arma de fogo em outra ocasião, em outubro de 2018, à pena privativa de liberdade de dois anos e quatro meses de reclusão, cumprida inicialmente em regime semiaberto, além de dez dias-multa no valor equivalente a um trigésimo do salário mínimo. Um recurso sobre a sentença já foi apresentado ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Correção: o texto inicial apontava que o policial já havia sido condenado pelo tiro que atingiu o Fórum, mas a condenação é referente a outro caso de disparo de arma de fogo, com sentença proferida no dia 23 de outubro de 2018. A informação foi corrigida às 10h55.
Comando da PM já foi notificado
O capitão Vilte dos Santos, comandante da 4ª Companhia da Polícia Militar de Xanxerê, responsável pela PM de Ponte Serrada, disse já ter sido notificado da decisão de afastamento do soldado. “O policial militar ainda está de férias, retorna no final de semana. Assim que ele retornar, a gente vai cumprir a determinação judicial”.
Sobre eventuais sanções internas adotadas pela própria Polícia Militar, o comandante regional disse que é precoce falar de possibilidades. “Certamente, se ele cometeu alguma irregularidade, vai ser responsabilizado por isso. O que eu posso adiantar é que está sendo apurado e no final vai ter uma decisão da instituição com relação à situação”, completou Vilte.
Policial diz não ter feito disparo
O Oeste Mais entrou em contato com o policial militar Carlos Alberto, que disse já ter tomado ciência da decisão de afastamento e vai “acatar a ordem sem problema algum”. Ele alegou não ter sido o autor do tiro que atingiu o prédio do Fórum. “Eu não fiz disparo. Vamos esperar a perícia dar o resultado dela”, afirmou.
A reportagem também buscou ouvir o comando da Polícia Militar de Ponte Serrada, mas não obteve retorno até a publicação desta notícia.
Fonte: Oeste Mais