Mãe já está em casa com o pequeno João Francisco Quechini, que nasceu com mais de 30 fraturas e precisou de sedativo mais forte que morfina
João Francisco Quechini recebeu alta após 11 meses internado (Foto: Divulgação)
Um dia antes de completar 11 meses de vida, o pequeno João Francisco Quechini deixou o Hospital São Francisco, em Concórdia, onde estava internado desde o dia em que nasceu — 16 de outubro de 2018. O menino foi para casa na manhã do último domingo, dia 15.
A família é da comunidade Campina da Alegria, no interior de Vargem Bonita, mas alugou uma moradia em Concórdia para ficar mais perto dos recursos médicos. A mãe Simone Allebrandt Quechini está em tempo integral com o filho. O pai Willian Quechini segue trabalhando, mas mantém uma rotina frequente de visitas.
Carinhosamente chamado de “Cristal”, o garotinho tem osteogénese imperfeita (doença de Lobstein ou doença de Ekman-Lostein), conhecida popularmente pelas expressões “ossos de vidro” ou “ossos de cristal”. Ele nasceu de 34 semanas — menos de oito meses de gestação — e com apenas dez dias foi diagnosticado com a doença.
Depois de já superar muitos desafios, o menino vai continuar precisando de cuidados especiais. Com a ajuda de doações, o quarto dele está parecido com um leito de hospital. No espaço há oxímetro digital para o controle da frequência respiratória, oxigênio, um aparelho para aspirar secreções e um nebulizador, além de gazes, soro, água destilada e outros materiais.
Quarto do pequeno João é como se fosse um leito de hospital (Foto: Divulgação)
“Graças a Deus a gente conseguiu montar todo o quartinho para ele com o que precisava. O que a gente fazia no hospital, está fazendo aqui em casa”, conta a mãe. Simone também lembra que João vai precisar se internar a cada dois meses para tomar a medicação que ajuda a fortalecer os ossinhos.
Após nascer com mais de 30 fraturas e sem a calota craniana, o menino ficou por mais de dez meses no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital São Francisco. Até o quinto mês, era sedado durante 24 horas para suportar as fortes dores. O calmante era 50 vezes mais forte que a morfina.
Para quem teria apenas poucas horas de vida, João é visto como um vitorioso, um guerreiro. “Nós estamos vivendo um sonho, porque até então, desde que ele nasceu, não tinha perspectiva de vida. A gente conseguir trazer ele para casa é um sonho. Apesar da maratona diária que é, correria durante o dia, a gente está muito feliz”, acrescenta Simone.
A mãe ainda aproveita para agradecer a todos os profissionais do hospital e pessoas que ajudaram com doações. “A saída do hospital foi mágica. Muitos funcionários já conheciam o João. Para nós foi muito gratificante todo o trabalho que eles fizeram dentro do CTI. O João só está vivo porque caiu nesse CTI de Concórdia. A equipe foi maravilhosa, desde o cuidado, carinho, amor, a gente só tem a agradecer, e ao pessoal que colaborou com as doações. É só agradecimento por esse momento.
Por Jhonatan Coppini
Fonte: Oeste Mais
João Francisco Quechini recebeu alta após 11 meses internado (Foto: Divulgação)
Um dia antes de completar 11 meses de vida, o pequeno João Francisco Quechini deixou o Hospital São Francisco, em Concórdia, onde estava internado desde o dia em que nasceu — 16 de outubro de 2018. O menino foi para casa na manhã do último domingo, dia 15.
A família é da comunidade Campina da Alegria, no interior de Vargem Bonita, mas alugou uma moradia em Concórdia para ficar mais perto dos recursos médicos. A mãe Simone Allebrandt Quechini está em tempo integral com o filho. O pai Willian Quechini segue trabalhando, mas mantém uma rotina frequente de visitas.
Carinhosamente chamado de “Cristal”, o garotinho tem osteogénese imperfeita (doença de Lobstein ou doença de Ekman-Lostein), conhecida popularmente pelas expressões “ossos de vidro” ou “ossos de cristal”. Ele nasceu de 34 semanas — menos de oito meses de gestação — e com apenas dez dias foi diagnosticado com a doença.
Depois de já superar muitos desafios, o menino vai continuar precisando de cuidados especiais. Com a ajuda de doações, o quarto dele está parecido com um leito de hospital. No espaço há oxímetro digital para o controle da frequência respiratória, oxigênio, um aparelho para aspirar secreções e um nebulizador, além de gazes, soro, água destilada e outros materiais.
Quarto do pequeno João é como se fosse um leito de hospital (Foto: Divulgação)
“Graças a Deus a gente conseguiu montar todo o quartinho para ele com o que precisava. O que a gente fazia no hospital, está fazendo aqui em casa”, conta a mãe. Simone também lembra que João vai precisar se internar a cada dois meses para tomar a medicação que ajuda a fortalecer os ossinhos.
Após nascer com mais de 30 fraturas e sem a calota craniana, o menino ficou por mais de dez meses no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital São Francisco. Até o quinto mês, era sedado durante 24 horas para suportar as fortes dores. O calmante era 50 vezes mais forte que a morfina.
Para quem teria apenas poucas horas de vida, João é visto como um vitorioso, um guerreiro. “Nós estamos vivendo um sonho, porque até então, desde que ele nasceu, não tinha perspectiva de vida. A gente conseguir trazer ele para casa é um sonho. Apesar da maratona diária que é, correria durante o dia, a gente está muito feliz”, acrescenta Simone.
A mãe ainda aproveita para agradecer a todos os profissionais do hospital e pessoas que ajudaram com doações. “A saída do hospital foi mágica. Muitos funcionários já conheciam o João. Para nós foi muito gratificante todo o trabalho que eles fizeram dentro do CTI. O João só está vivo porque caiu nesse CTI de Concórdia. A equipe foi maravilhosa, desde o cuidado, carinho, amor, a gente só tem a agradecer, e ao pessoal que colaborou com as doações. É só agradecimento por esse momento.
Por Jhonatan Coppini
Fonte: Oeste Mais