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PSL de Santa Catarina emite nota desmentindo possível saída de Moisés

O caso chegou a Brasília por denúncia, não por iniciativa do governador, garante Schiochet


Ana Caroline Campagnolo e Jessé Lopes, deputados estaduais expoentes da linha mais bolsonarista do PSL catarinense, não serão sumariamente expulsos do partido por críticas ao governador Carlos Moisés (PSL). A garantia é do presidente estadual da sigla, o deputado federal Fábio Schiochet. A dupla, no entanto, tem a conduta em análise pela direção nacional do PSL.


O caso chegou a Brasília por denúncia, não por iniciativa do governador, garante Schiochet. A dupla de parlamentares vinha criticando a posição de Moisés em relação à taxação dos agrotóxicos e o tom subiu após a entrevista à Folha de S. Paulo em que o governador criticou “a turma da arminha” e mostrou diferenças em relação a posições do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Jessé Lopes mostrou em suas redes sociais que havia tirado da parede o quadro de Moisés em seu gabinete na Assembleia Legislativa, colocando-o no chão – como uma espécie de castigo. Aqui faço uma pausa, leitor, para dizer o quanto é constrangedor narrar essa cena como se fosse um episódio político protagonizado por adultos. Retomo.

Schiochet afirma que a postura de Ana Campagnolo e Jessé Lopes ainda está em avaliação na direção nacional, que ficou preocupada com as críticas e chacotas ao governador nas redes sociais. O deputado diz que conversou com Moisés e que não houve pedido dele para que fosse feita a expulsão dos parlamentares.

– É claro que ele ficou chateado, como eu também fiquei. Eu vou procurar os deputados para conversar, assim como o próprio governador. Mas não vai ser feito nada sumariamente. Mesmo um processo no conselho de ética duraria pelo menos 30 dias – diz Schiochet.

O dirigente mostra disposição de botar panos quentes no ruído entre os pesselistas radicais e moderados.

– A entrevista foi para a Folha, que é um veículo com posição contra o governo Bolsonaro. Nestes oito meses, a única posição com algum divergência entre os governos federal e estadual foi a questão do agrotóxico. O resto não vale? Moisés é do PSL, é o governador do Bolsonaro.


As conversas devem ficar para a semana que vem, quando Schiochet vem a Florianópolis. Curiosamente, a medida tem graus de semelhança com a expulsão do deputado federal Alexandre Frota (agora no PSDB) por críticas ao presidente. A diferença, naquele caso, é que aqui, caso haja punição, será por excesso e não por falta de bolsonarismo.


NOTA DE ESCLARECIMENTO

O Partido Social Liberal – PSL de Santa Catarina, em razão das últimas notícias veiculadas pelos diversos meios de comunicação, incluindo redes sociais, torna pública a sua posição diante dos seguintes fatos:

A Executiva Nacional do PSL recebeu de seus filiados e simpatizantes solicitação para investigação por parte do Conselho de Ética do PSL Nacional de inúmeras publicações, consideradas pelos denunciantes como vexatórias, direcionadas ao Sr. Carlos Moisés da Silva, Governador do Estado de SC, dentre elas publicações contendo charges, comentários, vídeos e outras manifestações de alegada autoria dos Deputados do PSL-SC Jessé Lopes e Ana Caroline Campagnolo.

Esclarecemos que esta Direção Estadual do Partido aguardará a decisão do referido Conselho de Ética para posterior manifestação acerca do mérito das questões alegadas pelos denunciantes.

Cumpre esclarecer por ora que não houve nenhuma manifestação ou pedido do Sr. Governador do Estado de SC acerca dos casos noticiados, tampouco pedido de expulsão dos envolvidos. Cumpre destacar que o Sr. Governador do Estado de SC, nos últimos dez meses de governo e transição, jamais se referiu por meio de imprensa e de suas redes sociais, a qualquer autoridade ou membro de Poder ou Órgão estranho ao Poder Executivo, demonstrando linha de conduta de um estadista.

Seguimos confiantes nas lideranças de nosso Partido.

Deputado Federal Fabio Schiochet


Presidente PSL SC


Fonte: NSC