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Pesquisadores de SC apresentam nova espécie fóssil de pterossauro, réptil voador de 80 milhões de anos


Um grupo de pesquisadores catarinenses acaba de apresentar uma nova espécie fóssil do réptil voador pterossauro, denominada Keresdrakon Vilsoni. A descoberta ocorreu na cidade de Cruzeiro do Oeste, no Paraná, em um trabalho coordenado pela equipe do Centro Paleontológico da Universidade do Contestado (Cenpaleo), em Mafra, Norte de Santa Catarina.

O professor e pesquisador Luiz Carlos Weinschütz, que coordena o Cenpaleo, conta que o trabalho de descoberta começou em 2012, em rochas areníticas da Bacia Sedimentar do Paraná, no Noroeste do Estado vizinho. De lá para cá, outros três fósseis já foram encontrados no local: o pterossauro Caiuajara dobruskii, o lagarto Gueragama sulamericana e o dinossauro Vespersaurus paranaensis.


O pterossauro Keresdrakon vilsoni, o mais recente deles, foi apresentado em um artigo publicado nesta segunda-feira (19) na revista da Academia Brasileira de Ciências. Segundo Weinschütz, o pterossauro viveu entre 110 e 80 milhões de anos atrás, “em um ambiente desértico periférico, onde existiam oásis com água e certa vegetação”.

O professor e pesquisador da Universidade do Contestado explica que todo o trabalho de análise foi realizado no laboratório em Mafra.

— Nós trouxemos os blocos brutos e, a partir daí, começamos a fazer o desmonte, com talhadeiras, até que os ossos começassem a aparecer. A partir disso, iniciamos um estudo da anatomia do animal, para verificar se era uma espécie que já existia. E descobrimos se tratar de uma espécie nova — relata.

Os estudos e as escavações foram coordenadas pela Universidade do Contestado e pelo Museu Nacional/UFRJ, com a participação da UEPG, UFPR e Unipar.

A descoberta ocorreu na cidade de Cruzeiro do Oeste, no Noroeste do Paraná
(Foto: Equipe Cenpaleo / Divulgação)


“Dragão espírito da morte”

Keresdrakon é a junção de “Keres”, que, segundo a mitologia Grega, são espíritos que personificaram a morte violenta e estão associados à fatalidade; e “drakon”, palavra para dragão no grego antigo.

Já vilsoni foi uma homenagem a Vilson Greinert, um voluntário que dedicou centenas de horas preparando a maioria dos espécimes do “cemitério dos pterossauros” que fazem parte do acervo do Cenpaleo.


Descoberta ficará exposta em museu de Mafra


A nova espécie fóssil do réptil voador pterossauro, o Keresdrakon vilsoni, ficará exposta no museu do Centro Paleontológico da Universidade do Contestado (Cenpaleo), em Mafra. Primeiro, a descoberta estará reservada para imprensa, e depois será aberta para visitação do público em geral.


Fonte: NSC