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Empresas catarinenses que compraram avião defendem ser instrumento de trabalho

Três indústrias são de Caçador: Curtume Viposa, Primo Tedesco e Eletrocal


Empresas de SC estão entre as que compraram aviões da Embraer a partir de 2009 com juros subsidiados via BNDES pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI). O presidente Jair Bolsonaro, que na época aprovou essa linha na Câmara, agora pediu para divulgar a lista de compradores em tom crítico.
Três indústrias são de Caçador: Curtume Viposa, Primo Tedesco e Eletrocal. A outra é a construtora Embraed, de Balneário Camboriú. As empresas investiram em avião para trabalhar. O aeroporto mais próximo de Caçador, por exemplo, é o de Chapecó, a mais de três horas de distância.
— O avião é uma ferramenta de trabalho. Todas essas empresas têm unidades em vários lugares do Brasil – explica Gilberto Seleme, sócio da Viposa.



A lista completa dos donos de jatinhos subsidiados pelo BNDES

Ao todo, o BNDES emprestou via bancos privados um total superior a R$ 1,9 bilhão para a compra de jatinhos da Embraer. A área técnica do banco calculou em R$ 700 milhões – em valores corrigidos – os subsídios para essas operações.
Entre os proprietários dos dez jatinhos mais caros financiados pelo banco público, estão o governador de São Paulo, João Doria (R$ 44 milhões), e os irmãos Joesley e Wesley Batista, da JBS (R$ 39,8 milhões).
No topo da lista está o empresário Michael Klein (Casas Bahia), que pagou R$ 77,8 milhões por um jato executivo da Embraer – o modelo não é informado. O financiamento foi feito em 2013 por meio do banco ABC para a CB Air (hoje Icon Aviation).
A família Moreira Salles (Itaú-Unibanco) também usufruiu da linha de financiamento do BNDES, pagando apenas 4,5% ao ano de juros sobre empréstimo de R$ 75,5 milhões para adquirir uma aeronave em nome da Brasil Warrant Administradora de Bens.
Confira a relação completa: (parte 1parte 2 e parte 3).
Confira a relação dos proprietários das dez aeronaves mais caras bancadas pelo BNDES:
JBS S/A – R$ 39,78 milhões (2009)
Doria Administração de Bens Ltda – R$ 44,03 milhões (2010)
Neo Táxi Aéreo – R$ 44,97 milhões (2011)
Construtora Estrutural – R$ 64,01 milhões (2012)
Brasil Warrant Adm de Bens – R$ 75,46 milhões (2013)
Lojas Riachuelo – R$ 55,52 milhões (2013)
Sumatera Participações – R$ 65,96 milhões (2013)
Industrial e Comercial Brasileira – R$ 59,11 milhões (2013)
CB Air Taxi Aéreo – R$ 77,78 milhões (2013)
Eurofarma Laboratórios – R$ 43,99 milhões (2014)

*Com informações NSC/Antagonista
Fonte: Diário do Rio do Peixe