Vacina ainda precisa passar por últimos testes em voluntários e pela aprovação da Anvisa
Produzida pelo Instituto Butantan em São Paulo, a vacina contra a dengue está em fase final de testes e tem como próximo passo para sua liberação a aprovação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que, enfim, possa ser distribuída à população através do SUS.
Vacinação contra a dengue está sendo testada em 17 mil voluntários
– Instituto Butantan/Divulgação/ND
A vacina, que protegerá contra quatro subtipos da dengue, começou a ser desenvolvida há dez anos e está em na fase final de teste desde 2016, quando 17 mil voluntários começaram a participar do estudo clínico.
A diferença entre as etapas do teste está no número de voluntários submetidos a aplicação da vacina. A primeira fase do estudo tinha entre 50 e 100 participantes, tendo o número aumentado na segunda para mais de uma centena de pessoas.
A terceira fase está sendo realizada em 16 centros de pesquisa clínica, distribuídos nas cinco regiões do país. Para a realização do estudo os grupos foram divididos por faixas etárias — 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos. O grupo formado apenas por crianças é o único que ainda não concluiu os testes.
Os voluntários serão acompanhados por um período de cinco anos para que se possam registrar suas respostas clínicas à vacina. Segundo o Instituto Butantan, os participantes não tiveram reações adversas ao medicamento, demonstrando a eficácia do produto.
Mesmo assim, não existe um prazo para que a vacina seja aplicada pelo SUS. “Nesse momento é impossível estipular um prazo para a disponibilização da vacina à população, pois sua eficácia só pode ser comprovada com a exposição dos voluntários vacinados ao vírus, o que tem sido uma dificuldade, visto que, nos últimos anos, os registros de circulação do vírus diminuíram consideravelmente”, afirma o Instituto
O projeto para a vacina contra a dengue teve investimento total de R$ 224 milhões oriundos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), da Fundação Butantan e do Ministério da Saúde.
Número de casos de dengue voltou a crescer em 2019
O Brasil registrou um aumento no número de casos de dengue após uma queda de dois anos. Em 2019, foram registrados até agosto 1.281.759 casos prováveis de dengue no país, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue é uma doença infecciosa que pode causar hemorragias intensas podendo levar a morte.
Em Santa Catarina, 93 municípios apresentam focos para a reprodução do mosquito, segundo a Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica). Ainda segundo a Diretoria, Itapema, Camboriú e Porto Belo registraram o maior número de casos no Estado.
Fonte: ND+
Produzida pelo Instituto Butantan em São Paulo, a vacina contra a dengue está em fase final de testes e tem como próximo passo para sua liberação a aprovação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que, enfim, possa ser distribuída à população através do SUS.
Vacinação contra a dengue está sendo testada em 17 mil voluntários
– Instituto Butantan/Divulgação/ND
A vacina, que protegerá contra quatro subtipos da dengue, começou a ser desenvolvida há dez anos e está em na fase final de teste desde 2016, quando 17 mil voluntários começaram a participar do estudo clínico.
A diferença entre as etapas do teste está no número de voluntários submetidos a aplicação da vacina. A primeira fase do estudo tinha entre 50 e 100 participantes, tendo o número aumentado na segunda para mais de uma centena de pessoas.
A terceira fase está sendo realizada em 16 centros de pesquisa clínica, distribuídos nas cinco regiões do país. Para a realização do estudo os grupos foram divididos por faixas etárias — 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos. O grupo formado apenas por crianças é o único que ainda não concluiu os testes.
Os voluntários serão acompanhados por um período de cinco anos para que se possam registrar suas respostas clínicas à vacina. Segundo o Instituto Butantan, os participantes não tiveram reações adversas ao medicamento, demonstrando a eficácia do produto.
Mesmo assim, não existe um prazo para que a vacina seja aplicada pelo SUS. “Nesse momento é impossível estipular um prazo para a disponibilização da vacina à população, pois sua eficácia só pode ser comprovada com a exposição dos voluntários vacinados ao vírus, o que tem sido uma dificuldade, visto que, nos últimos anos, os registros de circulação do vírus diminuíram consideravelmente”, afirma o Instituto
O projeto para a vacina contra a dengue teve investimento total de R$ 224 milhões oriundos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), da Fundação Butantan e do Ministério da Saúde.
Número de casos de dengue voltou a crescer em 2019
O Brasil registrou um aumento no número de casos de dengue após uma queda de dois anos. Em 2019, foram registrados até agosto 1.281.759 casos prováveis de dengue no país, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue é uma doença infecciosa que pode causar hemorragias intensas podendo levar a morte.
Em Santa Catarina, 93 municípios apresentam focos para a reprodução do mosquito, segundo a Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica). Ainda segundo a Diretoria, Itapema, Camboriú e Porto Belo registraram o maior número de casos no Estado.
Fonte: ND+