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Após morte do filho que tinha leucemia, pai continua com campanha para doação de sangue


O fotógrafo Lucas Vieira, de 29 anos, que faleceu no final de junho deste ano por causa de uma leucemia, costumava dizer que era preciso ter mais empatia e tentar ver a dor do outro. Lucas realizava campanhas para doação de sangue no Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Agora, depois da morte dele, seu pai, Renato Campos, continua com a luta do filho.
— Meu desejo é que as pessoas se mobilizem, que enxerguem a necessidade do outro, mesmo não o conhecendo. Várias pessoas viraram amigas da gente depois que começaram as doações, se solidarizaram. O objetivo é ajudar todas essas pessoas que precisam — diz Renato.
O pai de Lucas criou uma página nas redes sociais para mobilizar mais pessoas a doarem sangue e se tornarem doadores de medula óssea. A página "Pazô do bem" faz referência ao apelido que Lucas tinha, Pazolini. A ideia de falar sobre o tema nas redes veio justamente do efeito que a campanha do fotógrado teve quando ele estava vivo.
— Lucas mobilizou muita gente com as postagens dele. Tinha publicação com mais de 1.000 curtidas, e, durante a internação, quase 300 pessoas foram doar sangue, o que beneficiou muita gente — explica Renato.

Renato conta que, até a primeira internação do filho, no dia 10 de julho de 2018, tinha feito em torno de quatro doações de sangue. Depois que viu a importância disso para seu filho, começou a perceber o quanto a doação poderia ajudar tantas pessoas. Já fez seis desde a internação de Lucas no ano passado. Ele também diz que já se cadastrou no Instituto Nacional do Câncer (INCA) para ser doador de medula óssea.
Nas redes sociais, a página divulga datas e locais para as pessoas se inscreverem como doadores de medula óssea. No dia 29 de agosto, haverá uma oportunidade na Universidade Anhanguera, em Niterói.
Na manhã do dia em que faleceu, Lucas publicou em uma rede social um texto em tom de despedida em que ele fala: "Não desisti. Lutei o meu combate, usei o machado, gritei na cara do meu inimigo!! Mas não venci".
Ele também agradeceu a todos que o apoiaram nessa fase de sua vida. "Aqueles que não se cansaram de orar, de rezar, de pedir ao seu Deus por minha recuperação, de se doar (literalmente)... Deus abençoe imensamente a sua vida!", escreveu. Ele cita ainda o nome de parentes, como os pais, os irmãs, tios e primos que estiveram ao lado dele.


Fonte: EXTRA