Coincidências entre ações criminosas no Aeroporto Quero-Quero e no Aeroporto Internacional de São Paulo levantam suspeitas das autoridades
Assalto em Blumenau ocorreu em março deste ano.(Foto: Nathan Neumann, BD)
A quadrilha que invadiu e levou 718,9 quilos de ouro do terminal de cargas do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na tarde desta quinta-feira (25), pode ser a mesma responsável pelo roubo ao Aeroporto Quero-Quero, em Blumenau, em março deste ano. O delegado Anselmo Cruz, da Divisão de Roubos e Antissequestro, diz que as características semelhantes na ação dos criminosos levantam a suspeita dos autores.
De acordo com delegado Anselmo, que é o responsável pela investigação do assalto no Quero-Quero, por ser uma ação em um aeroporto e pelo uso de uma ambulância na fuga, há indícios de que os autores do crime em São Paulo sejam os mesmos responsáveis pelo assalto em Blumenau.
– A própria polícia de lá não tem indícios mais precisos sobre o roubo, mas as informações preliminares apontam semelhanças na ação criminosa. Eles estão investigando e colhendo dados, por isso não temos mais detalhes para podermos afirmar que se trata da mesma quadrilha – diz.
Anselmo destaca que a investigação do assalto em Blumenau continua em andamento, porém afirma que é um processo trabalhoso, tal como foi a ação dos criminosos.
– No mesmo sentido caminha a investigação. É algo complexo, que desde o princípio apontou para grupos criminosos de fora do Estado e isso torna a investigação mais demorada para, enfim, identificar os responsáveis pelo crime – completa o delegado.
Segundo informações das Polícias Civil e Militar, por volta das 14h30min desta quinta-feira (25), oito criminosos disfarçados de policiais federais chegaram ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) em duas viaturas clonadas da Polícia Federal (PF). Eles estavam acompanhados de um funcionário do terminal feito de refém.
De acordo com a investigação, os criminosos fizeram refém a família do funcionário da empresa, o que teria facilitado a ação. No terminal de carga do aeroporto, os assaltantes obrigaram os funcionários a utilizar uma empilhadeira para colocar a carga de 718,9 quilos de ouro – avaliados em US$ 29,2 milhões, o equivalente a cerca de R$ 120 milhões – na caçamba da caminhonete.
A polícia informou que após o roubo, os criminosos abandonaram os veículos clonados no Jardim Pantanal, na Zona Leste de São Paulo. Para a fuga, a quadrilha utilizou uma caminhonete S-10 e uma ambulância para transporte do ouro roubada.
As coincidências
Conforme informações do delegado Anselmo, os crimes ocorridos em São Paulo e em Santa Catarina têm muitas semelhanças. Ambos os assaltos aconteceram em aeroportos. O Regional de Blumenau (Quero-Quero), e Cumbica (Guarulhos).
Depois de assaltarem o Aeroporto de Guarulhos, os criminosos fugiram em uma falsa ambulância para despistar a polícia. O mesmo ocorreu em Blumenau.
Tanto no assalto de São Paulo, quanto no de Blumenau, oito criminosos participaram da ação.
Nenhum dos carros usados do assalto em Guarulhos era furtado ou roubado. Os dois veículos utilizados no crime em Blumenau também não. Em comum, todos eram blindados.
A empresa que fazia o transporte do ouro é a Brinks, a mesma que faria a transferência do dinheiro roubado em Blumenau de um avião para o carro-forte. Em nota, a respeito do caso em São Paulo, a empresa disse que “está colaborando com as autoridades competentes para a apuração do ocorrido”.
O assalto
O assalto no Aeroporto Regional de Blumenau ocorreu na tarde de quinta-feira, dia 14 de março. Os bandidos atiraram contra três carros-fortes que faziam a troca de malotes de dinheiro com um avião que veio de Curitiba.
Durante a troca de tiros com os vigilantes, os bandidos acertaram dois funcionários da empresa de transporte de valores e uma mulher, que trabalhava em uma empresa têxtil ao lado do aeroporto. Edivania Oliveira, 22 anos, chegou a ser atendida, mas não resistiu.
Os criminosos levaram R$ 9,8 milhões. No dia seguinte ao crime, a polícia encontrou uma casa, no bairro Testo Salto, usada pelos criminosos no planejamento do assalto. A localização era estratégica, com diversas rotas de fuga. O imóvel estaria sendo usado pelos assaltantes desde outubro do ano passado.
Na fuga, eles usaram um furgão plotado como uma ambulância para despistar a polícia. A viatura havia sido flagrada em fevereiro pelo Santa em um terreno na Itoupava Central.
Os suspeitos presos foram identificados como Paulo Sérgio Fonseca Ignácio (Campinas, SP, 31 anos), Juliano Mocelin da Luz (Campo Mourão, PR, 37 anos) e Tiago Cristiano Juste (Itaquaquecetuba, SP, 33 anos).
Conforme a polícia, um dos presos foi contratado para vir buscar a ambulância e levar para São Paulo. Outro ficou de olheiro em Blumenau, para averiguar a movimentação da polícia. O terceiro ainda está sendo apurado, afirma o delegado.
Fonte: NSC
Assalto em Blumenau ocorreu em março deste ano.(Foto: Nathan Neumann, BD)
A quadrilha que invadiu e levou 718,9 quilos de ouro do terminal de cargas do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na tarde desta quinta-feira (25), pode ser a mesma responsável pelo roubo ao Aeroporto Quero-Quero, em Blumenau, em março deste ano. O delegado Anselmo Cruz, da Divisão de Roubos e Antissequestro, diz que as características semelhantes na ação dos criminosos levantam a suspeita dos autores.
De acordo com delegado Anselmo, que é o responsável pela investigação do assalto no Quero-Quero, por ser uma ação em um aeroporto e pelo uso de uma ambulância na fuga, há indícios de que os autores do crime em São Paulo sejam os mesmos responsáveis pelo assalto em Blumenau.
– A própria polícia de lá não tem indícios mais precisos sobre o roubo, mas as informações preliminares apontam semelhanças na ação criminosa. Eles estão investigando e colhendo dados, por isso não temos mais detalhes para podermos afirmar que se trata da mesma quadrilha – diz.
Anselmo destaca que a investigação do assalto em Blumenau continua em andamento, porém afirma que é um processo trabalhoso, tal como foi a ação dos criminosos.
– No mesmo sentido caminha a investigação. É algo complexo, que desde o princípio apontou para grupos criminosos de fora do Estado e isso torna a investigação mais demorada para, enfim, identificar os responsáveis pelo crime – completa o delegado.
Segundo informações das Polícias Civil e Militar, por volta das 14h30min desta quinta-feira (25), oito criminosos disfarçados de policiais federais chegaram ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) em duas viaturas clonadas da Polícia Federal (PF). Eles estavam acompanhados de um funcionário do terminal feito de refém.
De acordo com a investigação, os criminosos fizeram refém a família do funcionário da empresa, o que teria facilitado a ação. No terminal de carga do aeroporto, os assaltantes obrigaram os funcionários a utilizar uma empilhadeira para colocar a carga de 718,9 quilos de ouro – avaliados em US$ 29,2 milhões, o equivalente a cerca de R$ 120 milhões – na caçamba da caminhonete.
A polícia informou que após o roubo, os criminosos abandonaram os veículos clonados no Jardim Pantanal, na Zona Leste de São Paulo. Para a fuga, a quadrilha utilizou uma caminhonete S-10 e uma ambulância para transporte do ouro roubada.
As coincidências
Conforme informações do delegado Anselmo, os crimes ocorridos em São Paulo e em Santa Catarina têm muitas semelhanças. Ambos os assaltos aconteceram em aeroportos. O Regional de Blumenau (Quero-Quero), e Cumbica (Guarulhos).
Depois de assaltarem o Aeroporto de Guarulhos, os criminosos fugiram em uma falsa ambulância para despistar a polícia. O mesmo ocorreu em Blumenau.
Tanto no assalto de São Paulo, quanto no de Blumenau, oito criminosos participaram da ação.
Nenhum dos carros usados do assalto em Guarulhos era furtado ou roubado. Os dois veículos utilizados no crime em Blumenau também não. Em comum, todos eram blindados.
A empresa que fazia o transporte do ouro é a Brinks, a mesma que faria a transferência do dinheiro roubado em Blumenau de um avião para o carro-forte. Em nota, a respeito do caso em São Paulo, a empresa disse que “está colaborando com as autoridades competentes para a apuração do ocorrido”.
O assalto
O assalto no Aeroporto Regional de Blumenau ocorreu na tarde de quinta-feira, dia 14 de março. Os bandidos atiraram contra três carros-fortes que faziam a troca de malotes de dinheiro com um avião que veio de Curitiba.
Durante a troca de tiros com os vigilantes, os bandidos acertaram dois funcionários da empresa de transporte de valores e uma mulher, que trabalhava em uma empresa têxtil ao lado do aeroporto. Edivania Oliveira, 22 anos, chegou a ser atendida, mas não resistiu.
Os criminosos levaram R$ 9,8 milhões. No dia seguinte ao crime, a polícia encontrou uma casa, no bairro Testo Salto, usada pelos criminosos no planejamento do assalto. A localização era estratégica, com diversas rotas de fuga. O imóvel estaria sendo usado pelos assaltantes desde outubro do ano passado.
Na fuga, eles usaram um furgão plotado como uma ambulância para despistar a polícia. A viatura havia sido flagrada em fevereiro pelo Santa em um terreno na Itoupava Central.
Os suspeitos presos foram identificados como Paulo Sérgio Fonseca Ignácio (Campinas, SP, 31 anos), Juliano Mocelin da Luz (Campo Mourão, PR, 37 anos) e Tiago Cristiano Juste (Itaquaquecetuba, SP, 33 anos).
Conforme a polícia, um dos presos foi contratado para vir buscar a ambulância e levar para São Paulo. Outro ficou de olheiro em Blumenau, para averiguar a movimentação da polícia. O terceiro ainda está sendo apurado, afirma o delegado.
Fonte: NSC