Estudantes de Xanxerê venceram competição. Eles fizeram filtro para que astronautas tenham acesso a água potável sem gravidade.
Na frente na foto os alunos: Roberta Debortoli, Renata Muller, Isabela Battistella e Ricardo Cenci. Atrás, os professores: Daniel Ecco, Victor Bernardes e Andreia Weber. — Foto: IFSC/Divulgação
O foguete Falcon9 decolou da base da Nasa nos Estados Unidos levando o resultado dos estudos e esforço de quatro alunos e três professores de Xanxerê, em Santa Catarina, na quinta-feira (25). O grupo é vencedor de uma competição nacional para a produção de um experimento para ser testado no espaço.
Roberta Debortoli e Renata Muller, as duas com 17 anos, Isabela Battistella e Ricardo Cenci, esses dois com 18, desenvolveram um filtro para que os astronautas tenham acesso à água potável em locais sem gravidade. A base do projeto é o filtro de barro brasileiro.
Os quatro jovens são estudantes do ensino médio técnico integrado em informática do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) do campus de Xanxerê. Eles se inscreveram em julho do ano passado na competição e desenvolveram o projeto entre agosto e dezembro do mesmo ano.
Renata Muller contou que ficou sabendo da competição em uma revista de divulgação científica. "Convidei amigos que gostavam da área e a gente conversou com professores, que nos ajudaram a inscrever a escola", conta.
Experimento de filtragem de água feito por alunos do IFSC Xanxerê
— Foto: Instituto Tim/Divulgação
Experimento
"Nossa primeira ideia era fazer alguma coisa na base do que é mais necessário para as bases espaciais, que é oxigênio, água e comida. A partir disso, foi bem gradual", diz a estudante.
O grupo pensou em um sistema de filtração que pudesse funcionar fora da Terra. Os alunos lembraram do filtro de barro brasileiro.
"No filtro de barro, a gravidade faz a água passar pela vela, que faz a filtragem", explica Renata Muller. Para substituir essa força da natureza, os alunos pensaram no fenômeno físico chamado capilaridade, em que os fluidos se movem em tubos extremamente finos, mesmo sem gravidade.
Dessa forma, em vez de a água ser filtrada de cima para baixo, como quando há gravidade, isso ocorreria de baixo para cima. O carvão ativado, material já encontrado nos filtros de barro, também é usado no projeto.
Estudantes em Xanxerê trabalham em projeto de filtragem — Foto: Instituto Tim/Divulgação
O experimento é um tubo de ensaio dividido ao meio por uma camada de carvão, que faz a filtragem. Em um dos extremos fica uma solução de metileno. No outro, a substância já filtrada.
Com a seleção do projeto, os estudantes tiveram a oportunidade de ir aos Estados Unidos apresentar o experimento na Conferência Nacional do Programa de Experimentos Espaciais de Estudantes, no Museu Nacional do Ar e Espaço, no estado da Virginia. Isso ocorreu no início do mês.
Agora, os alunos aguardar os testes, que serão feitos por astronautas na Estação Espacial Internacional, de onde é possível ver a Terra a olho nu. "Ele [experimento] vai ficar um mês em funcionamento. Até o final do ano, será enviado de volta para a gente e a gente vai fazer a análise", diz Renata Muller.
Depois disso, ela afirma que o grupo não tem ainda muita ideia do que ocorrerá depois. "Vamos ver os resultados. Se não funcionar, tentar arrumar", diz.
Fonte: G1 – SC
Na frente na foto os alunos: Roberta Debortoli, Renata Muller, Isabela Battistella e Ricardo Cenci. Atrás, os professores: Daniel Ecco, Victor Bernardes e Andreia Weber. — Foto: IFSC/Divulgação
O foguete Falcon9 decolou da base da Nasa nos Estados Unidos levando o resultado dos estudos e esforço de quatro alunos e três professores de Xanxerê, em Santa Catarina, na quinta-feira (25). O grupo é vencedor de uma competição nacional para a produção de um experimento para ser testado no espaço.
Roberta Debortoli e Renata Muller, as duas com 17 anos, Isabela Battistella e Ricardo Cenci, esses dois com 18, desenvolveram um filtro para que os astronautas tenham acesso à água potável em locais sem gravidade. A base do projeto é o filtro de barro brasileiro.
Os quatro jovens são estudantes do ensino médio técnico integrado em informática do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) do campus de Xanxerê. Eles se inscreveram em julho do ano passado na competição e desenvolveram o projeto entre agosto e dezembro do mesmo ano.
Renata Muller contou que ficou sabendo da competição em uma revista de divulgação científica. "Convidei amigos que gostavam da área e a gente conversou com professores, que nos ajudaram a inscrever a escola", conta.
Experimento de filtragem de água feito por alunos do IFSC Xanxerê
— Foto: Instituto Tim/Divulgação
Experimento
"Nossa primeira ideia era fazer alguma coisa na base do que é mais necessário para as bases espaciais, que é oxigênio, água e comida. A partir disso, foi bem gradual", diz a estudante.
O grupo pensou em um sistema de filtração que pudesse funcionar fora da Terra. Os alunos lembraram do filtro de barro brasileiro.
"No filtro de barro, a gravidade faz a água passar pela vela, que faz a filtragem", explica Renata Muller. Para substituir essa força da natureza, os alunos pensaram no fenômeno físico chamado capilaridade, em que os fluidos se movem em tubos extremamente finos, mesmo sem gravidade.
Dessa forma, em vez de a água ser filtrada de cima para baixo, como quando há gravidade, isso ocorreria de baixo para cima. O carvão ativado, material já encontrado nos filtros de barro, também é usado no projeto.
Estudantes em Xanxerê trabalham em projeto de filtragem — Foto: Instituto Tim/Divulgação
O experimento é um tubo de ensaio dividido ao meio por uma camada de carvão, que faz a filtragem. Em um dos extremos fica uma solução de metileno. No outro, a substância já filtrada.
Com a seleção do projeto, os estudantes tiveram a oportunidade de ir aos Estados Unidos apresentar o experimento na Conferência Nacional do Programa de Experimentos Espaciais de Estudantes, no Museu Nacional do Ar e Espaço, no estado da Virginia. Isso ocorreu no início do mês.
Agora, os alunos aguardar os testes, que serão feitos por astronautas na Estação Espacial Internacional, de onde é possível ver a Terra a olho nu. "Ele [experimento] vai ficar um mês em funcionamento. Até o final do ano, será enviado de volta para a gente e a gente vai fazer a análise", diz Renata Muller.
Depois disso, ela afirma que o grupo não tem ainda muita ideia do que ocorrerá depois. "Vamos ver os resultados. Se não funcionar, tentar arrumar", diz.
Fonte: G1 – SC