Cinco estudantes conquistaram a medalha de prata para o Brasil no Torneio Internacional de Jovens Físicos (IYPT, na sigla em Inglês), que aconteceu em Varsóvia, na Polônia, neste mês de julho. Disputando com 33 delegações de todos os continentes, os jovens ficaram na 6ª posição no ranking mundial, ultrapassando marcas de outros países, como os Estados Unidos, Inglaterra, Austrália e a própria Polônia.
Fizeram parte da equipe brasileira Vinicius Névoa (Colégio Arena), Vinicius Andreossi ( Colegio Etapa São Paulo), Eduardo Slikta ( Etapa Valinhos), Enzo Serrano Barbosa e Luã de Souza Santos - ambos do Colégio Objetivo Integrado.
A classificação para a edição internacional do torneio veio pela conquista de medalhas de prata na fase nacional, conhecida como IYPT Brasil. Este concuro ocorreu em uma unidade da Universidade Paulista (UNIP), em março. Barbosa, de 17 anos, e Santos, 17, integraram duas equipes que ficaram em segundo lugar na IYPT Brasil.
“Essa conquista significa bastante para mim, pois foi muito trabalho e noites sem dormir até chegarmos até essa etapa", diz à GALILEU Barbosa. "Foi muita dedicação e é muito satisfatório conseguir um resultado tão bom quanto esse."
Para competirem em Varsóvia, os alunos realizaram 17 exercícios de Física e testaram suas habilidades montando protótipos dentro do laboratório do colégio, orientados por professores e monitores. “Os alunos vão escolhendo os problemas de acordo com as próprias aptidões. Então, passamos a ter reuniões semanais para discutir as lições”, conta Ronaldo Fogo, professor responsável pelas aulas especiais de Física do Objetivo. "Fomos ao laboratório e fizemos medições, tabelas e gráficos para verificar se todos os conceitos físicos estão coerentes."
DA ESQUERDA PARA A DIREITA: LUÃ DE SOUZA SANTOS, MONITOR QUE ORIENTOU OS ESTUDANTES E ENZO SERRANO BARBOSA, (FOTO: DIVULGAÇÃO OBJETIVO)
Para participar do IYPT na Polônia, os estudantes ainda montaram apresentações que foram exibidas em língua inglesa no torneio. Uma as atividades da competição foi a Physic Fights (lutas físicas, em tradução livre), que são rodadas de 50 minutos nas quais as equipes se revezam em diferentes funções para debater conceitos da Física.
Barbosa, que também participou da etapa nacional do IYPT em 2018, revela que contribuiu com a resolução de três problemas de acústica na competição internacional deste ano, usando aplicativos de programação. “O mais difícil foi tratar o áudio, pois temos que filtrá-lo para mostrar só o que a gente quer", ele informa. "Pegamos um pedaço da faixa e pedimos para o programa achar a frequência de maior intensidade e muitas vezes isso é difícil, pois nada dá certo de primeira."
Durante a IYPT na Polônia, Luã de Souza Santos fez a montagem de um motor de corona – também chamado de motor eletrostático ou motor atmosférico –, que não possui compressor. No entanto, o equipamento acabou pegando fogo.
Apesar dos percalços, afirma ter aprendido muito com o torneio. “Simulamos várias partes e treinamos inglês. Tinha uma vaga na equipe e era uma olimpíada que eu ainda não tinha feito. E gosto da Física só por eu entender como as coisas funcionam e poder montá-las”, afirma o aluno, que também integrou o time que ficou em primeiro lugar no quadro geral de medalhas da 10ª edição da Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA) em 2018.
Fonte: Revista Galileu