Pernambuco e Bahia foram os locais com os maiores crescimentos. Já o Pará, por sua vez, teve o pior resultado em 17 anos.
Em abril, a indústria nacional registrou avanço de 0,3%, na comparação com o mês imediatamente anterior, informou o IBGE na última terça (4). Apesar do crescimento, no ano o setor acumula queda de 2,7%.
Dos dez locais que acompanharam o avanço da produção nacional destacam-se Pernambuco (8,3%), Bahia (7,4%), Região Nordeste (6,1%) e Mato Grosso (5,1%). A menor alta foi registrada em Minas Gerais (0,1%).
Já dentre os cinco locais que tiveram queda na passagem de março para abril, o destaque ficou com o Pará, que registrou "recuo atípico", segundo o IBGE. Lá, a queda na produção foi de 30,3%, a maior em 17 anos, puxada pelas paralisações da indústria extrativa na região.
Reflexos de Brumadinho
A queda atípica no Pará, que registrou o resultado negativo mais intenso da série histórica da pesquisa, iniciada em 2002, teve influência direta com o rompimento da barragem de rejeitos de mineração na região de Brumadinho, em Minas Gerais, segundo o IBGE. Isso porque, após o acidente, foram promovidas paralisações na planta produtiva da mineração paraense.
Segundo o IBGE, 85% da indústria do Pará é concentrada no extrativismo, daí o impacto expressivo devido à paralisação da atividade. O instituto destacou, no entanto, que o excesso de chuva na região ao longo de abril acentuou ainda mais o declínio da produção industrial local.
O setor extrativo também pressionou a indústria de Minas Gerais e do Espírito Santo, mas com menos intensidade que a do Pará. Enquanto a indústria capixaba caiu 5,5%, a mineira avançou 0,1%.
"A indústria mineira, por ter mais atividades que o Pará e o Espírito Santo, consegue suavizar essa queda”, ressaltou Almeida.
SP tem alta mais intensa em dez meses
A produção de automóveis fez com que São Paulo, que concentra o maior parque industrial do país, registrasse a alta mais intensa desde junho do ano passado.
“Houve uma volatilidade em fevereiro, março e abril, que pode ser explicada pela demanda doméstica, que está mais cautelosa em um ambiente de incertezas. Há também a crise na Argentina, que é o nosso maior mercado de exportação do setor automobilístico”, avaliou o analista do IBGE Bernardo Almeida.
No ano, 11 dos 15 locais têm queda
Segundo o IBGE, no acumulado do ano 11 dos 15 locais pesquisados registram queda em sua produção industrial. Os piores resultados são do Espírito Santo (-10,3%) e do Pará (-7,8%). Em ambos, a queda foi pressionada principalmente pelo retração do setor extrativo.
Na média, a indústria nacional acumula queda de 2,7% nestes primeiros quatro meses do ano.
Também acumulam queda no ano Mato Grosso (-4,8%), Minas Gerais (-4,8%), Região Nordeste (-3,4%), Rio de Janeiro (-3,2%), Amazonas (-3,0%), Bahia (-2,9%), São Paulo (-2,6%), Pernambuco (-1,1%) e Goiás (-0,2%).
Rio Grande do Sul (6,2%) e Paraná (6,2%) registraram os avanços mais elevados no acumulado no ano. Segundo o IBGE, a indústria gaúcha foi impulsionada, principalmente, pelo comportamento positivo vindo das atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias e produtos de metal. Já a paranaense teve pressão positiva da produção de alimentícios, veículos automotores, reboques e carrocerias e máquinas e equipamentos.
Santa Catarina (3,0%) e Ceará (1,8%) completam os quatro locais que acumulam alta no ano.
Fonte: G1
Paralisações na extração de minério no Pará fizeram a produção industrial do estado
registrar a maior queda em 17 anos. — Foto: Divulgação/Agência Pará
A produção industrial registrou alta na passagem de março para abril em 10 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta o levantamento divulgado nesta terça-feira (11) pelo órgão.
Em abril, a indústria nacional registrou avanço de 0,3%, na comparação com o mês imediatamente anterior, informou o IBGE na última terça (4). Apesar do crescimento, no ano o setor acumula queda de 2,7%.
Dos dez locais que acompanharam o avanço da produção nacional destacam-se Pernambuco (8,3%), Bahia (7,4%), Região Nordeste (6,1%) e Mato Grosso (5,1%). A menor alta foi registrada em Minas Gerais (0,1%).
Já dentre os cinco locais que tiveram queda na passagem de março para abril, o destaque ficou com o Pará, que registrou "recuo atípico", segundo o IBGE. Lá, a queda na produção foi de 30,3%, a maior em 17 anos, puxada pelas paralisações da indústria extrativa na região.
Reflexos de Brumadinho
A queda atípica no Pará, que registrou o resultado negativo mais intenso da série histórica da pesquisa, iniciada em 2002, teve influência direta com o rompimento da barragem de rejeitos de mineração na região de Brumadinho, em Minas Gerais, segundo o IBGE. Isso porque, após o acidente, foram promovidas paralisações na planta produtiva da mineração paraense.
“Depois de Brumadinho, aumentou a preocupação com questões ambientais dentro das plantas industriais desse setor, o que acarretou uma queda na produção”, explicou o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.
Segundo o IBGE, 85% da indústria do Pará é concentrada no extrativismo, daí o impacto expressivo devido à paralisação da atividade. O instituto destacou, no entanto, que o excesso de chuva na região ao longo de abril acentuou ainda mais o declínio da produção industrial local.
O setor extrativo também pressionou a indústria de Minas Gerais e do Espírito Santo, mas com menos intensidade que a do Pará. Enquanto a indústria capixaba caiu 5,5%, a mineira avançou 0,1%.
"A indústria mineira, por ter mais atividades que o Pará e o Espírito Santo, consegue suavizar essa queda”, ressaltou Almeida.
SP tem alta mais intensa em dez meses
A produção de automóveis fez com que São Paulo, que concentra o maior parque industrial do país, registrasse a alta mais intensa desde junho do ano passado.
“Houve uma volatilidade em fevereiro, março e abril, que pode ser explicada pela demanda doméstica, que está mais cautelosa em um ambiente de incertezas. Há também a crise na Argentina, que é o nosso maior mercado de exportação do setor automobilístico”, avaliou o analista do IBGE Bernardo Almeida.
No ano, 11 dos 15 locais têm queda
Segundo o IBGE, no acumulado do ano 11 dos 15 locais pesquisados registram queda em sua produção industrial. Os piores resultados são do Espírito Santo (-10,3%) e do Pará (-7,8%). Em ambos, a queda foi pressionada principalmente pelo retração do setor extrativo.
Na média, a indústria nacional acumula queda de 2,7% nestes primeiros quatro meses do ano.
Também acumulam queda no ano Mato Grosso (-4,8%), Minas Gerais (-4,8%), Região Nordeste (-3,4%), Rio de Janeiro (-3,2%), Amazonas (-3,0%), Bahia (-2,9%), São Paulo (-2,6%), Pernambuco (-1,1%) e Goiás (-0,2%).
Rio Grande do Sul (6,2%) e Paraná (6,2%) registraram os avanços mais elevados no acumulado no ano. Segundo o IBGE, a indústria gaúcha foi impulsionada, principalmente, pelo comportamento positivo vindo das atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias e produtos de metal. Já a paranaense teve pressão positiva da produção de alimentícios, veículos automotores, reboques e carrocerias e máquinas e equipamentos.
Santa Catarina (3,0%) e Ceará (1,8%) completam os quatro locais que acumulam alta no ano.
Fonte: G1