As telas, nas quais estão retratadas as imagens que fizeram parte dos mais de 50 anos do trabalho do artista plástico Adilson Guanabara, ficarão guardadas para a posteridade na Unoesc. O pintor, que até então residia em Joaçaba e vai mudar para a cidade de Florianópolis, doou seu acervo para a Universidade.
A Unoesc recebeu ao todo 142 telas, um dos cavaletes usados durante as pinturas e um baú com a biografia e outros documentos relacionados aos projetos desenvolvidos ao longo dos anos de trabalho. De valor histórico e sentimental para o artista compõe o ainda o acervo, a primeira obra pintada por ele.
— Eu tinha o desejo de deixar um legado para o público em geral e nada melhor do que fazer isso por meio de uma instituição que tem uma excelente estrutura, responsabilidade com a cultura e que poderá tornar acessível a visitação — destacou Guanabara, que pretende não parar de pintar.
De acordo com o coordenador da Biblioteca Universitária, Tiago Diersmann, as obras recebidas passarão pela análise de um curador de arte que irá preparar o acervo para uma primeira exposição ainda em data a ser definida. Posteriormente, serão realizadas exposições itinerantes e mais tarde, a Unoesc tem a intenção de elaborar um projeto de exposição permanente com o uso de tecnologias diferenciadas que valorizem ainda mais a obra do artista.
Já, a gerente Administrativa da Unoesc Joaçaba, Roseli Rocha Moterle, agradeceu ao artista Guanabara por compartilhar e disseminar sua arte por meio dessa doação.
— Além do ensino, da pesquisa e da extensão a Universidade é um espaço para o desenvolvimento social e cultural e com a doação do artista plástico Adilson Guanabara, estaremos disponibilizando à comunidade o acesso a um acervo com obras incríveis, que retratam em diferentes temas, as transformações sociais e a arquitetura da nossa região e do município de Joaçaba — destacou Roseli.
Sobre o artista
Adilson Guanabara tem 66 anos e se denomina autodidata. Quando criança demonstrava indícios de sua vocação rabiscando e desenhando nas paredes de casa com carvão e pedaços de giz da escola. Aos 22 anos pintou sua primeira obra.
No ano 1998, abriu sua molduraria e Galeria de arte, e em 2011 encerrou todas as atividades paralelas à pintura e passou a se dedicar a somente a sua arte, a projetos culturais e a palestras para crianças nas escolas como voluntário.
Com estilos Fauvista, Impressionista e Expressionista passou por diversas fases em sua carreira nas quais utilizou de várias técnicas e cores. Entre elas destacam-se a fase “Mulheres” “Social” “Touros” “Borboletas” “Bicicletas” e “Cidade de Cristal”.
Fonte: Alessandra de Barros/Assessoria de Imprensa