Santa Catarina comemora 12 anos do certificado internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação. Os esforços dos produtores rurais, iniciativa privada e Governo do Estado fizeram de SC uma referência em saúde animal e defesa agropecuária.
Após o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Santa Catarina se tornou o maior produtor de suínos do Brasil, o segundo maior produtor de aves e o quarto maior produtor de leite – com um agronegócio pujante, responsável por 63,7% das exportações catarinenses em 2019.
O último foco de febre aftosa em Santa Catarina aconteceu em 1993 e a partir de 2000 foi suspensa a vacinação contra a doença. Em 25 de maio de 2007, representantes do Governo do Estado compareceram à Assembleia Mundial da OIE, onde receberam o certificado que fez do Estado a única zona livre de febre aftosa sem vacinação do Brasil.
“Há 19 anos, Santa Catarina fez uma escolha: se tornar referência internacional em saúde animal e defesa agropecuária. Foi uma decisão ousada e que exigiu muito trabalho e um cuidado muito grande, um comprometimento dos produtores rurais, iniciativa privada e Governo do Estado. Nós aumentamos o controle sanitário e passamos a cumprir as exigências da Organização Mundial de Saúde Animal, comprovando a origem registrando e rastreando todos os bovinos e bubalinos. Hoje, os produtos catarinenses são reconhecidos em todo o mundo, inclusive nos mercados mais exigentes, como sinônimos de qualidade. A certificação internacional da OIE é um patrimônio de todos os catarinenses”, destaca o secretário da Agricultura e da Pesca, Ricardo de Gouvêa.
Apenas três países da América Latina são considerados livres de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE): Chile, Guiana e Peru. Além disso, existem zonas livres dentro de países (como é o caso de Santa Catarina) na Argentina, Bolívia, Colômbia e Equador.
Resultados
Desde a suspensão da vacina em Santa Catarina, o Estado se consolidou como grande produtor e exportador de carnes, com acesso aos mercados mais exigentes do mundo. Ricardo de Gouvêa explica que a febre aftosa é uma das doenças com maior risco sanitário e econômico, por isso alguns países só compram carnes de áreas livres da doença sem vacinação, onde comprovadamente não existe a circulação do vírus da febre aftosa e o controle sanitário é maior.
“A conquista veio em função de um trabalho conjunto entre governo, Cidasc, produtores rurais e agroindústria. Santa Catarina é pioneira na certificação internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação. Toda essa valorização é prova da excelência dos nossos produtos agropecuários e da excelência dos serviços de defesa agropecuária executados pela Cidasc. Queremos avançar muito nas questões sanitárias e melhorar ainda mais a renda do nosso produtor rural”, ressalta a presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
Em 2006, um ano antes da certificação internacional, Santa Catarina exportava 184 mil toneladas de carne suína, faturando US$ 310 milhões. Em 2018, esse número saltou para 326,3 mil toneladas e trouxe US$ 608,4 milhões para o Estado, um aumento de 77,4% na quantidade e 96,2% na arrecadação.
O cenário é o mesmo para a carne de frango, que se tornou o primeiro produto das exportações catarinenses, faturando mais de US$ 1,8 bilhão no último ano, com 1,08 milhão de toneladas embarcadas. Com o reconhecimento da OIE, Santa Catarina teve acesso a grandes compradores de carnes como China, Hong Kong, Estados Unidos e Coreia do Sul. Hoje, as carnes suína e de frango catarinenses são vendidas em mais de 140 países.
Manutenção do status sanitário
Para manter o status sanitário diferenciado, os esforços são imensos. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) mantém 63 barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e Argentina que controlam a entrada e a saída de animais e produtos agropecuários. Além disso, em Santa Catarina todos os bovinos e bubalinos são identificados e rastreados.
Já que é proibido o uso de vacina contra febre aftosa em todo o território catarinense, não é permitida a entrada de bovinos provenientes de outros estados. Para que os produtores tragam ovinos, caprinos e suínos criados fora de Santa Catarina é necessário que os animais passem por quarentena tanto na origem quanto no destino e que façam testes para a febre aftosa, exceto quando destinados a abatedouros sob inspeção para abate imediato.
O Governo do Estado mantém ainda um sistema permanente de vigilância para demonstrar a ausência do vírus de febre aftosa em Santa Catarina. Continuamente, a Cidasc realiza inspeções clínicas e estudos sorológicos nos rebanhos, além de dispor de uma estrutura de alerta para a investigação de qualquer suspeita que venha a ser notificada pelos produtores ou por qualquer cidadão. A iniciativa privada também é uma grande parceira nesse processo, por meio do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa).
Fonte: Secom
Após o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Santa Catarina se tornou o maior produtor de suínos do Brasil, o segundo maior produtor de aves e o quarto maior produtor de leite – com um agronegócio pujante, responsável por 63,7% das exportações catarinenses em 2019.
O último foco de febre aftosa em Santa Catarina aconteceu em 1993 e a partir de 2000 foi suspensa a vacinação contra a doença. Em 25 de maio de 2007, representantes do Governo do Estado compareceram à Assembleia Mundial da OIE, onde receberam o certificado que fez do Estado a única zona livre de febre aftosa sem vacinação do Brasil.
“Há 19 anos, Santa Catarina fez uma escolha: se tornar referência internacional em saúde animal e defesa agropecuária. Foi uma decisão ousada e que exigiu muito trabalho e um cuidado muito grande, um comprometimento dos produtores rurais, iniciativa privada e Governo do Estado. Nós aumentamos o controle sanitário e passamos a cumprir as exigências da Organização Mundial de Saúde Animal, comprovando a origem registrando e rastreando todos os bovinos e bubalinos. Hoje, os produtos catarinenses são reconhecidos em todo o mundo, inclusive nos mercados mais exigentes, como sinônimos de qualidade. A certificação internacional da OIE é um patrimônio de todos os catarinenses”, destaca o secretário da Agricultura e da Pesca, Ricardo de Gouvêa.
Apenas três países da América Latina são considerados livres de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE): Chile, Guiana e Peru. Além disso, existem zonas livres dentro de países (como é o caso de Santa Catarina) na Argentina, Bolívia, Colômbia e Equador.
Resultados
Desde a suspensão da vacina em Santa Catarina, o Estado se consolidou como grande produtor e exportador de carnes, com acesso aos mercados mais exigentes do mundo. Ricardo de Gouvêa explica que a febre aftosa é uma das doenças com maior risco sanitário e econômico, por isso alguns países só compram carnes de áreas livres da doença sem vacinação, onde comprovadamente não existe a circulação do vírus da febre aftosa e o controle sanitário é maior.
“A conquista veio em função de um trabalho conjunto entre governo, Cidasc, produtores rurais e agroindústria. Santa Catarina é pioneira na certificação internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação. Toda essa valorização é prova da excelência dos nossos produtos agropecuários e da excelência dos serviços de defesa agropecuária executados pela Cidasc. Queremos avançar muito nas questões sanitárias e melhorar ainda mais a renda do nosso produtor rural”, ressalta a presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
Em 2006, um ano antes da certificação internacional, Santa Catarina exportava 184 mil toneladas de carne suína, faturando US$ 310 milhões. Em 2018, esse número saltou para 326,3 mil toneladas e trouxe US$ 608,4 milhões para o Estado, um aumento de 77,4% na quantidade e 96,2% na arrecadação.
O cenário é o mesmo para a carne de frango, que se tornou o primeiro produto das exportações catarinenses, faturando mais de US$ 1,8 bilhão no último ano, com 1,08 milhão de toneladas embarcadas. Com o reconhecimento da OIE, Santa Catarina teve acesso a grandes compradores de carnes como China, Hong Kong, Estados Unidos e Coreia do Sul. Hoje, as carnes suína e de frango catarinenses são vendidas em mais de 140 países.
Manutenção do status sanitário
Para manter o status sanitário diferenciado, os esforços são imensos. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) mantém 63 barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e Argentina que controlam a entrada e a saída de animais e produtos agropecuários. Além disso, em Santa Catarina todos os bovinos e bubalinos são identificados e rastreados.
Já que é proibido o uso de vacina contra febre aftosa em todo o território catarinense, não é permitida a entrada de bovinos provenientes de outros estados. Para que os produtores tragam ovinos, caprinos e suínos criados fora de Santa Catarina é necessário que os animais passem por quarentena tanto na origem quanto no destino e que façam testes para a febre aftosa, exceto quando destinados a abatedouros sob inspeção para abate imediato.
O Governo do Estado mantém ainda um sistema permanente de vigilância para demonstrar a ausência do vírus de febre aftosa em Santa Catarina. Continuamente, a Cidasc realiza inspeções clínicas e estudos sorológicos nos rebanhos, além de dispor de uma estrutura de alerta para a investigação de qualquer suspeita que venha a ser notificada pelos produtores ou por qualquer cidadão. A iniciativa privada também é uma grande parceira nesse processo, por meio do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa).
Fonte: Secom