As atividades são desenvolvidas nas disciplinas de História e Geografia do 5º ano do Centro Municipal de Educação Básica Vereador Avelino Biscaro, de Salto Veloso.
Conforme a diretora Aline Bazzo, os estudos iniciaram com uma análise antropológica da formação populacional do estado de Santa Catarina, levando em consideração desde os povos primitivos até a atual formação étnico-social do mesmo.
Os estudos contemplam à região meio oeste e oeste do estado catarinense, sendo que a formação populacional teve influência dos povos: indígenas (Xoclengues e Caingangues) e posteriormente, dos caboclos e imigrantes (principalmente europeus).
Durante os estudos os alunos também participaram de uma palestra com o tema “Salto Veloso: Nossa terra manchada de sangue- A Guerra do Contestado, o silêncio e a invisibilidade cabocla que nos cerca”, com o professor e pesquisador da Universidade Estadual de Londrina, do Paraná, Dr. Nilson Cesar Fraga, destacando Salto Veloso na região do Contestado. A atividade foi realizada no dia 2 de maio.
Já no dia 7 de maio, foi realizada uma visita de estudos aos municípios de Matos Costa, Calmon e Caçador, onde conheceram vários locais que foram palco de conflitos da Guerra do Contestado, entre 1912 e 1916.
O passeio contemplou: Museu Josette Dambrowski, o cemitério do Rocio, o poço do Monge João Maria, o monumento no local onde foi morto o Capitão Matos Costa (Matos Costa), o local onde estava situada a serraria Lumber (Calmon), o Museu Histórico e Antropológico da Região do Contestado em Caçador.
As ações fazem parte do projeto desenvolvido pelos professores Leomar Guzi e Mônica Giacomin com 60 alunos do 5º ano.
Segundo os professores, os estudos e atividades acontecerão de forma contínua durante todo o ano letivo de 2019, com o objetivo de construir conhecimento analítico e crítico da formação de uma população que desafiou a elite econômica e política local de sua época, caracterizando dessa forma um povo que lutou e continua lutando em busca de uma vida melhor.
Além disso, mesmo passado mais de um século, a região apresenta uma das maiores concentrações fundiárias do estado e os menores índices de desenvolvimento humano (IDH) do sul do Brasil, correspondendo a quase metade da população em condições de pobreza, cujo retrato é esquecido nos livros didáticos.
Fonte: Rádio Tropical FM