Thaís Christine aconselha mães de filhos deficientes a não desistirem de lutar
Apesar do susto ao descobrir uma gravidez aos 17 anos, Thaís Christine foi só alegria quando viu o filho Bernardo pela primeira vez. Moradora do bairro de Santa Margarida, no Rio de Janeiro, Thaís lembra que tudo correu bem no parto, mas, passadas algumas horas, ela percebeu que a respiração do filho estava muito ofegante.
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Apesar do susto ao descobrir uma gravidez aos 17 anos, Thaís Christine foi só alegria quando viu o filho Bernardo pela primeira vez. Moradora do bairro de Santa Margarida, no Rio de Janeiro, Thaís lembra que tudo correu bem no parto, mas, passadas algumas horas, ela percebeu que a respiração do filho estava muito ofegante.
Thaís Christine e o filho Bernardo Foto: Arquivo Pessoal
Os enfermeiros encaminharam Bernardo para a observação e o quadro foi piorando com o passar do tempo. O menino acabou sendo levado para a UTI neonatal e sofreu uma parada cardiorrespiratória de cinco minutos. Cristã, ela se apegou à fé para que o menino sobrevivesse, mesmo com o diagnóstico contrário dos médicos.
Bernardo sobreviveu, mas os problemas não tinham terminado. Thaís Christine observou que havia algo incomum no desenvolvimento do filho.
– Ele não tinha um desenvolvimento como uma criança normal. Ele ria, chorava, mas não sentava e nem tinha postura de tronco. Saímos do hospital sem nenhum diagnóstico, então comecei a estudar o caso de crianças que não se desenvolviam. Fizemos todos os exames quando ele tinha 1 ano e 3 meses e recebi o diagnóstico de paralisia cerebral tetraplégica. Mal sabia eu que ali estava começando uma grande luta – relatou Thaís ao Pleno.News.
Bernardo foi diagnosticado com paralisia cerebral tetraplégica Foto: Arquivo Pessoal
Foram várias as vezes em que Bernardo precisou ficar internado. A situação fez a mãe se questionar várias vezes, mas isso nunca tirou suas forças para lutar pelo filho com o apoio de Deus, do marido e da família. Contudo, ainda há um medo que ela não consegue vencer.
– Ele hoje tem 7 aninhos e não o coloquei na escola. Não tenho coragem para isso. No mundo que estamos vivendo, são tantas covardia e histórias tristes e ele pode ser uma das vítimas. Sei que a cognitiva dele iria melhorar muito, mas não consigo. Já passamos por muitas dificuldades, como pegar transporte. Eu e meu marido tivemos que enfrentar obstáculos para comprar um carro, pois com cadeira de rodas é muito difícil. Mas aquele sorriso do Bernardo me motiva.
“DEUS NOS DÁ FORÇAS”
Meu filho me dá tantas lições, que não tem como eu expor aqui apenas uma. Cada dia que ele acorda já se torna uma lição de vida para quem não acredita no poder de Deus.
Ele morreu por 5 minutos e voltou à vida. Ele já teve tantas convulsões enquanto estava sozinha em casa com ele. Ele operou para pôr a sonda de gastrostomia para se alimentar e já entupiu diversas vezes.
Ao lado do marido, Thaís não perde a fé em Deus Foto: Arquivo Pessoal
Para mim, ele não desiste de viver e de sorrir. Ele me dá lições todos os dias. Não é fácil, mas Deus nos dá forças.
Batalhas a gente sempre vai ter. Mas, toda vez que olharmos para os nossos filhos e ver que eles não desistem de lutar, vai renascer a cada manhã uma força descomunal dentro de nós. Não desistam de lutar, eles precisam muito de nós, mamães.
Somos os olhos, as mãozinhas, os pezinhos deles. Somos o tronco, somos uma só carne e podemos vencer esses momentos ruins porque eles passam. E ressalto: a alegria vem sempre ao amanhecer. Não desistam!
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Fonte: Pleno News