O ex-presidente da Epagri, Luiz Ademir Hessmann, é um dos 11 presos na Operação Alcatraz deflagrada na manhã desta quinta-feira (30) pela Polícia Federal. Ele foi preso em casa, no município de Ituporanga, no Vale do Itajaí.
Hessmann que é medico veterinário de formação também já exerceu os cargos de vereador e prefeito de Ituporanga. Ele teria sido levado para a sede da PF em Itajaí.
O ex-secretário adjunto de administração do governo do Estado, Nelson Castello Branco Nappi, é outro nome confirmado entre os presos preventivos.
Embora não tenha divulgado os nomes dos envolvidos, a PF informou que foram cumpridos 11 mandados de prisão, sendo sete de prisão preventiva (sem prazo definido) e quatro de prisão temporária (de cinco ou de 30 dias, dependendo do crime).
O objetivo da operação é combater fraudes em licitações e desvios de recursos públicos por meio de contratos de prestação de serviço de mão de obra terceirizada firmados com órgãos do governo de Santa Catarina.
O ND apurou que entre os investigados há proprietários de empresas de limpeza, segurança e construtoras de imóveis; advogados; servidores da Ciasc; e sócios de empresas de tecnologia.
Um dos investigados, inclusive, já é réu em outro processo que apurou suspeita de cartel entre empresas prestadoras de serviço de limpeza. A formação do cartel não chegou a ser comprovada, mas o réu seguiu respondendo por fraude em licitação por elevação arbitrária de preço em licitação promovida pela Secretaria da Fazenda.
O prejuízo aos cofres públicos foi estimado em cerca de R$ 25 milhões na Secretaria de Estado da Administração e R$ 3 milhões em relação à Epagri-SC. São R$ 100 milhões em créditos tributários em nome de diversos contribuintes que participavam do esquema de propina.
Fonte: ND ONLINE