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Mortes por câncer de pulmão cresceram 52% em 10 anos em SC

Na comparação com outros tumores, o câncer de pulmão foi o mais letal


Apesar de não ser tão discutido, o câncer de pulmão foi causa da morte de 1.376 pessoas em Santa Catarina em 2016. O número é 52,7% maior do que nos 10 anos anteriores, quando foram registrados 901 casos, enquanto o aumento populacional no período foi de 17,8%, conforme estima o IBGE. Os dados estão no relatório mais recente disponível no DataSUS, do Ministério da Saúde.

O tumor localizado no pulmão, na traqueia e nos brônquios foi a sétima causa mais comum de óbitos no Estado em 2016. Doenças cardíacas lideram a lista com 3,6 mil mortes, seguidas por disfunções cerebrovasculares (3 mil óbitos), problemas crônicos nas vias respiratórias (2,1 mil), pneumonia (1,9 mil), diabetes (1,8 mil) e hipertensão (1,6 mil).

Na comparação com outros tumores, o câncer de pulmão foi o mais letal em Santa Catarina. O câncer localizado no cólon, reto e ânus, o segundo com mais mortes, causou 631 óbitos durante 2016, menos da metade do primeiro da lista. Em seguida, ficaram as doenças localizadas no estômago (612), na mama feminina (596) e na próstata (462).

O total de mortes por câncer de pulmão é ainda mais expressivo quando comparado a outros Estados. Em números absolutos, SC é o sexto com mais óbitos. Entretanto, tem a segunda maior taxa no cálculo de mortes por 100 mil habitantes, atrás do Rio Grande do Sul e à frente de Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo.

A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é que 1.730 catarinenses foram diagnosticados com a doença em 2018. Proporcionalmente, o número é o segundo maior do país entre os homens, atrás do Rio Grande do Sul. Entre as mulheres, a taxa de novos casos no Estado é inferior a de Rio Grande do Sul e Paraná.


Especialistas relacionam o número de casos de câncer de pulmão na região Sul ao alto índice de tabagismo, entre outros fatores. 

Fonte: Diário Catarinense