O soldado foi chamado em 29 de janeiro, após o comunicado do Governado de SC, e por lá desempenhou, sem dúvida alguma, a missão mais difícil de sua vida
Durante seis dias, o que podia ser visto era um cenário devastado por um mar de lama. Tudo em volta havia se tornada nada. Vidas tiradas, famílias separadas, a natureza já não era mais a mesma naquele lugar. Brumadinho (MG), esse foi o palco da tragédia do rompimento da barragem da Vale, local aonde centenas de militares precisaram prestar apoio no resgate ás vítimas, entre eles, estava o Videirense Giandro Rissi.
O soldado foi chamado em 29 de janeiro, após o comunicado do Governado de SC, e por lá desempenhou, sem dúvida alguma, a missão mais difícil de sua vida.
O começo
Giandro foi chamado porque é um soldado especialista em resgates em áreas deslizadas, assim como possui curso de cinotecnia – que permite a condução de cães de buscas. No entanto, não é o responsável pelo cão Hunter, que foi conduzido pela Cabo Ronaldo Fumagalli.
Em Brumadinho
A rotina era exaustante. Alojados em salas de aulas de uma faculdade, todo dia os soldados catarinenses levantavam por volta das 5h. Pegavam o que podiam carregar de mantimentos, tanto para eles quanto para o cão Hunter, e seguiam de helicóptero para as áreas chamadas de zonas quentes, locais aonde poderiam ser encontrados os corpos das vítimas.
A equipe de Giandro, Fumagalli, Hunter e o soldado Spader, era responsável pela localização das vítimas. O cão, principal agente no encontro dos mortos, era quem dava as coordenadas, já Spader e Rissi confirmavam as indicações. Ao todo, Hunter apontou para nove locais com possibilidade de haver vítimas, seis foram confirmados até o dia do retorno dos militares.
Sempre que os trabalhos se encerravam, ao final do dia, os militares precisavam passar por um banho para desinfetar o corpo. Por se tratar de uma zona de risco, aonde os soldados se submetiam ao contato direto com os rejeitos da mineração, alguns exames para acompanhar o nível de ferro e zinco no organismo precisaram ser feitos.
Força para seguir
Todo esse cenário era assustador, causava apreensão, medo, mas nunca a desistência. Em um dos dias mais difíceis durante os trabalhos, a força para continuar veio de fora, pois, o psicológico já estava abalado demais para dar uma resposta à altura. Uma carta, deixada por moradores da região afetada em Brumadinho no para-brisa da viatura, fez com que as energias fossem revigoradas.
Mesmo com tantas mensagens de apoio, os bombeiros em Brumadinho precisam estar fortes. Dentre tantas vítimas, tantas casas destruídas, alguns objetos podiam ser encontrados dentre a lama. Talvez essa imagem nunca mais saia da cabeça de Giandro.
Um novo homem
Foram seis dias intensos, que despertaram muitas emoções. Motivação, saudade, esperança… já em casa, Rissi sabe que muitas famílias são gratas pelo o que fez. A tragédia, o resgate de tantas vítimas e, principalmente, o que viu nos olhos dos moradores de Brumadinho, fez com que a percepção de vida mudasse para o videirense.
Fonte: Rádio Vitória AM
Durante seis dias, o que podia ser visto era um cenário devastado por um mar de lama. Tudo em volta havia se tornada nada. Vidas tiradas, famílias separadas, a natureza já não era mais a mesma naquele lugar. Brumadinho (MG), esse foi o palco da tragédia do rompimento da barragem da Vale, local aonde centenas de militares precisaram prestar apoio no resgate ás vítimas, entre eles, estava o Videirense Giandro Rissi.
O soldado foi chamado em 29 de janeiro, após o comunicado do Governado de SC, e por lá desempenhou, sem dúvida alguma, a missão mais difícil de sua vida.
O começo
Giandro foi chamado porque é um soldado especialista em resgates em áreas deslizadas, assim como possui curso de cinotecnia – que permite a condução de cães de buscas. No entanto, não é o responsável pelo cão Hunter, que foi conduzido pela Cabo Ronaldo Fumagalli.
Em Brumadinho
A rotina era exaustante. Alojados em salas de aulas de uma faculdade, todo dia os soldados catarinenses levantavam por volta das 5h. Pegavam o que podiam carregar de mantimentos, tanto para eles quanto para o cão Hunter, e seguiam de helicóptero para as áreas chamadas de zonas quentes, locais aonde poderiam ser encontrados os corpos das vítimas.
A equipe de Giandro, Fumagalli, Hunter e o soldado Spader, era responsável pela localização das vítimas. O cão, principal agente no encontro dos mortos, era quem dava as coordenadas, já Spader e Rissi confirmavam as indicações. Ao todo, Hunter apontou para nove locais com possibilidade de haver vítimas, seis foram confirmados até o dia do retorno dos militares.
Sempre que os trabalhos se encerravam, ao final do dia, os militares precisavam passar por um banho para desinfetar o corpo. Por se tratar de uma zona de risco, aonde os soldados se submetiam ao contato direto com os rejeitos da mineração, alguns exames para acompanhar o nível de ferro e zinco no organismo precisaram ser feitos.
Força para seguir
Todo esse cenário era assustador, causava apreensão, medo, mas nunca a desistência. Em um dos dias mais difíceis durante os trabalhos, a força para continuar veio de fora, pois, o psicológico já estava abalado demais para dar uma resposta à altura. Uma carta, deixada por moradores da região afetada em Brumadinho no para-brisa da viatura, fez com que as energias fossem revigoradas.
Mesmo com tantas mensagens de apoio, os bombeiros em Brumadinho precisam estar fortes. Dentre tantas vítimas, tantas casas destruídas, alguns objetos podiam ser encontrados dentre a lama. Talvez essa imagem nunca mais saia da cabeça de Giandro.
Um novo homem
Foram seis dias intensos, que despertaram muitas emoções. Motivação, saudade, esperança… já em casa, Rissi sabe que muitas famílias são gratas pelo o que fez. A tragédia, o resgate de tantas vítimas e, principalmente, o que viu nos olhos dos moradores de Brumadinho, fez com que a percepção de vida mudasse para o videirense.
Fonte: Rádio Vitória AM