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Ministro da Saúde anuncia investimento de R$ 30 milhões em SC

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou o repasse de R$ 30 milhões para serem investidos em hospitais e unidades médicas de 43 municípios do Estado. O anúncio foi feito durante visita ao Hospital Regional, em São José, na manhã desta segunda-feira.

O ministro, no entanto, ainda não revelou quais cidades receberão os investimentos. A informação será divulgada no início da tarde, após Mandetta reunir-se com o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) na Casa d’ Agronômica.

O reforço financeiro será destinado a serviços de hemodiálise, atenção domiciliar, novos leitos hospitalares, rede cegonha, UPAs, além de ampliação e renovação da frota do Samu.De acordo com Mandetta, os critérios para escolha dos municípios catarinenses que receberão o aporte financeiro "foram exclusivamente técnicos".

As portarias que serão assinadas no início da tarde estão prontas para serem publicadas "porque passaram por todas as análises técnicas" no Ministério da Saúde, explicou Mandetta. Os municípios que cumpriram todos os requisitos foram então agrupados, em um trabalho que teve a participação dos deputados federais e senadores catarinenses.

— São portarias que estavam prontas para serem publicadas porque passaram por todas as análises técnicas. Os senadores e deputados federais catarinenses levaram o pleito, o Ministério da Saúde fez a análise crítica e aquelas que cumpriram todas as etapas, nós agrupamos e hoje vamos fazer município por município a implantação de todas elas — afirmou o ministro, sem querer detalhar ao menos as regiões dos municípios beneficiados com os valores.

Às 14h, Mandetta e o governador participam da cerimônia de assinatura das portarias para liberação dos R$ 30 milhões e entrega das ambulâncias. O evento ocorre no Centro Integrado de Cultura (CIC).

— Temos também a ampliação e a abertura de alguns Samus no Estado que também serão anunciadas após o encontro com o governador — destacou Mandetta, para dizer que SC, "pela organização técnica e política que tem", será o primeiro Estado a fazer suas habilitações e estar apto a receber os valores da pasta em 2019.

Média complexidade na mira do Ministério da Saúde

Sobre a fila de cirurgias eletivas - não urgentes - em Santa Catarina, cerca de 23 mil pessoas à espera de um procedimento, o ministro Mandetta afirmou que as cirurgias reprimidas são em todo o país o pano de fundo de uma política feita pelos últimos governos em que os investimentos não eram feitos em intervenções médicas, mas sim em hospitais.

— Então, um hospital que tem ortopedia, ele recebeu recursos para o hospital como um todo, mas não focaram no resultado, não focaram no procedimento. Isso faz com que de norte a sul do país o problema seja igual. Quando você tem uma situação dessas, a culpa não é do gestor local, a culpa é da política, do sistema, já que é um problema nacional — aponta.

Mandetta avaliou que devem ser retomados cirurgias de maneira perene - sem mutirões -, em especial na média complexidade. Como exemplo, o ministro citou os procedimento de ortopedia como a especialidade com mais pessoas na fila em todo Brasil. E destacou que essas cirurgias praticamente pararam nos últimos anos.

— Essa especialidade deve ser a primeira que a gente vai anunciar uma nova metodologia de financiamento na média complexidade.

Nos corredores do Regional, ministro ouviu pedido de cardiologista

Enquanto caminhava pelos corredores do Hospital Regional, o ministro Mandetta questionou um médico do setor de hemodinâmica, que funciona junto ao Instituto de Cardiologia do Regional, quais as necessidades da unidade.

O médico cardiologista Luiz Carlos Giuliano, então, disse que há mais de 30 anos as crianças atendidas no Hospital Infantil Joana de Gusmão, referência no atendimento aos pequenos em todo Estado, precisam ser deslocadas de ambulância até o Regional para fazer o exame de hemodinâmica - que identifica obstruções das artérias coronárias ou avalia o funcionamento das válvulas e do músculo cardíaco.

Giuliano, em seguida, perguntou se não seria possível a compra de uma máquina de hemodinâmica para o Hospital Infantil, o que diminuiria muito o risco no atendimento a essas crianças.

— Essas crianças vêm de ambulância e voltam de ambulância, isso há mais de 30 anos. Mas cada vez mais os procedimentos são mais complexos e envolvem mais riscos ao paciente. Então, há uma necessidade de essa máquina estar lá no centro cirúrgico do Infantil — ressaltou Giuliano.

Mandetta, então, falou para Giuliano avisar o diretor do Hospital Infantil que procure o ministro para tratar do assunto.

Fonte: NSC