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"Fui estudante e presenciei a doutrinação", afirma secretária nacional da Juventude

Catarinense Jayana Nicaretta da Silva foi entrevista por Renato Igor no Direto da Redação desta quarta





 Foto: Reprodução /NSC TV 

A catarinense Jayana Nicaretta da Silva (PP), de 24 anos, tomou posse na quarta-feira (2) em Brasília como secretária Nacional da Juventude do governo Jair Bolsonaro. A pasta integra o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. 

Ela é formada em engenharia de petróleo. Em 2012, foi eleita vereadora em União do Oeste pelo PP — a mais jovem já eleita em Santa Catarina, aos 18 anos. 

Em entrevista ao jornalista Renato Igor, a secretária garantiu ter sido testemunha do que considera "doutrinação" em sala de aula: 

— Fui estudante e presenciei. Saí do Ensino Médio, ainda não tinha percepção do que acontecia, mas depois, analisando o conjunto das provas que fomos obrigados a fazer, da maneira como fomos obrigados a pensar, fica evidente que o aluno é conduzido a uma determinada linha de pensamento ideológica. Dentro da universidade, isso ficou muito mais perceptível, devido ao ativismo dos movimentos ideológicos, que são predominantes em muitos cursos e universidades, particulares também. 

Jayana defendeu o fortalecimento de políticas para engajar e preparar a juventude para o mercado de trabalho. A Secretaria tem orçamento de R$ 19 milhões para 2019 e reduziu o número de cargos comissionados de 17 para três. Entre os programas desenvolvidos, estão o programa Estação Juventude, que deverá passar por redução de custos, destinado a promover a profissionalização.

O convite para o cargo foi recebido com surpresa. Jayana atribui à opção do governo de fazer escolhas técnicas e não políticas. 

— Alguns amigos estavam vindo a Brasília acompanhar a transição e mandei currículo. Entraram em contato comigo, fiz uma entrevista por celular mesmo, o segundo contato já foi com a ministra e ela me convidou a ser secretária um dia depois do Natal, 26 de dezembro. 

Ela respondeu também sobre a polêmica em torno do projeto Escola Sem Partido, ressalvando não ser de sua alçada: 

— Escola sem partido não envolve a secretaria. É um debate que tem de ser feito no Congresso. Acredito que precisa ser melhor debatido, mas para isso é preciso que se faça com inteligência de ambas as partes. Acompanhei de perto, e o debate é totalmente baseado na Constituição.

Ouça a entrevista de Jayana a Renato Igor:


 
Fonte: CBN